22. LACUNAS, parte 007

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*Este capítulo está sendo repostado após Lacunas & Desfechos ter sofrido uma exclusão sem precedentes de setenta partes da sua história, quando contava com mais de cem capítulos e 130k de visualizações. A pedido de vocês, L&D continuará - sempre!

Boa leitura. Com carinho,
Lívia.
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No mesmo dia...

Quando Helena chega ao hotel, César só se preocupa em mimá-la. Horas antes ela disse, por ligação, que precisava de carinho, que queria tanto se sentir amada... E ele sabe que é devido aos muitos problemas que caíram sobre Helena nos últimos dias. Por isso, atencioso como sempre, ele a toma pelos braços assim que a vê. Vagarosamente sedutor, ele vai conduzindo Helena contra a parede e ali eles ficam por minutos se beijando, acariciando, recepcionando um ao outro com muito afeto, com muito desejo e amor.

Tempos depois dessas carícias, eles ainda ficam colados: César encaixa seu rosto na curva do pescoço de Helena para desferir beijos ali e ela entrelaça os dedos em seus cabelos grisalhos, fazendo um carinho. É incrível como, nos braços dela, César se permite ser o homem dominador e, ao mesmo tempo, um menino que anseia por carinho, por cuidados.

Ela, conhecendo-o como ninguém, o acaricia sem pressa e, vez ou outra, vira para dar beijos na lateral do rosto; ele apalpa todo o corpo de Helena, desce a mão pelas suas costas, repousa uma delas no quadril e vão se curtindo até que Helena começa a falar e ele, sem pressa, vai aos poucos saindo daquele espaço para olhá-la.

Helena: Eu estava precisando tanto disso. De sentir você.

César: Estava nada... Fugiu de mim a semana toda, recusou todos os meus convites...

Helena: Que mentiroso!

Ela fala quase que num tom de quem foi ofendida, mas se divertindo porque sabe que ele a está provocando, brincando - tanto que o tempo todo César também a olha sorrindo.

Helena: Se eu pudesse, meu bem... Te encontraria todos os dias. Deixaria você me amar todos os dias.

Apesar de serem frases talvez inocentes, tudo o que sai da boca de Helena adquire outras dimensões: sua entonação, a forma envolvente e sussurrada como ela fala, o olhar fixo em César quase devorando-o... César se sente provocado o tempo todo por aquela mulher e gosta da forma como ela exerce um domínio sobre ele.

Helena: Mas agora, sem mais mistérios, meu bem! Primeiro era a Laura... Agora o Onofre... E hoje os seus filhos? César, o que tanto aconteceu nessa semana, meu Deus do céu?

César: Negativo. Você primeiro. Eu estou vendo em seu rosto, Helena e sentindo na sua voz... Eu sei que você não está bem. Que tal... - Ele abre um sorriso, faz suspense da proposta que pretende fazer e vai puxando-a pela mão, em direção ao quarto. - Que tal se começarmos com a sua semana? Assim, deixamos as boas notícias para o final, porque eu quero te ver com um sorriso no rosto.

Helena se derrete com o César tão romântico e cuidadoso; desde Petrópolis, ela só vinha colhendo flores dessa relação, ele não havia tido mais rompantes de ira, de indecisões... Era ele de novo, como nos melhores tempos da forma como sempre foi com ela – e com mais ninguém: romântico, atencioso, amoroso, gentil, divertido, preocupado.

Helena: Hummm... Está bem. Mas é melhor você se sentar, meu amorzinho, porque a minha vida parece coisa de novela.

Os dois acabam se ajeitando na cama. Helena deita-se de lado enquanto César se preocupa em abrir um champanhe para eles inaugurarem a noite; quando ele retorna para o quarto e vê como ela o espera, com o corpo todo delineado pela sua roupa colada, a posição sugestiva, a altivez e sensualidade que só Helena tem... A vontade de César é de tomá-la no mesmo instante, ele mal acredita no momento que vive... Mas sabe que precisam conversar e, por isso, se segura, sentando-se de frente pra ela para curtirem um pouco esse momento a sós.

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