🍸🍎Capítulo 75🍎🍸

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Cenas do capítulo anterior...

- Você não se atreveria a chegar a tanto; ele levanta seu queixo de maneira altiva - Não quando você tem muito mais a perder do que eu...

- Eu não estaria tão certo disso, se eu fosse você; ela levanta uma de suas sobrancelhas, em sinal do mais puro deboche, que possuía - Até porque posso alegar que você me obrigou a fazer parte do seu esquema de sequestro, sendo que a Renata é filha de sua ex esposa, por quem você sempre foi apaixonado e o seu antigo ex melhor amigo, levando todos esses pontos, em consideração, e mais uma porção de outras coisas, você ainda acha que eu tenho mais a perder do que você, "queridinho"?

- Você não vale nada, mesmo, é uma mulher maldita e do mal; fica de costas para ela, com os punhos fechados, na altura de suas coxas, com medo de fazer o que não devia ou queria fazer, bater em Josefina, pois fosse o que ela fosse, ainda era uma mulher, e para Gonçalo, um homem de verdade seria incapaz de bater em mulheres - Mas fique certa de uma coisa, seus crimes não ficarão impunes para sempre...

- Se eu fosse você, Gonçalo, eu não viraria as costas para mim; ele vira a cabeça em direção a dela, a encarando nos olhos - Pois além de ser muito perigoso, pode ser mais do que  prejudicial a sua saúde...

- Não me amece, Rosana, ou Josefina, seja você quem for; ele diz isso de maneira desfiante - Até porque não tenho nem um pingo de medo de suas ameaças, por mais perigosas que elas possam ser...

- Pois deveria ter; diz assim que ele a deixa sozinha - Mas não das minhas ameaças, mas sim de Gustavo, esse sim, sem a menor sombra de dúvidas, meu "querido", é mil vezes pior do que eu, e muito...

....

- Regina, minha querida, eu te amo tanto; ele parecia até que estava chorando ou no meio de uma crise de ansiedade perigosa, ou de um surto psicótico, que era uma fuga deveras perigosa da realidade - Te amo tanto... Mas tanto, que as vezes parece que meu peito vai arrebentar de dor e desespero, já que você não me ama do mesmo jeito que eu te amo, e sempre te amei...

- Já tivemos essa conversa antes, Antonio; ela diz isso de uma maneira doce meio forçada, tentando ao máximo não ser grosseira, ou hostil, com ele - E eu já te disse mais de uma vez, que gosto muito de você... Mas que gosto de você como um grande amigo, que te vejo como um irmão mais velho muito querido; Regina ainda não sabia do envolvimento de Antonio com Josefina e muito menos que ele havia sequestrado dona Carla, uma das pessoas que ela mais amava em sua vida - E lembro também de te dizer que nunca em minha vida consegui ou poderia te enxergar como algo além disso, você e eu nunca seremos mais do que amigos...

- Você pode me dizer isso quantas vezes quiser, Regina, mesmo assim não vai me impedir de te amar e tentar conquistar o seu amor; ele siz isso de uma maneira tão sombria, que chegou a assustar Regina, que mal o conhecia neste momento - Do mesmo modo que não pode impedir o sol de brilhar e muito menos a lua de ter as suas fases... Por isso, Regina, eu te peço que já que não me ama como eu gostaria, que ao menos não me negasse o direito de te amar, minha querida, e amada, Regina...

....

- Você... O que faz aqui? - Jerónimo pergunta sem acreditar em seus próprios olhos; onde está a Josefina?

- Eu esperava uma recepção mais calorosa; o olha nos olhos, cheio de escárnio - Mas sendo filho de sua mãe, não esperava outra reação de sua parte, filho...

- Você deveria estar morto; fala quase que num sussurro, tentando controlar o volume de sua voz - O que está fazendo aqui, então... Pai?

Agora...

- Com um filho como você, ninguém precisa de inimigos, para bem dizer a verdade; o observa de cima abaixo com evidente desprezo, enquanto se sentava a mesa, orgulhoso, como sempre - No final das contas, você é igualzinho a sua mãe... "Quem nasce aos seus, não degenera". Pelo menos é o que dizem, sendo este um antigo ditado bem mais do que popular, mi hijo...

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