🍒Capítulo 33🍒

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No capítulo anterior...

- Agora você está segura, e muito em breve estará mais perto dos seus do que imagina, mas isso é claro, depende única e exclusivamente de você e de sua boa vontade para comigo, minha cara, Constança; era uma voz masculina inconfundível e também inesquecível para Constança, que a conhecia muito bem, quase como se fosse a sua própria - Basta que me ajude a fazer justiça, senhora Sánchez...

- Pode me chamar só de Constança mesmo, tendo em vista que eu te conheço... E muito bem por sinal; ela dizia muito certa daquilo - Vamos se revele, e aí sim eu lhe digo, se te ajudarei ou não...

- Você sempre foi mais corajosa do que inteligente Constança, mas acho que não me conhece tão bem quanto imagina; a voz parecia bem mais perto do que antes - Je m'appelle Marcelo García et je doute fort que vous me connaissiez - "Me chamo, Marcelo García, e duvido muito que você me conheça"

- Pour ta malchance, mon français est presque parfait, et pour moi peu importe le nom que tu utilises, Santiago Salvaterra, ou Marcelo García... Pour moi, tu seras toujours Roberto Gamba... Autant que toi fuyez ce nom, il est et sera toujours le vôtre, Roberto - "Para o seu azar, o meu francês é quase perfeito, e para mim não importa o nome que você use, Santiago Salvaterra, ou Marcelo García... Para mim, você sempre será Roberto Gamba... Por mais que você fuja desse nome, ele é, e sempre será seu, Roberto"...

- Tem mesmo certeza disso, minha cara? - Ele pergunta aparecendo bem diante dela, fazendo com que os dois ficassem frente a frente... Ele ainda usava ataduras em seu rosto, mas seus olhos, esses continuavam tão azuis, como sempre foram - Tem mesmo certeza de que sou mesmo esse tal de Roberto Gamba?

- Tanto quanto me chamo Constança; ela diz sem medo nenhum e. Sua voz, ou olhar - Sua voz... Seus olhos... Estes são inconfundíveis e inesquecíveis, meu caro Roberto...

- É justamente por isso que preciso tanto de você, Constança; Sorri - Você sabe demais... E por isso prefiro que você seja minha aliada, a mais forte delas, do que a minha inimiga, uma das mais poderosas...

- E quem disse que eu iria te ajudar? - Cruza seus braços na frente do peito; e o que te faz pensar que somos aliados, depois de tantas mentiras?

Agora...

- Porque assim como eu; ele a olha bem no fundo dos olhos - Você também deseja, e muito, justiça... Assim como eu, você quer que Josefina, Rosana, ou seja quem ela for, e cada um de seus aliados paguem por esses malditos vinte anos, em que ficamos afastados de quem amamos, em que fomos dados como mortos... Você afastada de seu marido, da sua filha, so seu irmão... E eu, afastado da mulher que amo e da minha filha... Pobre da minha filha, morta por aquela maldita víbora...

- Mas Roberto; franze a testa e junta as sobrancelhas, confusa - A sua filha não está morta...

- Não foi isso que Isidro me disse; ele fecha os olhos por alguns instantes, e os reabre apenas para lhe mostrar sua indignação - O que esperar do homem que quase me matou? Não é? Ele provocou um acidente no carro onde eu estava com minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho... De nós quatro somente eu sobrevivi; ainda era muito cedo para falar de Augusto - O desgraçado me disse que a minha filha estava morta, e agora você me diz o contrário, qual é a verdade afinal? Quem é a minha filha? E onde ela está?

- Só te responderei isso, se me disser por onde esteve, por todos esses mais de vinte anos...

- Em todos os lugares... E ao mesmo tempo em lugar nenhum, isso responde a sua pergunta?

- Acho que por ora; pensa um pouco - Acho que por ora, responde sim...

- Então me responda de uma vez o que te perguntei; a essa altura, ele já começava a se irritar - A minha filha está mesmo viva? Quem ela é? E onde vive?

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora