☕🥃Capítulo 120🥃☕

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Fazenda Bonita...

O clima na fazenda até que estava agradável, isso se deixar de fora o abatimento de Roberta, e a falta que Aurora sentia de Augusto. Matilde e Carlos, por sua vez, estavam mais apaixonados do que nunca, e ansiosos pela chegada de seus filhos, que seriam recebidos com alegria naquele seio familiar.

Rafael se sentia impotente ao ver sua Bonita tão depressiva, sem poder fazer nada para ajuda - lá, o que tornava a sua situação pior do que ela realmente era. Carlos estava feliz com a produtividade dos vinhedos, e a expectativa de um dia vir a se tornar um dos principais sócios de Rafael, Augusto e Jerónimo.

Mas ao que parecia, Matilde tinha os seus próprios problemas, e um deles, era justamente a sua preocupação com Aurora, que estava abatida demais para uma mulher que estava grávida, e de quase cinco meses. Faltavam uns dez minutos para a meia noite, e todos estavam mais do que ansiosos para o natal, que, em teoria, era uma época de paz, amor, e também de renascimento e perdão.

Enquanto muitos pareciam comemorar a véspera de natal, ansiosos pelo que os esperava, assim que chegasse o momento de comemorar o aniversário do menino Jesus, Roberta e Rafael não saiam de seu quarto para nada. Roberta se lembrava com nostalgia de seus tempos de criança ao lado de Renata, Matias e Gonçalo, um homem que durante muitos anos, foi mais que un pai para Renata, Matias e ela. Mesmo que a sua filha preferida fosse a Renata, a princesinha dele.

- Sinto falta dos natais que tinha em minha casa - Ela dizia aquilo de costas para ele, bem perto da janela, olhando para a lua, que estava cheia naquela noite - Eram bastante divertidos, a Renata era sempre a mais animada de todos nós, um raio de sol, iluminando as nossas vidas patéticas e frias.

- Ao que me parece, Bonita, você realmente gosta da Renata - Ele se aproxima dela, e a abraça por trás, encostando seu queixo na cabeça dela, sentindo o cheiro floral dos cabelos dela - Bem mais do que você imaginava. De uma maneira que nem mesmo você consegue entender, meu amor.

- É, pode ser, talvez você tenha mesmo razão, mas mesmo assim não consigo deixar de me sentir mal, só de lembrar das vezes em que prejudiquei a Renata, propositalmente - Ela fecha seus olhos por alguns instantes, se lembrando de um natal em especial, quando tanto ela, quanto a Renata tinham apenas treze anos - Principalmente quando nos duas, éramos crianças.

.....♡.....

Alguns anos antes...

Era uma linda manhã de natal, tanto Renata, quanto Roberta estavam ansiosas para abrirem os seus presentes de natal. Matias estava com a mãe dele, pois preferia passar o natal com Regina, que era bem diferente de Josefina, dócil e gentil, e o amava demais.

Renata estava mais animada do que Roberta, do que todos, o que não era nenhuma novidade, pois das duas, ela sempre foi a mais intensa em seus sentimentos, sendo de tristeza, ou de alegria. Já Roberta estava quase indiferente aquele dia, a única coisa que a animava, era a certeza de que ganharia muitos presentes, em especial da sua mãe, que a adorava e acabava desprezando Renata, sem que nehuma das duas soubesse o porquê, naquela época.

Gonçalo amava mimar as suas filhas, mesmo que naquela época já soubesse que nenhuma delas era sua filha de sangue, e de quase todas as mentiras de Josefina, que as vezes era chamada de Josy. Era uma linda manhã de natal, Renata e Roberta estavam abrindo os seus presentes, sentadas de frente para a árvore de natal, que estava no meio do salão.

- Aí, meu Deus, mas que lindo o meu presente, papai! Eu amei! E Era justamente o que eu mais queria - Renata diz isso ao abrir o seu primeiro presente, um cachecol laranja, que destacava a cor dos seus cabelos, meio loiros - Eu adorei o presente papai, muito mesmo.

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora