Amores que sangram....

👠👄Capítulo 122👄👠

Cidade do México,
Mansão Sóberon...

Enquanto Jerónimo tentava consolar Renata, com palavras de carinho e apoio, lhe incentivando a areditar que tudo daria certo no final, e dona Carla se recuperava do que havia acontecido, Gonçalo tentava reanimar Regina. Ela estava tão mal como no dia em que Renata foi quase arrancada de seus braços, ainda muito bebê.

Gonçalo não gostava de ver Regina naquele estado, e ainda por cima se sentindo culpada por algo, que certamente era culpa de Josefina. Regina estava chorando bastante e se sentindo a última das mulheres, mesmo sendo um ser humano lindo, tanto por dentro, quanto por fora. Sendo uma pessoa extraordinária, sempre colocando o bem - estar dos outros, acima do seu.

Muitas outras coisas, além do sequestro da Nininha, a preocupavam, e uma delas era a saúde de Adriana, que para ela era o mesmo que uma filha agora. E como se isso não bastasse, Regina recebia telefonemas anônimos, de números restritos, que sempre ligavam a meia noite em ponto, sem dizer nada, a assustando com uma respiração pesada e continua.

Algo em que ela não queria pensar, pelo menos por enquanto, não agora com o sequestro de sua neta, que de muitas maneiras, a lembrava do que houve com a Renata, há quase vinte e cinco anos. Regina estava saindo do banho, ainda com os cabelos molhados, vestindo uma roupa leve, e branca, e bem casual.

- Acabei de confirmar todas as minhas piores suspeitas, acerca do sequestro da Nininha, aconteceu justamente o que mais temíamos, minha querida - Ele fala isso ainda com o seu celular em mãos, vestindo o seu terno de todos os dias - O Roberto acabou de me dizer que a Josefina e o Gustavo estão mesmo com a nossa neta, Regina, mas não se preocupe, Regina, nós vamos recuperar a Nininha.

- Como é que eu não vou me preocupar, agora que sei quem estão por trás do sequestro da nossa neta? Como, Gonçalo? Só me responde isso, por favor - Ela se senta na cama, completamente esgotada emocional, mental, e psicologicamente - As mesmas pessoas que mantiveram a minha filha longe de mim, por mais de vinte anos.

- Decerto eles não pensam em ficar tanto tempo assim com a nossa neta, Regina - Guarda seu celular num dos bolsos de seu terno, se aproxima dela, e coloca uma de suas mãos no ombro dela - Aposto que eles vão pedir dinheiro pela menina, e logo vão contatar um de nós, possivelmente o Roberto, ou na pior das hipóteses...

- Eu, ou você - Ela então o mira bem nos olhos - Já que também temos muito dinheiro em nossas contas bancárias, tanto quanto o Roberto, ou talvez, quem sabe, bem mais do que ele, mas pelo que vejo há a outras coisas que estão te preocupando bem mais do que isso.

- A Melissa está de volta, bem, ela quer falar comigo amanhã mesmo, e rever o Matias, já que ela é madrinha dele, como você bem o sabe - Ele suspira meio cansado - Ela disse que tinha algo muito sério para me contar.

- Ela foi sua namorada antes do nosso casamentocom, além de ter sido uma de minhas melhores amigas nos meus tempos de juventude - Ela respira fundo, antes de continuar - Inclusive ela é uma das madrinhas do Matias, como você acabou de me lembrar.

- Eu tenho medo do que ela tem para me dizer - Ele tenta não demonstrar o seu nervosismo - Até porque faz anos que não nos vemos, e...

- Se a Melissa voltou ao México depois de exatos vinte e cinco anos, e quer te ver, deve ser por um bom motivo, caso contrário, ela nem em sonho ia querer te ver - Agora era a vez de Regina dar apoio ao Gonçalo - Assim que me casei com o Roberto, um tempo depois que nos separamos, a Melissa foi até mim, e me disse que você e ela tiveram uma recaída, ela se sentia culpada pelo que aconteceu, e me pediu perdão, pois mesmo que eu estivesse casada com outro homem, ela sabia que eu ainda te amava.