45. LACUNAS, parte 030

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*Este capítulo está sendo repostado após Lacunas & Desfechos ter sofrido uma exclusão sem precedentes de setenta partes da sua história, quando contava com mais de cem capítulos e 130k de visualizações. A pedido de vocês, L&D continuará - sempre!

Boa leitura. Com carinho,
Lívia.
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Helena se ocupa de cuidar dos preparativos da noite que pretende ter com César. Já tem quase duas semanas que eles se amaram pela última vez, naquela noite no hotel.

Ela se arrisca em algumas comidinhas, prepara uma tábua de queijos e outras comidinhas para depois do amor, seleciona os vinhos, uma coletânea de músicas, velas... Tudo feito com o maior esmero porque ela quer agradá-lo. Na cabeça de Helena, os últimos encontros e acontecimentos têm sido pautados sempre por planos de César e, sabendo que os dois tiveram entraves nos últimos dias e ela o chateou com a reação diante dos pedidos de casamento, ela resolve fazer ela mesmo um encontro mais produzido, planejar uma noite romântica para o amado.

Quando César telefona para avisar que está a caminho, Helena já está pronta para recebê-lo: escolheu a dedo um conjunto lindo, longo, elegante e provocativo ao mesmo tempo, cheio de rendas, decotes e fendas que revelam seu corpo – o mesmo conjunto negro que ela usou para esperá-lo em Petrópolis na noite em que ele não foi.

Nesses minutos que antecedem a sua chegada, Helena acende as velas, deixa autorizada a subida dele na portaria e fica estrategicamente na sacada esperando avistar o carro do amado. Quando ele aponta, ela, em polvorosa, sai num desfile de malícias pelo apartamento, deixa a porta da sala entre aberta e sobe acompanhada de uma boa taça de vinho para esperá-lo.

Quando César chega, antes mesmo de tocar a campainha ele nota que a porta está encostada e, sorrindo, ele entende quais são as intenções dela. César adentra o apartamento e encontra um ambiente a meia luz, com algumas velas indicando o caminho que ele deveria percorrer. Ele encosta a porta e segue então a trilha de velas e som escada acima, até chegar no pátio da cobertura, onde avista Helena.

De longe, ele vê o corpo esculpido dela desenhado por sua lingerie. Helena, sentindo a sua presença, o olha por cima de seu ombro, sem virar o corpo e sorri, voltando a olhar pra frente, com absoluta calma e controle da situação. César entende o convite, sabe que Helena, ardilosa, quer que ele vá até ela: ela gosta assim, de sentir um domínio. Por alguns minutos, ele fica contemplando-a próxima a porta de vidro aberta, com o vento frio soprando seu rosto. Helena toma seu vinho, fecha os olhos, sente a brisa, calma, só aguardando ele se aproximar.

Já envolto por um desejo único, César parte ao seu encontro, deixando as flores que comprou pelo caminho. Ele a aborda pelas costas, repousando as mãos sobre os ombros de Helena enquanto encaixa seu corpo junto ao dela e fica sentindo o seu cheiro. Ele passa a descer as mãos pelo corpo dela, apalpa e acaricia um dos seios de Helena, cujo bico já marca no cetim, e continua descendo com as duas mãos pelo seu ventre. Quando ele termina de percorrer a barriga de Helena, ele crava as suas mãos no vão que a camisola faz na fenda da virilha e puxa o corpo dela pra ele, como se fossem um só. Nesse momento, Helena suspira quase soltando um gemido, tomba sua cabeça para trás repousando-a sobre o ombro de César e articula um de seus braços para lhe acariciar os cabelos.

César sente a abertura generosa da camisola de Helena e se aproveita, adentrando com a mão em uma região nua do corpo dela. Ele logo nota a ausência de roupa íntima por baixo daquele conjunto, mas, sedutor como ele é, ele vai dominando o corpo dela sem nenhuma pressa, só com os toques precisos e despretensiosos que a fazem perder aos poucos o compasso da respiração. Claro que ele faz questão de pressioná-la de tal forma que a faça sentir a sua ereção já latente - e ela, insinuante como sabe ser, gosta tanto que parece que se empina para sentir melhor e provocá-lo. Durante todo esse tempo, ele desconta o tesão no pescoço de Helena com mordidas na orelha, beijos e um raspar suave dos dentes.

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