🍸🍎Capítulo 80🍎🍸

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Cenas do capítulo anterior...

- Agora entendi tudo; Rafael por fim se revela para a sua mãe, ficando a sua frente, a deixando em estado de choque - Agora entendo muitas coisas, eu não sou um Linares e mesmo assim, você mentiu para a Roberta, assim que descobriu que assim como o Jerónimo ela era filha do Gustavo, ou seja mais uma vez a Josefina conseguiu fazer algo que você também quis fazer e não conseguiu, dar o golpe do baú no Gustavo; nisso Rosaura lhe dá um tapa na cara tão forte, que quase o faz cair no chão - A verdade deve doer bem mais do que esse tapa que você me deu, mas responde uma coisa, se eu não sou filho do Gustavo, quem é o meu pai?

- Eu não sei, Rafael... Eu simplesmente não sei quem são os seus pais, filho; engole em seco antes de continuar - Porque do mesmo jeito que Gustavo não é o seu pai, eu também não sou a sua mãe...

- Como assim? - Ele pergunta um tanto quanto confuso, se afastando dela, assim que ela tenta toca - lo; que história é essa, de que eu não sou o seu filho? Por acaso é alguma brincadeira de mal gosto? Ou o quê?

- Tudo começou há uns vinte e seis anos, quase vinte e sete; ela limpa suas lágrimas com os dorsos das mãos e então continua - Eu tinha acabado de perder um filho, esse sim seria o verdadeiro meio irmão da Roberta e do Jerónimo, eu o perdi, quando fui atropelada; engole em seco mais uma vez, antes de continuar - Eu estava arrasada, com a perda do meu filho, quando ao voltar do hostpital, onde fui internada às pressas, encontrei uma pequena cestinha na frente da minha casa, e nela havia um bebê...

- Suponho que eu seja esse bebê; ele diz isso, quase num fio de voz, ficando de costas para ela - Esse bebê que você encontrou na porta de sua casa...

- Sim, era você, Rafael; fica a frente dele mais uma vez, e o faz encara - lá nos olhos, levantando seu queixo com as pontas dos dedos - Um presente que Deus me deu, depois que eu pardi o meu verdadeiro filho...

....

- Você não deveria ter sequestrado a tonta da dona Carla; Josefina diz isso após tomar um gole de seu café, sem hesitação ou rodeios - E muito menos, estar ajudando a Regima a encontra - lá, como um estratagema mais do que ridículo e inútil, para conquista - lá, assim como fez quando me mandou sequestar a estúpida e imbecil da filha daquela tonta, e depois de dispôs a encontra - lá...

- Você não tem moral nenhuma para me dizer isso, Rosana! Nenhuma mesmo, minha cara; abaixa o tom de sua voz, até que ela se tornasse um sussurro - Não quando você fez quase a mesma coisa com as filhas da sua irmã, as sequestrando assim que elas nasceram, e as vendeu para uma família de origem francesa, os Bouvier Castañón, a fazendo acreditar que ela teve apenas um filho, que morreu no parto...

- Cale - se seu imbecil! - Tenta controlar o volume de sua voz, para não chamar para si e Antonio, a atenção dos empregados e demais clientes do restaurante, onde estavam; a tonta da minha irmã, nem em sonho deve saber que teve duas filhas, e ainda mais que as duas estão vivas, caso contrário, nem sei do que aquela estúpida é capaz de fazer...

- Então não me venha com suas lições de moral, me poupe delas, minha "querida", sendo que o seu teto é de vidro igual o meu; sorri cinicamente para ela - Minto, talvez o seu teto de vidro, seja ainda mais frágil do que o meu, Rosana...

....

- Como pode ver, cumpri com o que te prometi; Gustavo diz isso com um sorriso presunçoso, um olhar de puro deboche, cubismo em sua voz, e malícia na ponta da língua - Ou seja, nada mais te impede de confiar em mim, como você mesmo me prometeu...

- Não sei se devo ou posso confiar em você, Gustavo; Gonçalo diz isso sem hesitar, o mirando bem nos olhos sem desvia - los dos seus, em nenhum momento - Afinal, levando em conta as vezes em que confiei em sua palavra e me dei mal, que garantias, ds fato, eu tenho de que você não vai me enganar de novo? Me responda, mas com sinceridade, se puder...

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