Fazenda Bonita...
Renata e Adriana estavam tomando conta dos gêmeos, que davam bastante trabalho, apesar de serem bastante pequenos, e choravam que era uma maravilha. Principalmente quando estavam com fome, ou precisavam ter a fralda trocada, algo que Renata teve de fazer pela primeira vez em sua vida, com a ajuda de Adriana, já se preparando para quando seu bebê nascesse.
- Nunca pensei que um bebê pudesse dar tanto trabalho assim; Renata diz isso se sentando na cama muito cansada, enquanto tentava colocar o pequeno Gonçalo para arrotar depois de Adriana te - lo amamentado, quando ele acabou gofando na blusa branca e nova de Renata - Drica, acho que o bebê não está muito bem, ele vomitou em cima de mim.
- Ele está ótimo, Renatinha, é natural que bebês da idade dos meus filhos gofem de vez em quando, como um refluxo; diz isso colocando a pequena Constança para arrotar, que felizmente não gofou em Adriana, aasim como seu filho fez com Renata, a deixando suja e cheirando a leite materno azedo - Mas não se extresse, logo mais te ajudo a lavar essa blusa, e te dou até outra se você quiser.
- Não precisa chegar a tanto Drica; começa a fazer caretas, que fazem o pequeno Gonçalo rir - Eu jamais ia me aborrecer por algo assim, e você sabe muito bem disso.
- Não sei qual de vocês é mais palhaço, se você ou o Matias; diz ao ouvir o som de gargalhadas vindas de seu filho, que ao que tudo indicava estava adorando as caretas que Renata estava fazendo para ele - Você vai ser uma mãe maravilhosa, e nunca mais duvide disso, porque senão assim que você tiver a minha sobrinha, vai ser menina que eu sei, posso sentir, te dou uma voadora, daquelas bem dadas.
- Depois os palhaços somos o Mat, e eu; Renata diz ainda fazendo gracinhas para o sobrinho - Como você vai me dar uma voadora, com essa sua meia perna aí, pequena polegar?
Não muito longe dali...
Nos vinhedos Jerónimo mostrava a Matias a nova safra de uvas, que ainda estava em flor, tendo em vista que a última leva de uvas havia sido usada na produção de vinhos. Matias não deixava de prestar atenção nas ações quase automáticas de Jerónimo, como se ele não se sentisse nada a vontade com a sua visita ali, ou escondesse dele algum segredo, que talvez, de alguma maneira, estivesse ligado ao assassinato frio e premeditado de Isidro Del Valle, pai do homem que Jerónimo matou a socos numa boate, para proteger a Renata das investidas nada gentis dele, o que não justificava cem por cento a sua violência e falta de controle com ele.
- Você parece muito incomodado com a presença de Adriana e a minha aqui na sua casa; começa como quem não quer nada, assim que os dois descem de suas montarias, indo em direção aos estábulos - Em especial a minha, que sou meio irmão da Renata, mesmo que no passado tenha confundido os meus sentimentos para com ela, como você bem sabe.
- Eu me lembro bem disso, algo que aconteceu há menos de um ano, você era completamente apaixonado pela Renata, sua meio irmã; ele dizia isso sem tentar transparecer o seu ciúme e o seu incômodo em estar ali com um homem, que mesmo sendo meio irmão de sua esposa, um dia foi o seu maior rival - Coisas assim são muito difíceis de se esquecer, e você sabe disso bem melhor do que eu, ou não, considerando a sua nova paixão, sua prima Adriana, é, acho que incesto é uma de suas principais fraquezas, Matias.
- Só não arrebento essa sua cara de idiota, porque não quero discutir com a Renata, e nem tão pouco com a Adriana, que é a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida; para um pouco para respirar um pouco, e não acabar perdendo o resto de auto - controle que ainda tinha - Quanto ao que eu sentia pela Renata, isso foi apenas um equívoco, que nunca mais vai acontecer, e isso eu garanto, agora quanto ao que sinto pela Adriana, e o que temos, isso, sem a menor sombra de dúvidas, nunca foi, não é, e jamais será da sua conta, entretanto, se você ousar machucar a Renata, juro que isso sim, será da minha conta, e aí sim arrebento essa sua cara de idiota.
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Amores que sangram....
AcakO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...