Amores que sangram....

🍇Capítulo 153🍇

Cidade do México,
Apartamento de Adriana...

  Depois de colocar algumas pulgas nas camas dos gêmeos do "terror", Adrian e Adriano, Nininha, Mily e Riquinho estavam de castigo. Pois os gêmeos quase que caiam da cama e se feriam gravemente de tanto se coçar. Adriana estava sendo bem inflexível no castigo dos seus filhos mais velhos, Matias, por sua vez, acreditava que sua esposa estava exagerando na dose, em especial com a sua querida Mily. Pois se Nininha era a abelhinha de Jerónimo, Mily, por sua vez, era a Pimentinha de Matias.

  Matias era o típico pai legal, que as crianças amavam, quando ele não estava trabalhando, e tinha tempo para ficar com eles. Ele odiava castigar os seus filhos, fazendo com que Adriana fosse a mais séria dos dois, em relação a criação das crianças. Ambos trabalhavam, Matias nas empresas de seu pai, e Adriana, como assessora de muitos artistas, incluindo sua melhor amiga, cunhada e comadre, Renata, sua best.

  Os dois dividiam as tarefas com a casa e as crianças, desde que os quatro ainda eram bebês, por isso os dois raramente brigavam. E quando brigavam, o motivo era basicamente o mesmo, a criação das crianças, já que nisso os dois quase nunca chegavam à um consenso.

  Adriana e Matias estavam se preparando para ir dormir, isso depois que ela levou a afilhada deles para a casa dos pais dela. Matias estava um pouco nervoso, tentando ler um livro, mas sem ter muito sucesso com isso, já que sua mente estava focada em seus filhos mais velhos, e no castigo que Adriana deu a cada um deles. Adriana, por sua vez, estava muito séria, nervosa, e preocupada com os gêmeos, que mesmo depois de tomar uns cinco banhos, ainda estavam se coçando bastante, por conta das pulgas colocadas em suas camas.

- Olha - Ele começa, fechando o livro adrupdamente - Sei que as vezes é mais do que preciso, castigar as crianças, não estou te recriminando por isso, e nem nada, mas você não acha que, talvez. Somente talvez, você não esteja indo longe demais com esse castigo? Tranca - los no quarto e tirar o celular deles, acho isso um tanto quanto exagerado, se me permite te dizer, marrentinha.

- Aposto que está tomando as dores pela Mily - Começa a massagear as próprias têmporas, "morrendo" de dor de cabeça - Já que ela é a sua queridinha e você a mima demais, desde que ela nasceu, só porque ela é a nossa única menina. Isso sem contar é claro, o modo como você trata a nossa afilhada, não só você, já que ela é claramente, a princesinha do Jerónimo, vocês dois vivem se alfinetando, mas no fundo. Bem lá no fundo, vocês são iguaizinhos, parecem até irmãos, ou algo do tipo.

- Não me compare aquele chato e egocêntrico do meu cunhado - Ele faz sua famosa birra, sem motivo - Ele consegue ser mais chato do que você, quando está bravo - Pensa um pouco, e, então, logo fecha a cara - Você se parece tanto com ele, nessas regras chatas, que deveria ter se casado com ele e não comigo.

- Pronto, começou logo cedo, pelo visto, não é mesmo, Matias Sóberon de Monterrubio? - Revira os olhos, meio entediada - Estava demorando para você me dizer isso, da última vez você disse que eu deveria ter me casado com um lutador de MMA, e agora me diz isso - Toma um comprimido para dor de cabeça, que estava em sua mesinha de travesseiro, e em seguida ajusta seu pijama, toda irritada - Mas tudo bem, você está tão chato, que nem vou te contar a novidade que ia te dizer, e em primeira mão.

- Novidade? Mas que novidade? - Ele se anima, ficando cada vez mais curioso - Me conta por favor, se não nem vou conseguir dormir hoje a noite, vai Adri, nunca te pedi nada. Me conta, por favor, e obséquio.

- Além de mais velho e bobo - Começa já rindo, e menos brava - Também está mais curioso, e fofoqueiro, e eu que pensei que a curiosidade fosse um defeito exclusivamente das mulheres.

- Direitos iguais, como você sempre me fala, marrentinha - Ele diz isso, ficando cada vez mais ansioso - Ou seja, se você pode ser curiosa, eu também posso, e vice versa, entonces, para de me torturar, e me diz logo o que tem para me contar, e que você chamou de novidade, vai, marrentinha, me conta, por favor.