Amores que sangram....

🍓Capítulo 142🍓

Fazenda Bonita...

Roberta estava de volta a Cidade do México, já que Gonçalo havia sido preso injustamente, e ela queria ficar ao lado dele. Rafael, por outro lado queria evitar ao máximo aquela cidade, onde ele perdeu aquela que ela considerava a sua mãe.

  Fora que não seria de muito bom tom, ficar aparecendo e desaparecendo, assim do nada, quase como se fosse um fantasma, ou algo do tipo, já que para muitos ele estava morto. E assim deveria permanecer para a segurança daqueles que mais amava, e também para a sua própria.

  E para manter as coisas como estavam, e deveriam ser, Rafael teve de concordar em ficar longe da pessoa que mais amava na vida, a sua Bonita. Roberta era tudo para Rafael, o sol, a lua e as estrelas, já que o amor que ele sentia por ela, era sem medidas. Roberta era uma promessa de felicidade para ele, tudo que ele buscou a vida inteira, e nunca encontrou até então, amor verdadeiro e recíproco.

  Os dois cometeram muitos erros ao longo de seu namoro, ambos mentiram, omitiram e falharam uma dúzia de vezes. Mas apesar disso, os dois continuram firmes e fortes no seu amor, mesmo quando pensaram que eram meio irmãos. Mas muitas vezes, a realidade tende a ser diferejte dos romances mais celebres, chegando a ser muitas vezes, deveras decepcionante.

  Mesmo amando Roberta, como Rafael a amava, ele não deixava de pensar no filho que eles quase tiveram juntos e que foi abortado. Morreu sem nem ao menos nascer, para fazer suas próprias escolhas e trilhar o seu próprio caminho. "Essa criança que não teve o direito de nascer, teria sido tão amada, caso tivesse nascido".

  Era no que Rafael pensava enquanto fazia uma vistoria quase que silenciosa, ao lado de Carlos, que agora era um de seus sócios, assim como Jerónimo, e Augusto. "Meu filho seria tão feliz, correndo por estas terraa tão ricas, que um dia, também seriam suas, mas não posso e nem queei pensar nisso agora". Apesar de não dizer, para não magoar a Roberta, Rafael se sentia muito mal, só de lembrar do filho que os dois quase tiveram, e que infelizmente foi tirado deles, antes mesmo de vir ao mundo.

- Você parece meio pensativo hoje, Rafael - Diz isso, assim que os dois chegam perto dos estábulos, e descem de seus cavalos - Bem mais que o seu normal, de hoje em dia.

- Eu estava pensando em muitas coisas, Carlos - Começa a fazer carinho na crina do cavalo, escovando os pelos dele com carinho - Ao mesmo tempo, em que não pensava em absolutamente nada.

- Apesar de não ter entendido muito bem o que você falou, no geral, creio que entendi o essencial - Ele diz isso fazendo carinho nas orlehas de seu cavalo - Até porque muitas vezes, sem mais nem menos, fico assim igual você, pensando em tanta coisa e em quase nada, ao mesmo tempo.

- Deve see normal do ser humano, ficar assim, meio pensativo, sem motibo nenhum - Ele respira fundo antes de continuar e recolocar o seu chapéu - Mas eu tenho lá os meus motivos para estar assim, já que muita coisa aconteceu em minha vida. Coisas boas e ruins, sendo que em boa parte, tudo que me aconteceu, foi por minha própria culpa, e eu meio que te reconheço isso.

- As coisas que acontecem em nossas vidas, sejam elas para o bem ou para o mal, sempre acontecem por algum motivo Rafael - Coloca ambas as mãos nos ombros dele, quase como se fosse mais um de seus irmãos mais velhos, ou algo do tipo - E não digo isso, porque essas coisas nos deixam mais fortes, mas também porque elas são um aprendizado. Momentos, sejam eles de dor ou alegria, fazem parte de nossas vidas, para que possamos cair de vez emquando, e aprender com esse tombo, além de ficarmos mais fortes do que jamais imaginamos que pudéssemos ser, meu amigo.

- É, talvez você tenha razão - Ele suspira meio cansado - Mas há tombos que deixam marcas e feridas bem difíceis de cicatrizar ou se esquecer completamente, Carlos.