Amores que sangram....

🍓Capítulo 145🍓

Cenas importantes do capítulo anterior...

- Você está atrasado, ao que parece, a pontualidade não é uma de suas virtudes, Jerónimo - Tira seus óculos escuros e os coloca sobre a mesa, assim que Jerónimo aparece e se senta a sua frente - Como a Renata está? Sei que essa pergunta pode parecer um tanto quanto idiota, levando em conta  as circunstâncias atuais em que todos nós nos encontramos, mas mesmo assim não deixo de me preocupar com ela.

- Uma preocupação mais do que comprrensiva, eu diria - Ele também usava óculos escuros para esconder suas olheiras profundas, causadas pela sua insônia - Mas até que a Renata está se saindo bem, apesar do sumiço da nossa filha, bem melhor do que eu. Eu diria, ela é uma mulher forte e determinada, alguém com uma fibra invejável, tenho muito orgulho da mulher com quem me casei.

- Não duvido - Ela já não sentia mais tanta inveja, ou ciúmes de sua irmã, levando em conta tudo que havia acontecido em sua vida, num intervalo tão curto de tempo - A Renata, é de fato, uma mulher muito forte, e em parte ela deve isso a nossa mãe, que sempre foi muito cruel - Engole em seco antes de continuar - Que sempre foi muito cruel com a minha irmã.

- É, eu sei, a nossa, a sua mãe sempre foi muito cruel, frívola e fria, mas apesar disso, foi ela quem fez o parto da Renata, o que me faz crer, que ela não é completamente do mal, como faz questão de aparentar - Ele, então pega o menu, para fazer o seu pedido junto com o de Roberta - Mas mudando de assunto, você me parece bem mais leve do que quando voltou a Cidade do México.

- Em parte, devo isso a conversa que tive com o meu pai na prisão há alguns dias - Ela estava falando de Gonçalo - E também devo isso a conversa que tive com Regina, há alguns dias, ela é, simplesmente, uma mulher extraordinária.

- A Regina é mesmo uma mulher admirável, a Renata e o Matias tiveram bem a quem puxar - Jerónimo comenta, com suas mãos entrelaçadas com as de Roberta, sua irmã - Mas mudando de assunto mais uma vez, o seu pai, o seu Gonçalo, ele acaba de ser solto, para aguardar o processo e o julgamento, em liberdade.

- Sim, eu fiquei sabendo através do Matias - Roberta afasta suas mãos das de Jerónimo bruscamente, assim que os pedidos dos dois chega até a mesa onde eles estavam - Mas mesmo assim não deixo de me sentir mal por ele, e pela Renata, com tudo isso que está acontecendo, e ainda mais com o desaparecimento da Nininha, e tudo mais, se é que você me entende.

- Sim, eu acho que sim, Roberta - Ele a olhava com uma certa compaixão e respeito, apesar do que quase aconteceu ao Rafael - Mas mudando de assunto pela terceira vez nessa conversa, como está o meu irmão, Roberta? Comono Rafa está, depois de tudo que aconteceu? Como ele se sente, sabendo que da morte de Rosaura, e que os pais biológicos dele, são outros?

- Ele até que está se saindo bem, depois de tantas revelações inesperadas em nossas vidas - Ela estava sendo mais do que sincera, naquele momento - Mas os vinhedos, e a possibilidade de nos casarmos um dia, até que o estão animando bastante, Jerónimo, mesmo que a mente dele esteja um caos e o seu coração, quase em pedaços.

- Acho que o entendo, melhor do que ninguém - Respira bem fundo, antes de continuar - Já que me sinto da mesma maneira, em relação ao sequestro da minha filha, e ao que aconteceu com a Renata, há alguns dias, essas coisas mudam a mente de uma pessoa, de tal maneira...

- Não precisa dizer mais nada, meu irmão - Coloca uma de suas mãos, no ombro dele, depois de tomar um gole de seu café - Já que sei exatamente como você se sente, considerando que me sinto da mesma maneira que você, na maior parte do tempo.

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Cidade do México...

  Gustavo havia ligado para Roberto mais uma vez, havia uma mudança de planos, o local da troca não era mais o mesmo, mas sim onde tudo supostamente começou. Ou seja, Gustavo devolveria a Nininha no lugar onde antes foi a casa de seus pais e no dia do aniversário de vinte e cinco anos de Renata.