🍇Capítulo 160🍇

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  "Quem somos"? "De onde viemos? "Para onde vamos"? "O que seremos"? Esses são exemplos de algumas das perguntas, que nós  levamos para toda a vida, mas uma coisa é certa, muitas vezes não importa de onde viemos, mas sim para onde vamos a partir de hoje. Não importa o que fomos, mas sim o que seremos a partir de hoje, pois o passado já se foi, o presente, como já diz o nome, é um regalo, uma dádiva, e o futuro? Bem, este é incerto, e ninguém sabe ao certo, se um dia vai vivencia - lo. Então viva cada dia como se fosse o último, sempre se descobrindo, e aprendendo a viver um pouco mais. Com os acertos e erros que a vida nos proporciona, e que nos ensina um pouco, a cada dia"

  Esses são apenas alguns trechos do discurso de Nininha, que foi a oradora da turma na formatura, e como ela era tagarela, o discurso que era para ser no máximo de meia hora acabou se tornando em algo de mais ou menos uma hora e meia. E teriam sido umas duas horas, se os padrinhos da turma não tivessem tomado a palavra.

  Beto, que gostava, e muito, de provocar a sua irmã mais velha, acabou comparando as falas dela ao discurso do rei, já que ela quase que não deixa ninguém falar. Jerónimo estava mais do que orgulhoso de sua abelhinha, tanto que chorou umas três a quatro vezes, só de ouvir o discurso de sua filha para os formandos da turma, inclusive ela mesma, que era uma das mais inteligentes de sua turma.

  Mily, como a presidente da turma, tendo várias funções na escola, em prol de seus colegas e do colégio, acabou se tornando a responsável pela organização de tudo. Nick e Riquinho a ajudaram bastante, e tiveram de aguentar o mau humor dela, que quando estava trabalhando queria tudo do seu jeito, que no caso, era o mais organizado possível.

  Matias não zoou Jerónimo por ele ter chorado algumas vezes no discurso de Nininha, somente porque os dois estavam chorando juntos. Com direito a lenço, e tudo, um enchugando as lágrimas do outro, e vice versa. Lágrimas de felicidade, só de ver os seus filhos vendendo na vida.

  Alguns meses depois da formatura do ensino fundamental das crianças, Renata e Adriana entraram em trabalho de parto no mesmo dia. E quase ao mesmo tempo, sem contar que foram levadas para a mesma maternidade. No corredor da maternidade, Jerónimo e Matias andavam de um lado para o outro, enquanto esperavam seus filhos nascerem. As crianças estavam, umas na casa de Roberto, Beto e Nininha, e outras na casa de Regina, Riquinho, Mily, Adrian e Adriano.

  Ambos estavam muito preocupados com os partos de suas esposas, principalmente Jerónimo, já que Renata teria quatro filhos ao mesmo tempo. Mas Matias também estava muito preocupado com Adriana, já que o parto dela estava demorando demais, e foi quando um dos médicos apareceu na sala de espera apenas para dar uma notícia mais do que inesperada para Matias.

- Sua esposa vai ter dois bebês e não apenas um, como todos esperavam que fosse, senhor Monterrubio - Nisso tanto Matias, quanto Jerónimo ficam surpresos - Nem sempre as ultrassonografias são cem por cento perfeitas, e agora estamos fazendo o possível para que seus filhos nasçam bem a partir de uma cesariana.

- A Adri vai me matar - Matias diz assim que o médico os deixa a sós - Ela disse que ia ter só mais um filho meu, então, presumo, que quando ela perceber que teve dois, e não apenas um, como a gente pensava, não quero nem imaginar o que ela vai fazer comigo.

- Você ainda está no lucro - Jerónimo começa, já roendo as unhas de ansiedade - Já a Renata e eu, nós vamos ter quatro bebês de uma vez, e eu tenho medo de que algo aconteça com ela e os bebês, será que você não entende, droga?

- Por um lado você tem razão - Um sorriso meio pateta surge no rosto do moreno - Mas por outro lado, a Adri, pode muito bem me matar, me reviver, e acabar me matando de novo, assim que descobrir que mais uma vez vamos ter gêmeos, e não apenas uma menina, como todo mundo pensava que seria.

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