Cenas do capítulo anterior...
- Posso ajuda - lá em alguma coisa, senhora? - Rosaura pergunta um tanto quanto desconfiada - E quem é a senhora? Pergunto porque nunca a vi por aqui por essas bandas de cá...
- Me chamo Inês Fonseca de Del Valle, sou da Cidade do México, onde administro um hospital ao lado de meu filho mais moço, Andrés, a questão, minha senhora é que eu... Eu perdi um filho recentemente - Ela engole em seco antes de continuar - Assim como também perdi o meu marido, o que me fez tomar uma decisão muito importante, que é reparar um erro que cometi há vinte e sete anos...
- Não estou a entendendo, senhora - Nisso, Rosaura, sem mais nem menos começa a pensar em Rafael - Do que a senhora está falando, afinal?
- Antes de me casar com o meu falecido marido, eu tive um filho, ainda muito jovem - Ela mira Rosaura bem nos olhos - Filho este, que há uns vinte e sete anos, eu abandonei de frente a sua porta, numa cestinha... E eu vim aqui reparar o meu erro e pedir perdão ao meu filho, tentar me aproximar dele, conhece - lo melhoe, enfim, minha senhora...
- Nosso filho, Inês, não se esqueça disso, jamais - Um homem de cabelos negros, usando um terno que parecia feito sob medida apareceu bem diante de Rosaura ao lado de Inês - A propósito me chamo Saúl... Saúl Guardiola, e sou o pai do filho biológico de Inês, o menino que ela abandonou na frente da sua porta, há exatos vinte e sete anos, sem que eu soubesse de nada, naquela época, tão conturbada de nossas vidas...
- Não pode ser - Rosaura, a essa altura estava quase desesperada, ao ver bem a sua frente, os pais biológicos de Rafael, como um fantasma a assombrando, justo agora que Rafael e ela não estavam em seu melhor momento - Vocês são quem eu menos esperava encontar agora...
....
- Você nunca esteve tão frágil, quanto está agora - Pega um dos travesseiros que estava debaixo de Regina, o colocando sobre o seu rosto - Seria tão fácil acabar com a sua vida agora... Tão fácil... Mas tão fácil... Que nem teria mais graça, se eu tentasse fazer isso agora... Tão patética e ridícula, como sempre foi... Eu não te odeio, apesar de tudo, apenas te desprezo, pela sonsa que você é, e sempre foi...
- Quem é você? E o que faz aqui? - Ao que parecia era uma das enfermeiras do hospital - Pergunto porque nunca te vi por aqui, antes neste hospital...
- Sou nova aqui - Ela diz se fazendo de inocente - E eu estava apenas ajeitando o travesseiro dela...
- A paciente não precisa que nos façamos isso, até porque ela quase nem se mexe, considerando o seu quadro clínico - A enfermeira, que tinha o nome de Ruth López em seu crachá olhava Josefina com desconfiança, já que no crachá dela estava o nome Fernanda Hernández - E mais uma coisa, conheço muito bem, todos os funcionários, novos e antigos, deste hospital, por ser a enfermeira chefe daqui, e nunca em hipótese alguma vi o seu rosto, ou nome, nas fichas de contratados deste hospital, e eu sei disso porque tenho memória fotográfica, então, recapitulando, quem é você? E o que faz aqui neste hospital, tão perto desta paciente?
Agora...
Antes que Josefina pudesse dizer qualquer coisa, Regina começou a se mexer ainda inconsciente, chamando a atenção da enfermeira, dando uma chance a Josefina, para dar uma rasteira na mesma, e fugir dali. Ainda se recuperando da rasteira que Josefina lhe deu, Ruth foi até Regina, percebendo, que apesar de tudo, ela ainda estava bem.
- Nada de mal lhe aconteceu, ainda bem, acho que consegui chegar a tempo, de evitar alguma espécie de tragédia, quase que iminente - Se aproxima de Regina, analisando bem, monitor multiparâmetro de sinais vitais, que é um equipamento que faz a leitura dos sinais vitais do paciente, indicando em tempo real para a equipe médica, através das informações na tela e de alarmes visuais e sonoros, qual a sua condição de saúde atual do paciente, e percebeu que Regina parecia bem, e que respondia bem ao coma e aos medicamentos intavenosos, para a dor, que eram aplicados em seu soro, sob prescrição médica - Mas aquela mulher que esteve aqui, de alguma maneira, não me pareceu nada confiável...
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Amores que sangram....
Ngẫu nhiênO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...