Diante daquela caixinha em cor preta, César não pode ver, mas o semblante de Helena é de surpresa, claro. Ele pede mais uma vez e ela, enfim, a toma e, se virando de frente para ele, abre. Dentro dela, o famoso anel robusto, inteiro cravejado em pedras e de dimensões exageradas, desses que se vê de longe. Mal sabe ela que César vinha guardando-o por todos esses dias, ensaiando mil ocasiões para entregá-lo há pelo menos duas semanas.Ela fica toda boba, não só pelo presente, mas muito mais por o que aquilo significa. O sorriso em seus lábios vem de pronto já que ela, por fim, entende tudo o que César estava fazendo, as reais intenções por trás da viagem. Quando para pra olha-lo, vê o rosto mais sério do amado se desmanchar em sorrisos.
César: – É para não restar nenhuma dúvida. Casa comigo.
Helena não se aguenta. Ela não responde verbalmente, mas seu corpo a entrega. Ela puxa César pela nuca e suga seus lábios em um afago calmo que termina de forma muito lenta, com os dois se demorando a abrir os olhos, a quebrar aquele momento... Depois de muito, ele juntando seus corpos e ela com as mãos por cima dos ombros dele, Helena, enfim, responde... A resposta que César esperava em todas as outras quatro vezes que propôs ou teve a intenção de propor (na clínica, no hotel, no dia da festa e também no apartamento de Helena).
César: – Casa comigo.
Helena: – Hum. Todos os dias.
César toma a joia em suas mãos e, pegando Helena pela mão esquerda, ele veste o anel nos dedos dela; aquilo simboliza o início da união entre os dois. Satisfeito, de forma romântica ele vai finalizando aquele momento com um beijo na mesma mão, por cima do anel.
O clima é de sedução, de flerte absoluto. O coração de Helena parece que vai explodir de alegria, quase em incredulidade de vê-lo tão cuidadoso planejando tudo, com tanto zelo para, mais uma vez, pedir a sua mão. Por um momento, os olhos dela parecem quase querer transbordar de emoção, imagina? Depois de tanto tempo, reencontrar o amor da sua vida e viver tudo, em tão pouco tempo... Mas César, não se contendo, com aquele olhar fixo que mistura admiração, amor e desejo - aquele mesmo olhar que ele teve por ela a vida toda, que entrega tudo -, a toma em um beijo calmo.
De início, os lábios só se tocam, quase em carinho. Parte de César a movimentação calma, mas mais ousada, que vai encaixando os lábios de Helena entre os seus em um sugar lento. Helena cede espaço e é invadida pela língua habilidosa de César, elevando o beijo para outro nível. Não demora muito para que ele a espalme pelo pescoço, na intensão de dominá-la, de tê-la só pra si. Helena sente o furor, o beijo a desmancha aos poucos e ele sabe - não só pela forma como ela retribui ao beijo, sempre molhado, gostoso, desses que se desencaixam por várias vezes só para ver o outro querendo mais -, mas também pelos grunhidos que ele ama ouvir e que já começam a aparecer.
Quando os dois se dão conta, as mãos de César já desnudam Helena e revelam seu corpo quase nu, tapado apenas pela calcinha de cor negra que compõe a meia e a cinta-liga. A meia que formava o conjunto daquele look de inverno, junto do vestido, bota e sobretudo, claro, não era uma meia qualquer, nem jamais seria. É incrível como, de alguma forma, os dois sempre prezam por manter a chama do namoro: ele, com todos os romantismos, encontros e produções; ela, com todas as formas de se manter atraente, sedutora só pra ele. Dessa forma, na hora de fazer a mala, cada item ali foi escolhido a dedo. Aquele, elegante, absolutamente sensual, era para atiçá-lo deliberadamente - o que, evidentemente, ela consegue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lacunas e Desfechos.
RomanceEsta estória é inspirada na novela e se desdobra em vários capítulos, com a intenção de complementar o enredo deste casal tão querido - sem que haja, no entanto, modificações na trama original. Sabe aquilo que você sempre quis ver na novela, a ce...