🍇Capítulo 12🍇

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No capítulo anterior...

- Deve ter sido assim que essa víbora enganou o meu irmão; pensava consigo mesmo enquanto assistia uma das cenas da novela, onde a Renata aparecia, e bebia sua cerveja ao lado de seu mais novo amigo e empregado, Carlos - Que bela atriz ela é... Tanto nas telas quanto na vida...

- Que bela moça seu Jerónimo; diz Carlos observando Renata na TV - E que atriz talentosa, patrão...

- Sim, de fato, ela é mesmo muito talentosa; diz de um modo sinistro - Bem mais do que você pode sequer imaginar, meu bom amigo...

Agora...

- O senhor fala de um jeito; começa Carlos meio desconfiado - Até parece que conhece muito bem essa tal moça...

- Primeiramente deixe de me chamar de senhor; lhe diz amigavelmente, tentando tirar o foco da conversa, da Renata, ele não queria falar dela... Pelo menos, não naquele momento - O senhor está no céu, sou um homem de carne e osso igual a você, e quero ser seu amigo, como sei que o meu irmão também foi, Carlos... Afinal de contas, eu sei muito bem, que você era um dos melhores amigos do Rafael, ou estou enganado?

- Não... Não está... Não; diz após tomar um gole de sua cerveja - Rafael e eu éramos bons amigos, apesar dele ser meu patrão e eu apenas mais um dos seus empregados... Ele era um homem bom... E um patrão justo e honesto...

- Que bom que pensa assim; lhe diz respeitosamente - Eu sou um arquiteto, não entendo quase nada de vinícolas... Mas ao meu ver você parece entender muito do assunto... E pensei que talvez... Somente talvez, você melhor do que ninguém pudesse me ajudar, considerando que você foi um grande amigo de meu irmão... Por essas e outras quero que seja meu amigo... Porque sinceramente, não confio no Augusto e preciso de aliados, caso a minha sociedade com ele não dê certo, se é que você me entende...

- Acho que sim, patrão; baixa um pouco a guarda e o tom de sua voz - Visto que eu também não confio nem um pouco no seu Augusto...

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Santiago era um homem educado, inteligente e astuto, apesar de seu recolhimento, ele sempre sabia o que acontecia ao seu redor, tendo aliados e conexões até mesmo na Itália, de onde teve notícias do Jerónimo, durante o tempo que ele passou lá. Como o homem do mundo que era, falava mais de trinta idiomas, lia mais de vinte livros por dia, além é claro de entender um pouco de diplomacia. Augusto era seu braço direito, seu maior aliado, além de ser seu único parente vivo, mas apesar disso, ele não sabia tudo sobre o passado de Santiago, antes do acidente que mudou a vida de ambos para sempre.

- Uma coisa no seu plano me intriga; Augusto lhe diz, enquanto ele lê um de seus livros preferidos, o conde de monte Cristo - Por que não disse ao Jerónimo que o irmão dele foi assassinado? Por que fazê - lo acreditar que o irmão dele se suicidou, quando sabemos muito bem que não foi bem assim? Por que deixar só a dúvida no ar, sem lhe mostrar todas as provas que temos? Por que não lhe mostrar tudo o que temos de uma vez?

- Tenho lá os meus motivos, para isso, Agusto... Motivos esses que não vem ao caso, por agora; Santiago lhe responde misteriosamente - Mas chegará o momento em que Jerónimo descobrirá isso sozinho, afinal de contas, ele não é nenhum tolo, como sei bem... Mas por que esse súbito interesse no seu rival? Acaso está pensando em cometer alguma estupidez igual a que você fez com a Marina, no passado?

- Não, nem pense nisso; tenta pensar em algo para desviar o foco daquela conversa, que não o agradava em nada, apesar dele mesmo tê - la iniciado - Mas voltando ao senhor Cristóbal... Ele até agora não deu sinal de vida, será que ele foi tão estúpido, ao ponto de fugir de nós, considerando tudo que ele nos deve? Bem... Considerando, tudo o que ele deve a você...

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