🍒Capítulo 37🍒

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No capítulo anterior....

- Você parece muito feliz com essa "bendita" festa, não é? Claro que sim, mas que pergunta a minha, quase me esqueci de quem seria a anfitriã desta maldita festa; ela diz terminando de se maquiar - Mal consegue disfarçar o seu animo, não é mesmo? Até se vestiu melhor, hoje... Fez a barba, e não está com aquele cheiro horrível de álcool, tão característico de você... E todo esse milagre por causa da sua ex... Seria engraçado, se não fosse trágico...

- Eu gostaria muito, na verdade, eu adoraria, se você parasse de falar tanta bobagem; ele diz com um sorriso quase forçado em seu rosto - Se não quiser me acompanhar tudo bem, só pare de me aborrecer...

- Você ia adorar ir sozinho, não é mesmo? - Pergunta se virando para ele, e o encarando nos olhos; ficar a sós com o grande amor de sua vida... Enquanto eu, que sou sua esposa, fico aqui em casa, feito uma idiota? Ia ser o mesmo que o céu para você, não é mesmo, Gonçalo? Ficar perto da sua querida, amada e perfeita Regina, e ainda por cima sem mim... Você é tão cínico, que nem se dá mais conta disso...

- Pronto, já começou com o escândalo... Estava demorando...

Agora...

- Quem te escuta agora, e não te conhece, até acredita nessa suas ceninhas de ciúmes; fica de costas para ela, indiferente - E digo mais, em outros tempos, eu até acreditasse nisso, nesse seu ciúme; continua a falar calmamente - No seu amor, nas suas mentiras, e falsas juras, mas hoje... Hoje já estou vacinado contra você... Contra as suas artimanhas, você não muda, sempre se fazendo de vítima, para ter o que quer...

- Pare de me ofender, porque o errado aqui é você e não eu... Aliás como sempre, não é mesmo? Maldito seja o dia em que me casei com você! Um dia pelo qual me arrependo até hoje; ela diz o olhando de cima a baixo, quase como se não o conhecesse mais - É você que está prestes a me trair, e não o contrário... Estaria, se a santa Regina de Calcutá, te aceitasse de volta, coisa que ela não quer e com toda razão, quem ia querer um velho acabado feito você...

- Mãe, pai; era Roberta aparecendo num lindo vestido azul turquesa, que a deixava ainda mais linda, depois de ter conversado escondido de novo com Rafael, sem que sua mãe soubesse - Estou aqui, ainda é muito cedo, para irmos?

- Minha fadinha dos bosques, minha querida; diz pegando numa das mãos dela, a fazendo dar uma voltinha, como se ela fosse uma modelo - Você está lindíssima, pena que a Renata não está aqui, caso contrário a nossa família estataria completa...

- Quando não é uma... É outra... É sempre assim, contigo; Josefina diz isso, ainda muito irritada pelo fato de Renata ter se casado com o seu filho... Filho esse que sequer a reconhecia - A sua princesinha vem a baila mais uma vez...

- Vamos; diz colocando um dos braços de Roberta na dobra do seu, ignorando a Josefina de propósito - Está mais do que na hora de irmos, considerando que já passam das sete da noite...

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Fazenda de Augusto...

Observando Marina dormir, Augusto se sentia muito culpado pelo que começava a sentir por Renata, a esposa de seu maior rival, ele se sentia o pior dos homens, por estar atraído por uma mulher que acabou de conhecer. Marina estava tão fragilizada, fraca e doente da cabeça, e tudo isso por culpa do Jerónimo, que além de se casar com outra, tendo engravidado ela, tinha tido a ideia absurda de bater no filho de Isidro, a ponto de matar o rapaz. Ele estava tão indignado com Jerónimo e chateado consigo mesmo, que quase socou a parede que estava diante de si, com muita força, repetidas vezes, até esfolar os dedos de suas mãos. Augusto queria bater na parede inúmeras vezes, até que suas mãos sangrassem, e ele pudesse se punir como merecia, de acordo com as leis de sua própria consciência.

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora