No capítulo anterior...
- Acho que já sei o que temos de fazer, o que já deveríamos ter feito há anos, e acabamos adiando por pura conveniência de nossa parte, cara Rosana - Ele diz depois de escutar tudo que Josefina tinha a lhe dizer - E você também, caso contrário nem teria me ligado, Rosana.
- Eu sei o que precisamos fazer, cara mía, e muito bem, aliás - Suspira antes de prosseguir - Mas uma queima de arquivo, a essa altura do campeonato, daria muito na vista... Você não acha... Não, Gustavo?
- Não se parecer um acidente, Rosana, minha cara - Ele diz isso de uma maneira maliciosa e bastante sugestiva - E você sabe disso bem melhor do que eu, cara mía...
- Tem mesmo certeza disso, Gustavo? Tem certeza de que não está exagerando? Ou inso longe demais com tudo isso? - Ela pergunta quase sussurrando, com medo de que alguém a escutasse e por consequência disso, ela acabasse sendo presa - Tem mesmo certeza de que o melhor que temos a fazer, é matar o Antonio? É isso mesmo o que você quer fazer, justo agora?
Agora...
- Não é o ideal a se fazer agora, naturalmente - Ele diz isso depois de muito pensar - Mas ao que parece, é o que precisamos fazer, antes que o Antonio acabe estragando tudo...
- Eu ainda acredito que executar o imbecil agora, seria como dar um tiro no próprio pé - Ela diz isso, se certificando de que ninguém a estivesse a escutando, apenas por precaução, que nunca era demais, levando em conta a situação atual dos dois, sem saber em quem confiar, vivendo de mentiras - Seria chamar para nós, uma atenção indesejada, que não precisamos e nem tão pouco queremos, agora...
- Pode ser que sim... Pode ser que não, Rosana - Ele começa a se sentir apreensivo - Mas é como dizem, "os mortos não falam"... E além do mais a obsessão do Antonio pela sonsa da Regina, pode muito bem significar o fim dele, e o nosso também, caso nós não consigamos intervir em toda essa situação e fazer o que tem de ser feito, independentemente do que acabe acontecendo depois...
- Vamos dar tempo ao tempo - Ela respira fundo, antes de finalmente continuar com a sua linha de raciocínio, que parecia afiado, como sempre, e isso, sem contar, com o seu sexto sentido - Em todo o caso, se ele acabar se tornando uma ameaça, maior do que já é, para os nossos planos, faremos as coisas do seu jeito, mas por enquanto... Somente por enquanto, evidentemente, vamos deixar as coisas como estão...
- Você está mais do que certa, minha querida - Ele diz sorrindo - E é por isso que eu te adoro tanto, cara mía... Porque você não é apenas linda, também é muito esperta e inteligente, cherry...
- É por isso, que eu mando e você obedece... Justamente por isso, porque de nós dois, eu sou a mais esperta - Ela diz isso, quase sussurrando - Nunca se esqueça disso, meu "queridinho"...
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Era uma noite mais do que silenciosa na Cidade do México, uma das maiores cidades do mundo, Regina estava saindo da fundação dos niños de la Luz, sozinha, quando um Antonio visivelmente perturbado apareceu bem a sua frente. Ele nem parecia o mesmo homem gentil e doce, que sempre demonstrava ser, o que deixou Regina muito assustada, principalmente pelos olhos dele, que estavam vermelhos e cheios de olheiras por baixo deles, como se não dormisse há meses. Regina ainda tentou fingir que não o viu, e ir embora, tentando não ser notada por Antonio, mas ele foi bem mais rápido do que ela e a puxou pelos cabelos, fazendo com que suas costas batessem no peito dele.
- Eu tentei de tudo, para que você me desse o seu amor - Disfarçadamente encosta um cano de rebolver num dos quadris dela, enquanto com o outro braço, lhe dava uma gravata, que a mantinha presa junto a si - Fui doce, terno, um bom ouvinte, soube te esperar, quando você se casou com o Gonçalo, se divorciou dele, e em seguida fez o mesmo com o estúpido do Roberto, e mesmo assim, você não quis me dar o que eu sempre quis e mereci - A língua dele estava um pouco enrolada, quase como se ele tivesse tomado umas doses a mais - Por que, Regina? Por que você nunca quis me dar uma oportunidade, por menor, que ela pudesse ter sido?
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Amores que sangram....
DiversosO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...