No capítulo anterior...
- Bom dia; diz Renata já vestida - Você deve trabalhar aqui, poderia me dizer onde está o meu marido?
- O seu Jerónimo está desde as cinco da manhã nas vinícolas, com o Carlos, a propósito me chamo Matilde, e sou a cozinheira e empregada da casa, desde os tempos do seu Rafael, que Deus o tenha; ela diz medindo Renata de cima a baixo - E como já passa do meio dia... O patrão me mandou aqui pra acordar a senhora...
- Entendo; Renata estava incomodada com a presença de Matilde ali - Já que você é a encarregada de arrumar a casa inteira, poderia me informar onde estão os objetos pessoais do keu marido?
- Sim, naquele quarto; aponta para uma porta - Um quarto que fica bem depois do escritório que fica atrás daquela portinhola bem ali, senhora...
- Como assim, é... É... Matilde? - Renata pergunta mais para si mesma do que para Matilde - Então o Jerónimo e eu... Nós... Nós não vamos dormir...
- Exatamente isso que você está pensando, Renata... Matilde me deixe a sós com a minha esposa, preciso ter um particular com ela; era Jerónimo que aparece no vão da porta, que estava aberta, suado, visivelmente cansado e também de muito mal humor, tanto que mandou Matilde os deixar a sós de uma maneira bem grosseira - É isso mesmo que você está pensando, Renata, ou seja... A partir de hoje nós dois dormiremos em quartos separados; diz assim que está a sós com Renata - Você dorme no seu quarto, e eu no meu...
- Mas Jerónimo; ela diz sem entender nada - Por que isso, se já somos casados? Por que dormirmos em quartos separados, quando já somos marido e mulher? Por que isso tudo, quando você já me fez sua? Não o entendo... Por que quee dormir num quarto separado do meu, depois da noite incrível que tivemos, por que, Jerónimo? Me responde por favor... Eu preciso saber, o porquê dessa sua decisão... Eu necessito, na verdade...
Agora...
- Não preciso te dizer os meus motivos, o fato de você ser a minha esposa, simplesmente não te dá o direito de controlar a minha vida; ele diz isso com uma tranquilidade e friezas, absurdas, nem parecia o mesmo homem apaixonado, que há alguns dias a pediu em casamento sob a luz da lua e das estrelas - Portanto se eu quero dormir num quarto separado do seu, é justamente o que farei, é uma decisão minha... Somente e de ninguém mais, e se você realmente quer que o nosso casamento dê certo, terá que acatar tudo que eu digo, sem me questionar, estamos entendidos?
- Pelo que eu entendi, ao que parece, o que você quer, e sempre quis, é uma escrava sem vontade própria, que sempre lhe responda, de cabeça baixa, com um "sim senhor"... ou talvez até com um "não senhor"; a essas alturas Renata estava mais do que irritada com o mais novo comportamento de seu marido - Pois fique sabendo desde já que eu não sou assim! Que não irei acatar suas ordens patéticas, como se fosse mais uma de suas criadas... Se não quer mais dormir no mesmo quarto que eu, ok, tudo bem, nesse momento para mim, dá na mesma, tanto faz... Mas agora preciso de um telefone, já que não encontro o meu celular... E preciso falar urgentemente com a Adriana, que além de minha melhor amiga, e quase cunhada, também é a minha agente.
- Chegamos exatamente, no ponto onde eu queria; ele diz entrando no quarto de vez, e trancando a porta em seguida - Agora que você é a minha esposa, não quero que continue com essa sua carreira de atriz; fala de uma maneira casual, como se o que ele disse não tivesse abalado em nada Renata, que amava atuar desde os quinze anos, era uma válvula de escape, quase como um refúgio da inveja de Roberta, e das indiretas e falta de amor de sua mãe - Não fica bem, e eu não gosto de te ver beijando outros homens, sinto vontade de matar cada um deles... Cada um desses homens, que teve a audácia de te beijar, mesmo sendo numa novela, onde nada era real... E quanto ao seu celular, não se preocupe, ele está bem seguro comigo... Só que eu nem vou me dar ao trabalho de te devolver, sendo que ele não pega aqui na fazenda, não temos sinal de celulares e muito menos Wi-Fi...
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Amores que sangram....
RandomO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...