No capítulo anterior...
- Senhor Sánchez? - Se aproxima das grades, sem entender a presença de seu adbogado ali; o que faz aqui? Pergunto porque, eu não me lembro de te - lo chamado aqui...
- Vim aqui para lhe soltar, senhor Linares; fala calmante com sua pasta na mão, e um olhar mais que profissional em seu rosto- Não se preocupe, já paguei a fiança, de modo que hoje mesmo o senhor poderá sair daqui...
- E por que está fazendo isso, senhor Sanchez? - Pergunta um pouco desvonfiado - por qual motivo, o senhor pagou a minha fiança, sendo que não somos amigos?
- Pela minha afilhada e sobrinha, Renata Álvares Monterrubio, considere como um empréstimo, que depois o senhor vai me pagar, sem a necessidade de juros; Honório olha sério para Jerónimo, assim que os guardas lhe tiram de sua cela - Mas mudando de assunto, senhor Linares... De onde, o senhor conhece a minha afilhada? E por que não me disse que a conhecia? Por que escondeu esse fato de mim? E por que não disse a Renata, que sou o seu advogado, senhor Linares?
Agora...
- Não achei isso necessário; dá de ombros - Eu nem sabia que a Renata era sua afilhada...
- Não sei porque; o analisa de cima a baixo - Mas não acredito no senhor...
- Azar o seu; se sente bem melhor sem as algemas - E por favor pare de me chamar de senhor, não me chame assim... Não quando sou mais novo que o senhor, então me chame de você, caso contrário terei que arranjar outro advogado...
- Está bem senh... Digo, Jerónimo; tenta parecer amigável, sem demontrar suas desconfianças em relação ao seu mais novo cliente - Mas agora vamos sair daqui... Este lugar me traz péssimas recordações; repara mo olhar curioso de Jerónimo - Recordações essas que não quero ter que lhe dizer quais são, se o senh... Digo, se você não se importa, naturalmente...
- Não me importo nem um pouco; dá de ombros, um pouco cansado e indiferente - Tudo que me importa neste momento é chegar no meu quarto de hotel, tomar um bom banho, daqueles que lavam até a alma, dormir um pouco e depois... Depois... Depois penso no que fazer... Senhor Sánchez...
- Bem, se quer que o chame de você, ou pelo seu primeiro nome; o olha menos sério - Pode parar de me chamar de senhor também, caso contrário VOCÊ, pode muito bem arranjar outro ADVOGADO, estamos de acordo, Jerónimo?
- Claro que sim; os dois apertam as mãos em sinal de concordância - Honório...
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Isidro Del Valle, o melhor amigo de Roberto Gamba e Gonçalo Soberon, durante a juventude, e agora um dos homens mais ricos do México, era um homem misterioso e cheio de segredos. Um homem excêntrico, e com uma personalidade única, além de umas das poucas pessoas que estava ajudando Regina Soberón e Antonio Iriondo a descobrir o paradeiro de Regininha e o que aconteceu com seu amigo Roberto Gamba. Ele estava em um de seus escritórios, escutando uma peça de Chopan, quando Daniel e Lázaro, seus dois homens de confiança adentraram em sua sala, parecendo muito preocupados com alguma coisa.
- Já sei, o Isidrinho aprontou de novo; pega um de seus charutos cubanos e começa a fumar, sem muita preocupação - E então, rapazes, o que o meu filho aprontou dessa vez?
- Seu Del Valle; Lázaro começa um pouco acanhado - Seu filho, o Cobra; era como o filho dele gostava de ser chamado, já que odiava o pai, e só gostava de usar o seu nome quando lhe convinha - Ele entrou numa briga... E tá no hospital, o quadro dele é muito grave...
- Defina grave, meu rapaz... Tente me explicar isso direito; ele não queria se preocupar com seu filho, só iria dar mais corda para ele, que não passava de um garoto mimado e egoísta - Lázaro? Diga alguma coisa homem? Como o meu filho está? - Este fica mudo do nada; Daniel? Já que Lázaro resolveu se calar, me diga você, como está o meu filho... Vamos diga logo, Daniel!
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Amores que sangram....
DiversosO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...