🍷Capítulo 57🍷

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Fazenda Bonita...

Renata e Adriana estavam tomando conta dos gêmeos, que davam bastante trabalho, apesar de serem bastante pequenos, e choravam que era uma maravilha. Principalmente quando estavam com fome, ou precisavam ter a fralda trocada, algo que Renata teve de fazer pela primeira vez em sua vida, com a ajuda de Adriana, já se preparando para quando seu bebê nascesse.

- Nunca pensei que um bebê pudesse dar tanto trabalho assim; Renata diz isso se sentando na cama muito cansada, enquanto tentava colocar o pequeno Gonçalo para arrotar depois de Adriana te - lo amamentado, quando ele acabou gofando na blusa branca e nova de Renata - Drica, acho que o bebê não está muito bem, ele vomitou em cima de mim.

- Ele está ótimo, Renatinha, é natural que bebês da idade dos meus filhos gofem de vez em quando, como um refluxo; diz isso colocando a pequena Constança para arrotar, que felizmente não gofou em Adriana, aasim como seu filho fez com Renata, a deixando suja e cheirando a leite materno azedo - Mas não se extresse, logo mais te ajudo a lavar essa blusa, e te dou até outra se você quiser.

- Não precisa chegar a tanto Drica; começa a fazer caretas, que fazem o pequeno Gonçalo rir - Eu jamais ia me aborrecer por algo assim, e você sabe muito bem disso.

- Não sei qual de vocês é mais palhaço, se você ou o Matias; diz ao ouvir o som de gargalhadas vindas de seu filho, que ao que tudo indicava estava adorando as caretas que Renata estava fazendo para ele - Você vai ser uma mãe maravilhosa, e nunca mais duvide disso, porque senão assim que você tiver a minha sobrinha, vai ser menina que eu sei, posso sentir, te dou uma voadora, daquelas bem dadas.

- Depois os palhaços somos o Mat, e eu; Renata diz ainda fazendo gracinhas para o sobrinho - Como você vai me dar uma voadora, com essa sua meia perna aí, pequena polegar?

Não muito longe dali...

Nos vinhedos Jerónimo mostrava a Matias a nova safra de uvas, que ainda estava em flor, tendo em vista que a última leva de uvas havia sido usada na produção de vinhos. Matias não deixava de prestar atenção nas ações quase automáticas de Jerónimo, como se ele não se sentisse nada a vontade com a sua visita ali, ou escondesse dele algum segredo, que talvez, de alguma maneira, estivesse ligado ao assassinato frio e premeditado de Isidro Del Valle, pai do homem que Jerónimo matou a socos numa boate, para proteger a Renata das investidas nada gentis dele, o que não justificava cem por cento a sua violência e falta de controle com ele.

-  Você parece muito incomodado com  a presença de Adriana e a minha aqui  na sua casa; começa como quem não quer nada, assim que os dois descem de suas montarias, indo em direção aos estábulos - Em especial a minha, que sou meio irmão da Renata, mesmo que no passado tenha confundido os meus sentimentos para com ela, como você bem sabe.

- Eu me lembro bem disso, algo que aconteceu há menos de um ano, você era completamente apaixonado pela Renata, sua meio irmã; ele dizia isso sem tentar transparecer o seu ciúme e o seu incômodo em estar ali com um homem, que mesmo sendo meio irmão de sua esposa, um dia foi o seu maior rival - Coisas assim são muito difíceis de se esquecer, e você sabe disso bem melhor do que eu, ou não, considerando a sua nova paixão, sua prima Adriana, é, acho que incesto é uma de suas principais fraquezas, Matias.

- Só não arrebento essa sua cara de idiota, porque não quero discutir com a Renata, e nem tão pouco com a Adriana, que é a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida; para um pouco para  respirar um pouco, e não acabar perdendo o resto de auto - controle que ainda tinha - Quanto ao que eu sentia pela Renata, isso foi apenas um equívoco, que nunca mais vai acontecer, e isso eu garanto, agora quanto ao que sinto pela Adriana, e o que temos, isso, sem a menor sombra de dúvidas, nunca foi, não é, e jamais será da sua conta, entretanto, se você ousar machucar a Renata, juro que isso sim, será da minha conta, e aí sim arrebento essa sua cara de idiota.

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