💔❤Capítulo 81❤💔

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No capítulo anterior...

- Eu sei que acabamos de nos reencontrar e tal, Marina, que estamos começando de novo, apenas como amigos; José Maria começa meio sem jeito - Mas quando poderei ficar no seu apartamento, nem que seja apenas para dormir?

- Nao sei te dizer ao certo, pois ficando aqui, José Maria, a última coisa que você ia querer fazer, é dormir comigo; ela levanta uma de suas sobrancelhas, em sinal de deboche e provocação - E disso eu tenho certeza, já que te conheço muito bem, até mesmo melhor do que você mesmo...

- Eu te desejo Marina, nunca fiz segredo disso para você; ele respira bem fundo, antes de continuar - Mas se você me deixasse ficar, eu me contentaria em apenas dormir de conchinha com você...

- Pode ser que sim... Pode ser que não; faz de conta que está pensando no assunto e depois lhe rouba um selinho sem que ele espere, o empurrando para longe da porta de leve - Um dia, quem sabe, pode ser que talvez a gente volte a dormir juntos, mas hoje com certeza, não, José Maria...

- Então ainda tenho uma chance com você? - Assim que José Maria faz essa pergunta, Marina fecha a porta, para não cair em tentação e deixa - lo ficar em seu apartamento, quando ainda não era o momento para isso - E então? Ainda há uma chance para nós? Ou devo perder as esperanças de vez, Marina?

- Isso somente o tempo pode lhe responder, José Maria; responde sem abrir a porta, encostando as suas costas na porta, enquanto ele fazia a mesma coisa, só que do lado de fora do apartamento - O tempo, o destino, e quiçá também a sua paciência...

- Se depender da minha paciência, sei que um dia ficaremos juntos, com certeza; sorri meio bobo - Está escrito em nossos destinos, eu posso sentir, e tem mais, se for para te reconquistar, sou até capaz de ser bem mais paciente do que Jó, se com isso também conseguir o seu amor...

....

Agora...

....

Monterrey...

Em seu quarto de hotel, Roberta se sentia culpada, só de saber o que havia acontecido entre Rafael e ela, mesmo os dois sendo meio irmãos. Cada lembrança lhe dois mais do que uma ferida física em sua pele, dilacerando a sua pele, pois a dor que ela sentia naquele momento era interna, uma dor que não queria passar, por mais quisesse muito. Roberta se sentia a mais infeliz das mulheres, ela sentia que merecia toda aquela dor, todo aquele sofrimento que tomavam conta de sua alma e de seu coração, como uma serpente sempre a lhe devorar o coração e lhe dilacerar o espírito. A dor que Roberta sentia era tão grande que suas pernas acabaram sedendo e ela acabou de joelhos de frente a cama, como a mais infeliz das criaturas, lágrimas caiam de seus olhos como cachoeiras que se encontravam, apenas para mais uma vez se perder na imensidão de um rio que acabaria desaguando num mar de ilusões, cada vez mais frequente em sua vida, cada dia mais triste e amargurada. Parecia até que o destino ou sei lá o quê, não permitiam que ela fosse feliz ao lado do único homem que foi capaz de amar, e que por ironia do destino era o seu meio irmão. Coisas assim a faziam pensar frequentemente em desistir, em simplesmente parar de tentar o impossível, que no caso seria tentar ser feliz, apesar de tudo.

- Eu te amei tanto, e ainda te amo tanto, meu lindinho, mesmo sabendo que... Mesmo sabendo o que sei sobre nós dois, meu amor... Mas tanto que quando pensei que você estava morto, uma parte de mim também se foi - Parou um instante antes de conseguir continuar aquele monólogo, que a estava destruindo de dentro para fora, a deixando com a garganta seca, e entalada, nenhuma palavra saía dela, quase como se um buraco negro que provinha de seu interior, estivesse devorando as suas palavras e frases prontas - Então quando você reapareceu para mim, vivo novamente, eu soube que Deus havia te poupado para mim... Para que pudéssemos ficar juntos de alguma maneira, mas agora que sei que somos meio irmãos, sinto que mais uma vez, o destino está a brincar comigo, me fazendo sentir... Sentir o que muitas vezes neguei até para mim mesma, que te amo... Te amo... Te amo... Ah, como meu coração dói e sangra só de imaginar que te amo como uma louca... Que te amo como uma mulher ama um homem... Que te amo de um jeito que não deveria amar, com desejo, devassidão e perdição... Ah, Rafael, por que os nossos destinos tem que ser assim? Por que não podemos ficar juntos, por que, meu Deus? Por que não posso ser feliz ao lado do meu amor? Por que?

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora