Cidade do México...
As coisas não estavam nada fáceis para Ana Paula, depois que ela voltou para o México, ainda mais agora em que ela estava se divorciando de Matias, e justamente neste momento acabou reencontrando Andrés. Reencontrar Andrés não fazia parte dos seus planos, por um motivo mais do que óbvio, ela ainda o amava.
Ana Paula já havia perdido muito, muitas pessoas que ela amava, sua mãe era uma delas, e o seu pai, bem, esse, ela nunca teve. Considerando que Antonio nunca fez questão, sequer de saber sobre a sua existência. E não teve um papel significavo em sua vida, nem quando era criança, e muito menos agora, que ela já era uma mulher feita.
Seu tio, Gustavo, era um homem em que ela não poderia confiar de maneira nenhuma, por motivos mais do que óbvios. Ele era um homem mau e sem escrúpulos, que um dia pagaria por todos os seus crimes, isso, é claro, se existir justiça nesse mundo.
Uma mulher de beleza sensual como Ana Paula, um rostinho de menina em um corpo de mulher era algo que chamava atenção. Seus olhos verdes, aparentemente inocentes e selvagens, na mesma proporção, seus lábios delicados, e proporcionais ao seu rostinho de anjo, sua voz sedutora e única. Tudo naquela mulher era um convite ao pecado. Mas o que Ana Paula tinha de linda e atraente. Também tinha de perigosa e letal, como uma navalha, elegante, e afiada, sempre pronta para ferir e machucar, sempre que fosse necessário.
Era véspera de natal, quase dez horas ds noite, e como Ana Paula não tinha com quem comemorar mais um natal, decidiu se aventurar por algum barzinho da cidade. Possívelmente, quem sabe, até mesmo conseguisse uma boa companhia por aquela noite. Alguém que ela pudesse usar e abusar durante a noite, e de manhã, bem antes que amanhecesse por completo, ela mandasse embora de sua vida, um sexo sem compromisso, algo que quando feito por homens, era considerado mais do que normal, desde os primórdios dos tempos. Mas quando se tratava de uma mulher vivendo este tipo de coisa, era considerado um absurdo, quase como se o mundo tivesse parado no século dezessete.
Principalmente no México, um país bastante conservador e católico, onde as mulheres, tem que ir puras e de branco ao altar, na maioria das vezes. Ou pelo menos, fingir que são tudo isso, perante a sociedade, para não serem julgadas e condenadas.
Mas uma coisa que Ana Paula nunca soube fazer, foi fingir ser o que não era e nem poderia ser, uma garota tímida e reservada, treinada para ser uma mulher doce e feita para o lar. Ana Paula estava bem longe disso, sendo uma mulher independente, sendo uma estilista de sucesso, criando peças sensuais, sem serem vulgares, que por sinal, eram bastante acessíveis para mulheres de classe média baixo. Sendo este um sonho dela e de sua falecida mãe.
Ao chegar no barzinho que mais gostava naquela cidade, um que frequentava há semanas, desde que havia se mudado para a Cidade do México, a primeira pessoa que Ana Paula viu, foi justamente ele, Andrés. E ele a viu também, pelo modo que acabou engolindo em seco, estando a meros centímetros um do outro.
O tempo parecia ter congelado, a partir do momento em que seus olhos se cruzaram, numa explosão de emoções a flor da pele, que os deixou em êxtase. Eles foram se aproximando lentamente, como se a partir daquele momento, só existessem os dois, e ninguém mais.
Andrés usava uma roupa quase casual, uma camisa azul, que destacaa os seus olhos claros, uma calça preta, que lhe caía muito bem. Já Ana Paula usava um de seus inconfundíveis vestidos vermelhos, bastante elegante e delicado. Um batom rosa claro, que ficava muito bem dela, dando um destaque especial para os seus olhos, que estavam simplesmente encantadores naquela noite.
- Tinha que ser você, logo aqui. Até aqui você acaba me perseguindo, Ana Paula - Ela o observava de uma maneira quase fria, como se não se importasse com o que ele estava lhe dizendo - Nem aqui eu tenho mais paz, por que para todo canto que eu vou, acabo te encontrando? Por que, Ana Paula?
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Amores que sangram....
DiversosO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...