🍾🥂Capítulo 61🥂🍾

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Mansão Sóberon...

Regina andava de um lado para o outro em seu quarto, já usando sua camisola, era noite e ela estava muito preocupada com os sumiços de Roberta e dona Carla, tanto que sem saber o que fazer, acabou ligando para Antonio. Assim que ele atendeu, a princípio, parecia bastante nervoso, como se estivesse fazendo alguma coisa que não deveria estar fazendo, ou algo do tipo. Pois sua voz estava um pouco estranha, meio enrolada e sombria demais, sendo que normalmente era sempre tão doce e muito fácil de entender.

- Sinto muito te ligar a essa hora da noite, sei que já passa da meia noite, coloca seu penhoar, e o celular no viva voz - Mas eu não te ligaria, ainda mais a essa hora da noite, se não fosse, de fato, importante, e você sabe muito bem disso...

- Sim, Regina, eu sei; ele parecia estar muito cansado, pelo tom de sua voz, que parecia rouca e gasta - Assim como você também sabe, que pode me ligar sempre que quiser, ou precisar de mim, porque eu te amo, como nenhum dos seus dois maridos, foi capaz de te amar; ele parecia até um louco agora - Te amo com toda a minha alma, meu coração, que só bate por você, Regina! E te amo também com todo o meu ser...

- Por favor, Antonio, não me fale assim; ela estava mais constrangida do que lisonjeada com aquela declaração de amor, sem saber ao certo, o porquê disso - Não quando eu nunca vou poder te amar como você merece, e tem mais, depois dos meus dois casamentos fracassados, prometi a mim mesma, que jamais me casaria de novo, eu já fui muito machucada Antonio, e não quero ter que passar por tudo isso de novo, uma terceira vez, seria demais para mim, e além do mais, eu não te liguei para isso, falar de um nós, que nem existe.

- Tudo bem, Regina, eu acho que já te entendi perfeitamente bem; ele suspira mais do que frustrado, naquele momento - Mas afinal, o que você quer de mim agora? Pergunto porque com certeza, o meu amor não é, tendo em vista que você o rejeitou tantas vezes, contando com essa, e tantas outras, no passado.

- É que estou muito preocupada com a dona Carla, ela sumiu faz mais de quatro horas, e até agora não apareceu mais; Regina estava visivelmente preocupada, ao contrário de Antonio, que parecia bastante tranquilo, até demais - E como se isso não me bastasse uma fonte de novas preocupações, a minha filha, a Roberta, também saiu de casa faz um bom tempo, e ainda não voltou para casa.

- A Roberta também  sumiu? Mas como assim? Me explica isso direito, Regina; ele estava mais nervoso com o sumiço de Roberta do que com o de dona Carla, por motivos mais do que óbvios, e egoístas para ele - O que aconteceu exatamente com a... Com as duas? A que horas exatamente as duas sairam de casa? E o mais importante, elas saíram juntas, ou em separado? - Ele pergunta, tentando não parecer muito cínico, e como se já a resposta; pois ao saber disso, talvez... Somente talvez, possamos encontra - las o mais rápido possível...

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Não muito longe dali, Diego Lara estava fazendo o que Antonio lhe mandou fazer, cavando um buraco bem fundo num canto ermo, para enterrar Juan Cristóbal assim que o matasse. A sua vítima estava amarrada e dopada, dentro do porta malas de seu Mercedes. Diego até que não gostava de matar pessoas, mas naquele caso, ou ele matava, ou então era morto por Antonio, ou então por um dos aliados dele, que poderiam ser bem mais perigosos do que ele. Quando enfim seu trabalho estava pronto, e a cova funda o suficiente, com mais de sete palmos, ele tirou Juan do porta malas de seu carro, bruscamente, e o jogou de joelhos na frente da cova que ele havia cavado.

- Agora nada e nem ninguém vai conseguir te salvar; encosta o cano de sua arma na testa dele - Porque hoje você não escapa da morte, e isso é tão certo e inevitável, que até cavei uma cova para você, meu "amigo", viu? Eu não sou tão mau; tira de maneira brusca, a mordaça que estava na boca de Juan - E então? Tem alguma última palavra? Um último pedido? Ou qualquer coisa do tipo, antes que eu enfie uma bala no meio ds sua cabeça?

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora