72. [Lacunas] Parte 57

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*Este capítulo está sendo repostado após Lacunas & Desfechos ter sofrido uma exclusão sem precedentes de setenta partes da sua história, quando contava com mais de cem capítulos e 130k de visualizações. A pedido de vocês, L&D continuará - sempre!

Boa leitura. Com carinho,
Lívia.
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Na transição entre as áreas interna e externa, César é surpreendido pela seguinte cena: Bárbara e Helena conversam banhadas pela noite estrelada do céu paulista. Elas sorriem uma para outra, ele fica curioso. Bárbara estende um braço e afaga o ombro de Helena, em um evidente sinal de carinho. É aí que ele se aproxima das duas. Bárbara nota apenas quando ele está há uns dois metros dela, mas antes que reaja, César já se apossa de Helena, encaixando suas mãos na lateral de cada um de seus braços. Ela adora isso, adora essa sensação de susto que ele provoca sendo quebrada por um arrepio bom que a voz dele lhe causa logo em seguida.

César: Então é aqui que as senhoritas estão se escondendo?

Nesse momento, os dois já estão lado a lado; um braço de César passa pelos ombros de Helena, o que a faz abraçá-lo por baixo, no final de sua cintura. A outra mão dela o toca no abdome e ela ainda vira para dar um beijo mal encaixado, mas terno, que acaba atingindo os arredores da orelha.

Helena: Hu-hum, meu bem! Aproveitei para ligar e dar uma checadinha no Lucas, afinal de contas, eu saí correndo de casa, né? Dei um beijo na cria e fui direto para o aeroporto.

César: E lá? Está tudo bem?

Helena: Está, sim. A Sônia disse que ele pegou no sono tem uns quarenta minutos, mas não queria dormir. Disse que ia esperar pela mamãe e pelo tio César.

Bárbara: Hahaha. Tio César?

César: Minha nova função.

Helena: Não, você precisa ver. Daqui a pouco eu dispenso a babá e deixo o Lucas aos encargos dele, ele está se saindo muito, muito bem nesse ramo de entretenimento infantil.

César: Eu falo pra ela que eu estou treinando para os nossos, ela não acredita...

Helena: César?!

Ela o olha e pressiona os dedos pelo corpo dele, repreendendo-o, como se ele tivesse dito demais, revelado um segredo. Ela sorri em seguida, ele também ri olhando pra ela e, descarado, continua.

César: É mentira?

Bárbara: Calma. Estamos falando em... Filhos, é isso?

César só sorri e inclina a cabeça, fazendo do silêncio uma resposta. Helena tomba a cabeça no peito dele, também sorrindo e a mão repousa em seu abdome. Aquilo é bacana de assistir, porque sinaliza não só um retorno ao questionamento de Bárbara, mas também um indício claro que que Helena pensa sobre o assunto, embora pouco tenha conversado sobre isso desde Gramado, quando César tocou no assunto pela primeira vez. Ao se calar e debruçar-se tão carinhosamente sobre o amado, é como se ela consentisse: pra Bárbara, para César e para ela mesma. E Bárbara participa desse momento de intimidade e confidência se divertindo com o clima bom que há entre os dois. Até ela se entusiasmada em vê-los fazendo planos.

Bárbara: Estou muito feliz por vocês.

Há um breve momento de sorrisos cúmplices, em silêncio. Até que Helena retoma o curso do diálogo, interagindo...

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