Amores que sangram....

🍓Capítulo 149🍓

Fazenda Bonita...

  Matilde estava bem melhor depois do parto, apesar do mesmo ter sido uma correria só e ter sido uma cesariana, apesar dela ter pedido um normal. Apesar de algumas dificuldades, com a ajuda de Roberta, que havia voltado para a fazenda, justamente para isso, até que ela ia levando suas tarefas numa boa. Apesar de ter de cozinhar, considerando que esta não era uma das habilidades de Roberta.

  Seus filhos, Lázaro Fernando, a quem ela chamava carinhosamente de Fefê, e Carla Guadalupe, que Carlos logo de cara, lhe colocou o apelido de Lupi, eram a luz da vida do casal. Os dois eram loirinhos e de olhos claros, bem parecidos com o Carlos.

  Apesar de terem nascido prematuros, eram bem saudáveis e não tiveram a necessidade de ficar na incubadora. Aurora ainda estava grávida, o que inicava que a menina que ela estava esperando, iria nascer no tempo certo. Mas apesar disso, Matilde não deixava de se preocupar com a sua prima, que estava cada dia mais triste, e com saudades de Augusto, o pai da filha dela.

  Carlos e Matilde estavam em seu quarto, os dois estavam de folga, já que era final de semana, a colheita estava quase pronta. E com a ajuda de Rafael, a safra de vinhos de janeiro, tinha tudo e mais um pouco, para ser mais do que perfeita. Os dois sabiam dos últimos acontecimentos e do segundo casamento de Renata e Jerónimo, que seria em alguns meses, na fazenda, e estavam muito felizes com as novidades, apesar do suicídio da mãe de Jerónimo.

- Quantas coisas aconteceram em tão pouco tempo - Ela diz isso, enquanto amamentava Fefê, e Carlos segurava Lupi, admirado com a beleza de sua filha, tão linda - Nem dá pra acreditar nisso, muito menos, que um dia eu fosse me casar com você, e ter dois filhos agora.

- São as coisas da vida, Chiquita - Ele fala todo amoroso - Sou o homem mais feliz do mundo, tenho tudo o que eu sempre quis, algo com que sempre sonhei na vida, o emprego dos sonhos, uma esposa amorosa e linda, dois filhos encantadores - Se aproxima dela, e a beija na testa, com sua pequena, ainda em seu colo - Uma família de verdade, do jeitinho que eu sempre sonhei, tenho muito a agradecer, Deus em primeiro lugar, a virgenzinha, você, Chiquita, meu amor, ao Rafael, o Jerónimo, e até mesmo ao Augusto.

- Não sei se deveria agradecer alguma coisa ao Augusto, mas enfim, nem quero falar sobre ele - Coloca Fefê para arrotar, assim que ele termina de se alimentar - Até porque estou muito mais interessada na volta do seu Jerónimo e da dona Renata, que além de nossos padrinhos de casamento, também vão nos ajudar a batizar os nossos filhos, sendo os padrinhos deles, assim como a Roberta, o Rafael e a Aurora.

- Façamos como você quiser, Chiquita, mas você querendo ou não - Entrega Lupi para ela a alimentar, e pega Fefê, para brincar um pouco com ele - O Augusto estará no batizado dos nossos filhos, mesmo que ele não seja um dos padrinhos.

- Do Augusto eu só gosto daquele primo, que é muito parecido com ele, é ator de novela e cantor - Pensa um pouco tentando se lembrar do nome dele - Lisardo Guarinos, que vai contrancenar com a dona Renata na nova novela dela, aquela que ela nos contou, mas eu me esqueci o nome, qual é ela, mesmo?

- Meu coração é teu - Nisso ele percebe que a fralda de Fefê está suja, e vai trocar - Se não me engano, esse é o nome da novela, que vai ser gravada daqui há uns quatro anos.

...............................♡...............................

Cidade do México...

  Andrés estava solto, mas quando soube o preço que teve de pagar para ser livre, quase chorou de tanta dor, alguém havia confessado o crime, e estava presa em seu lugar. E não era qualquer pessoa, mas sim Ana Paula, o grande amor de sua vida.

  Apesar dos protestos de sua mãe, Andrés sentia que precisava ver Ana Paula, nem que fosse apenas para lhe dizer, que iria esperar por ela a vida inteira, se fosse preciso. Saúl, o novo marido de sua mãe, e pai biológico de seu meio irmão, Rafael, o apoiou, incondicionalmente, e fez com que Inês mudasse de ideia, e também o apoiasse em tudo.