🍸🍎Capítulo 76🍎🍸

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Cenas do capítulo anterior...

- Até agora, esse tal de Jerónimo é o principal suspeito; Aníbal começa, massageando as próprias têmporas, já com enxaqueca - Isso se o senhor del Valle realmente foi assassinado, como nós dois pensamos, Elisa...

- Não é mais achismo, Aníbal, nossos legistas comprovaram que foi mesmo um assassinato frio e premeditado; ela retira seus óculos de leitura, por alguns instantes, e assim como Aníbal, massageia as próprias têmporas, também com enxaqueca, já que os dois estavam há uma semana trabalhando na delegacia, a noite, sem descanso ou folga - E até agora, ao que parece, e como você mesmo me disse, o principal suspeito deste assassinato, é um tal Jerónimo Linares de La Fuente, que meses antes praticamente matou o filho do senhor del Valle em uma boate, depois de tanto bater nele, de uma maneira quase descontrolada... Ele não tem antecedentes criminais, pelo que pude ver em sua ficha, entretanto, e todavia, ainda é o nosso principal suspeito...

- Você deve ter razão, Elisa, só que agora meio que estou sem cabeça para pensar nisso; vai até a cafeteira e começa a preparar mais um pouco de café para ambos - Faz uma semana que estamos investigando este crime, e até agora nada... Bem que podiamos tentar relaxar um pouco, agora; ele começa a apreciar a beleza de Elisa enquanto terminava de colocar o café e o açúcar na cafeteira - Bem que você podia me dar uma chance, e sair comigo hoje, depois do trabalho, pra gente sei lá, se conhecer melhor...

- Pra gente se conhecer melhor? Sério mesmo isso, Aníbal? - Ela o olha de cima a baixo, tentando não rir da cara dele, quase desvaradamente; você vai mesmo usar justo esta cantada, tão velha e ultrapassada? E justamente comigo? Trabalhamos juntos há uns seis, ou sete anos, fora que também crescemos juntos, ninguém te conhece melhor do que eu e vice versa. E agora você vem com esse papo ridículo e nada original de me chamar para sair com essa desculpa esfarrapada, de que quer me conhecer melhor... Sinceramente, Aníbal, em que mundo você vive mesmo? Ou melhor perguntando, em que planeta você vive atualmente? Porque certamente na Terra não é, pelo que eu estou vendo aqui e agora, meu amigo...

....

- Você sabia do Gustavo, não é? - Era mais uma afirmação, do que uma pergunta propriamente dita; mas é claro que sabia, você sempre sabe de tudo que diz respeito as suas irmãs, em especial a Josefina...

- Sobre o Antonio, eu confesso que desconfiava de que os dois estivessem juntos; se senta na cama, com bastante dificuldade - Mas em relação ao Gustavo, eu juro que não sabia de nada... Eu juro pelos meus pais, as pessoas que eu mais amei em minha vida, de que eu não tinha a menor ideia de que o Gustavo estava vivo... Assim como você, eu também acreditava que ele estivesse morto. Você precisa acreditar em mim, Roberto, dessa vez eu não estou mentindo, eu te juro...

- Não sei se devo acreditar em você; o analisa de cima abaixo, prestando bem atenção em cada detalhe do rosto dele, minuciosamente - Não depois de todas a mentiras que você já me contou, e sendo irmão de quem é... Fora, que por si só, senhor Cristóbal, você não é nada confiável, diga - se de passagem, meu caro...

- Pensei que já tivéssemos passado dessa fase de senhor Cristóbal; ele suspira bastante cansado de tudo aquilo, toda aquela situação mais do que intragável e difícil de engolir, principalmente para ele, que depois de colocar os pés na Cidade do México, sofreu umas duas tentativas de assassinato, sendo a última pior que as anteriores - Você não só pode, como também deve confir em mim, Roberto, lembre - se que eu quase morri e mesmo assim não traí o seu segredo, caramba! E olha que eu tive mais de una oportunidade para fazer isso, e não o fiz, nem mesmo para tentar salvar a minha vida...

- Acho que por ora, Juan Cristóbal; pensa um pouco, depois de muito analisar o rosto dele, atentamente - Eu meio que posso, sim, confiar em você, mesmo que ao fazer isso, esteja indo contra o meu sexto sentido, e todo o bom senso que, inevitavelmente, e sempre, o acompanha...

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