Amores que sangram....

🍸🍎Capítulo 74🍎🍸

No capítulo anterior...

- Como hoje é domingo, e não trabalhamos; sorri para ela meio sem jeito - Pensei, que sei lá, pudéssemos fazer um piquenique naquela pracinha que fica perto do nosso escritório, isso se você aceitar é claro, Marina...

- Eu não sei; nisso ele meio quê dá uma desanimada - Esse piquenique é tão importante assim, para você?

- Mais que importante; os olhos dele brilhavam iguais duas estrelas - Pois significaria passar um tempinho a mais com você, longe do trabalho, apenas me divertindo, ao lado de uma companhia mais do que agradável...

- Mas você não desiste mesmo; nisso ele lhe entrega uma rosa vermelha, símbolo universal da paixão - E pelo que vejo, também não toma jeito...

- Só os fracos desistem, Marina e no amor e na guerra vale tudo; se aproxima dela, beijando de leve a mão dela, ao invés de aperta - lá como forma de cumprimento - E quem desiste facilmente não ganha em nenhum dos dois, nem numa guerra e muito menos no amor, que é mil vezes mais difícil de se sair vencedor do que em todas as guerras do mundo... E então? Aceita fazer um piquinique comigo, la mia bellezza?

Agora...

- Já que você está insistindo muito; finge que está pensando enquanto pega as rosas das mãos dele - E eu também não tenho nada melhor para fazer agora, acho que vou aceitar o seu convite, sim, José Maria.

- Você disse mesmo sim, Marina? - Ele pergunta todo embolgado; eu ouvi mesmo um sim, ou foi apenas um delírio da minha cabeça?

- Você ouviu um sim; começa a brincar com as pétalas de rosas de uma das que José Maria lhe deu, aproveitando para sentir o aroma agradável que vinha delas - Mas nem se anime muito, porque aceitei esse seu convite, como sua amiga, que é o que sou, portanto nem venha com suas mãos cheias de dedos atrevidos para cima de mim, estamos entendidos?

- Sim, entre nós não acontecerá nada que você não queira; ele sorri para Marina, enquanto espera que ela coloque sua echarpe, e seus brincos de esmeralda, um presente de sua madrinha - Sou paciente, e muitas vezes, grandes amores começam como uma simples amizade... E tem mais, eu só vou te beijar um dia, quando você mesma me pedir que eu faça isso, ma belle...

- E sabe quando isso vai acontecer? - Pergunta cética, o olhando de cima a baixo - Mai, e sai perché? Perché non ti amo, e non lo farò mai, va bene per te? O vuoi di più? - "Nunca, e sabe por que? Por que eu não te amo, e nunca vou amar, está bom para você? Ou quer mais"?

- Non dire mai "Non berrò quest'acqua", perché potresti finire per annegarci e chiedere il bis più tardi - "Nunca diga "desta água não beberei", pois pode ser que você acabe se afogando nela e pedindo bis depois; sorri para ela meio travesso, como uma criança de cinco anos, prestes a ganhar un dulce regalo - Vamos, que a manhã está linda, e quero aproveitar ao máximo a sua adorável companhia, Marininha...

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Cidade do México,

Mansão Monterrubio...

A convivência entre Josefina e Gonçalo estava cada dia pior, e como se isso não bastasse, Antonio estava cada vez mais louco e Gustavo, esse sim estava cada vez mais vingativo, e menos preocupado com os filhos deles. Josefina estava cada vez mais preocupada com os seus filhos, em especial com Roberta, que ela não sabia onde estava, retocando sua maquiagem de frente ao espelho, Josefina tomou um susto ao ver o reflexo de Gonçalo no espelho, ele parecia muito bravo com alguma coisa, não que ele fosse capaz de lhe machucar, já que como um cavalheiro que era e sempre foi, Gonçalo era incapaz de bater em uma mulher, mesmo se tratando dela, uma das pessoas que mais atrapalhou a sua vida, e que destruiu o seu casamento com a mulher que ele amava, a mãe do único filho dele.