Amores que sangram....

🍓Capítulo 148🍓

Cidade do México...

  Com a ajuda de Augusto, Elisa e Aníbal, Roberto acabou descobrindo onde Josefina estava se escondendo com mais um nome falso de Isadora Canseco. Ele pretendia planejar uma maneira de resgatar Nininha e colocar Josefina na cadeia, mas ao que parecia Jerónimo tinha outros planos.

  Jerónimo conhecia sua mãe, melhor do que ninguém, por isso ele sabia muito bem que se caso ela sequer imaginasse o que Roberto planejava, certamente tornaria as coisas bem piores do que já estavam. E pior, acabaria colocando a vida da sua filha, em perigo.

  Então, sem avisar a ninguém, nem mesmo a Renata, Jerónimo foi até o hotel onde Josefina estava, com o nome falso de Isadora Canseco. Correndo contra o tempo, antes que o pior acabasse acontecendo.

  Chegando no hotel, logo de cara sua mãe percebeu que ele estava ali, e o fez entrar, com a menina no colo, e uma arma em mãos. Ela parecia transtornada de muitas maneiras, e assim que a porta do quarto estava trancada, ela fez com que Jerónimo a acompanhasse até a sacada.

- Eu fui uma péssima mãe para você, Jerónimo e a Roberta - Josefina o olhava tristemente, como se por algum milagre, ela estivesse tomando consciência de todos os seus atos - Isso sem contar o que eu fiz com os meus próprios irmãos, destruí a vida deles e a de tantas outras pessoas, como por exemplo, as da Regina, e da Renata.

- Sim, eu sei disso - Ele estava com as mãos levantadas para cima, em forma de rendição - Nós dois sabemos muito bem disso, mas por que está me dizendo tudo isso?

- Porque você sabe a pessoa horrível que eu sou e o homem mau que o seu pai é - Ela parecia um tanto quanto melancólica, naquele momento, quase como se estivesse em uma depressão profunda - Eu errei demais, meu filho, principalmente com a Roberta e você, meus filhos, as coisas mais importantes da minha vida. Você fez bem em vir aqui, e sozinho, como eu te pedi por celular.

- Sim, mãe, apesar de ser um risco muito grande para nós dois - Ele respira fundo, antes de continuar - Até porque o Roberto, o Augusto, todos sabem onde você está e o nome falso que está usando.

- É, eu fiquei sabendo disso - Os cabelos dela estavam checados ao invés de lisos, e ela já não usava a sua famosa franja - Mas eu precisava ver você antes de... Bem isso não importa, se aproxime de mim, querido, por favor.

- Ok - Ele se aproxima dele e lhe entrega Nininha nos braços - Você vai mesmo me devolver a minha filha? Bem, confesso que não esperava por essa.

- Assim como você, eu sempre cumpro a minha palavra - Sorri para ele, um pouco triste e abatida - Cuide bem dela, Jerónimo, seja melhor do que o seu pai e eu fomos para você e a Roberta, me prometa isso, filho, por favor, caso contrário, não poderei descansar em paz.

- Descansar em paz? - Ele pergunta meio confuso, tentando acalmar sua filha, que estava começando a chorar muito alto - Do que você está faltando, afinal, mãe?

- Apenas me prometa - Se aprixima de costas da sacada, olhando para ele, vem nos olhos - Por favor, filho. Eu te pediria para me perdoar, mas seria te pedir demais, então me conformo apenas com isso, que me prometa ser um bom, não, um excelente pai, para a minha neta, por favor, me prometa, apenas isso, e nada mais.

- Está bem, eu prometo. Assim como prometo também te perdoar, com sinceridade, e do fundo do meu coração, mãe, juro até mesmo pela virgem, se você quiser - Ela sorri para ele, e então se vira de costas para ele, quase como se fosse pular da sacada, sendo que o seu quarto ficava no vigésimo oitavo andar, era de tarde, e o movimento ali era quase escasso, apesar do prédio ser quase no centro da cidade - O que pensa que vai fazer? Mãe? - Era tarde demais, antes que Jerónimo pudesse fazer qualquer coisa para a inpedir, ela se jogou do prédio, de costas, sem parar de olhar dentro dos olhos dele - Mamãe!