🍇Capítulo 08🍇

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- Juro que sua morte não ficará impune, irmãozinho... Juro que a Renata vai pagar por isso, ela pagará muito caro por tudo que ela lhe fez - Diz pegando um punhado de terra ainda molhada com ambas as mãos, as esmagando e as soltando no chão em seguida, a essa altura ele estava sozinho, Augusto o deixara a sós consigo mesmo, para que pudesse dar vazão a todos os seus sentimentos mais que profundos, e lágrimas grossas turvavam sua vista e lavavam sua alma alquebrada e em frangalhos, já que além de raiva, Jerónimo sentia muita culpa, pois mesmo que sem querer, ele estava começando a se apaixonar por Renata Alvaréz, a mulher que destruiu a vida de seu irmão - Juro que me vingarei da mulher que te destruiu... Juro que me vingarei de Renata Alvaréz... Juro que me vingarei Rafael! Eu te juro, meu irmão!

Seu coração estava em pedaços, sua alma sangrava por dentro, e sua mente nunca esteve tão confusa, quanto agora. E justamente por isso acabara de tomar uma decisão que, de muitas maneiras, mudaria a sua vida para sempre. Depois de muito tempo ali, de joelhos, quase entregue ao desespero, se levantou dali já sabendo o que deveria, com um plano mais que traçado, em sua mente, que por alguns instantes, esteve entregue ao desespero e ao mais profujdo desengano. Então voltou para perto de Augusto, seu olhar estava duro, suas roupas com um pouco de poeira, e a sua alma banhada pelo espírito de uma vingança ferrenha, que ditaria mais do que nunca seus próximos passos.

- Pelo que vejo já tomou a sua decisão, Jerónimo; diz tirando seus óculos escuros, para mirar melhor os olhos de Jerónimo e tentar descobrir o que ae passava em sua mente... Já que os olhos eram a porta da alma, como diziam alguns filósofos e poetas, não que ele acreditasse nisso, mas não lhe custava nada tentar - E então, o que decidiu, afinal? A que conclusão, chegou?

- Depois lhe direi a decisão que tomei; sua voz estava um pouco fria e distante - Mas antes de mais nada quero falar com o senhor Sánchez, o advogado de meu irmão, quero estar mais do que a par acerca da situação financeira que meu irmão tinha antes... Antes de morrer, aí então decidirei se fico aqui e continuo os negócios de Rafael, ou se volto antes para a Itália, pata resolver algumas pendências antigas e depois volto aqui... Tenho muito no que pensar, antes de tomar qualquer tipo de decisão...

- Eu entendo perfeitamente; lhe diz com um de seus famosos sorrisos falsos, tão característicos dele - Mas não pense demais... Ao contrário de mim, Santiago não é tão paciente quanto aparenta ser... Então seja rápido, meu caro...

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Juan Cristóbal na maioria das vezes, era um homem mais do que sensato, isso é claro, quando estava numa mesa de jogo. Ele era um homem viciado em jogos de azar, embora não tivesse sorte nenhuma no jogo, e justamente por isso, estava agora, mais do que nunca, numa situação mais quencomplicada. Ele devia dinheiro à um misterioso homem, que se chamava Ssntiago Salvaterra... Um homem que lhe surgiu há alguns meses em sua vida, lhe salvando de uma grande enrascada...

...

- Eu não paguei as suas dívidas de graça, senhor Cristóbal; diz o misterioso homem envolto em sombras, numa macabra biblioteca, que ficaria muito melhor em um filme de terror - Eu não sou homem de fazer caridades, ainda mais com o meu próprio dinheiro... E o dinheiro que você devia aqueles homens, agora deve única e exclusivamente... A mim...

- Então... O que quer de mim, senhor Salvaterra? - Pergunta quase desesperado; eu não tenho dinheiro para lhe pagar tudo o que devo, e...

- Acalme - se homem, contenha - se, por obséquio; diz ele muito tranquilo - O cassino onde o senhor joga, eventualmente todas as noites agora é meu, como pode ver, e constatar por si só... O senhor me deve bem mais do que imagina...

- Então; engole em seco, muito abalado - O senhor vai me mandar para a prisão... É isso, senhor Salvaterra?

- É um caso a se pensar, senhor Cristóbal, afinal o senhor me deve muito dinheiro, e acabou de me dizer que não tem como me pagar... De fato tenho muito no que pensar, em relação a tudo isso; finge que está pensando um pouco - Mas isso, meu bom senhor Cristóbal, depende exclusivamente de sua pessoa... Do que está disposto a fazer, para não parar na cadeia, senhor Cristóbal... Atrás das grades, como convém ao mais vil dos criminosos, cercados da pior espécie... De bandidos e foras da lei...

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora