Sábado, 13 de Setembro.
É por volta das 9h00 quando Helena acorda.
Ela se retira da cama com discrição para não acordar o amado, pega uma de suas capas de cetim, embrulha seu corpo nu e vai verificar como está a sua casa. Passa pelo quarto de Lucas e vê que o filho ainda dorme; ela o contempla por alguns momentos, sorrindo... Afinal, com essa correria toda de ir para São Paulo na quinta, voltar na sexta, trabalhar e ainda fazer um programinha de adulto pela noite, ela teve pouco tempo para curti-lo e está com saudades... Mas logo se retira antes que ele acorde.
Transitando pela sala de jantar, encontra as suas companheiras que a ajudam em casa.
Helena: – Bom dia, Maria. Bom dia, Sônia.
Maria/Sônia: – Bom dia, dona Helena.
Sônia: – Oh, a Maria fez um pão fresquinho, já está tirando do forno e eu estou terminando de colocar a mesa.
Helena: – Pão, Maria? Pão? As vezes eu penso que vocês não vão sossegar enquanto não me verem uns 5, 10kg mais cheinha.
Maria: – Mas a senhora tá muito magrinha mesmo, podia comer esse pão inteirinho pra dar uma sustância...
Helena: – Ah! Mas eu não estou falando? Maria, Maria...
Se divertindo, ela abraça a amiga e dá um beijo carinhoso em seu rosto.
Helena: – Sônia, três lugares, viu? O César vai tomar café conosco.
Maria: – Eu vou conhecer, é?
Sônia: – Ela já estava com ciúmes, dona Helena, porque eu acabei conhecendo ele naquele dia e ela, não.
Helena: – Ué, mas você não o viu quarta-feira passada aqui em casa, no dia em que ele veio jantar conosco?
Maria: – Vi, não, senhora.
Helena: – Hahaha, então vai, Maria, vai. Hoje você vai conhecê-lo, tá bom assim? Daqui a pouquinho eu volto. Vou acordar meu filhote também.
Ela sobe novamente e vai direto para o seu quarto, se senta na beirada da cama ao lado de César e afaga seus cabelos, em silêncio, para despertá-lo devagar. César parece estar envolto em um sono pesado, provavelmente fruto do cansaço provocado por aquela semana de rotina peculiar e o programa feito na noite anterior. Ele se mexe sentindo o carinho dela, o deslizar delicado dos dedos de Helena quase com pesar em acordá-lo, mas naquela preguiça boa, ainda não acorda... Ela sorri, desce com o tronco e roça o rosto pelo rosto dele, tocando com a boca de forma suave pela bochecha e sussurrando baixinho...
Helena: – Cé-sar... Meu amor, hora de acordar.
Ele resmunga, sonolento e abraça a cintura de Helena, mesmo permanecendo deitado e de olhos fechados. Ela ri daquela manha toda e segue para beija-lo no rosto. Ela beija a testa, em seguida beija os olhos, a trave da boca e continua assim, nesse chameguinho...
Helena: – Bom dia, dorminhoco.
César: – Bom dia... - Ele acaricia as costas dela em retribuição aos beijos que recebe e, ainda de olhos fechados, com a voz rouca, pesada... - Que horas são?
Helena: – Nove e alguma coisinha.
César: – Meu deus, além do juízo, você me faz perder a hora...
Helena: – Hahaha. Tudo é minha culpa, tudo...
César: – E não é?
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Lacunas e Desfechos.
RomanceEsta estória é inspirada na novela e se desdobra em vários capítulos, com a intenção de complementar o enredo deste casal tão querido - sem que haja, no entanto, modificações na trama original. Sabe aquilo que você sempre quis ver na novela, a ce...