🍇Capítulo 157🍇

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Cidade do México...

  As coisas estavam indo bem entre Elisa e Roberto, pois a cada dia que passava os dois estavam mais apaoxonados um pelo outro. Estavam casados e tinham dois lindos filhos como prova de seu amor, Maria Alessandra, que era a cara de Elisa, e Renan Otávio, que se parecia, e muito, com Roberto.

  Elisa ainda era uma policial mais do que competente, mas trabalhava mais na parte democrática, considerando que já não podia se arriscar tanto. A irmã dela, Karina também tinha filhos, duas meninas, Ana Beatriz e Ana Cristina, e estava morando em Madrid junto com Aníbal e as crianças.

  Karina e suas trapalhadas, faziam muita falta a Elisa, mesmo que as duas continuassem a se falar pela internet. Pois não era a mesma coisa de se falar pessoalmente, cara a cara, e olho no olho, como Elisa tanto gostava, que fossem as coisas. Roberto era um marido maravilhoso e que lhe deu filhos lindos, mas mesmo assim, muitas vezes, Elisa se sentia insegura ao lado dele, mesmo que ele lhe dissesse muitas vezes que a amava.

  Pois a relação entre Roberto e Regina ainda era muito forte, eles tinham um passado e uma filha, juntos, e mesmo que agora ambos fossem apenas amigos, o destino deles estava atado em um nó que não podia ser desfeito, mas que, pouco a pouco, e dia a dia, foi cortado. Mas não cortado por completo, já que o que os unia era bem maior do que eles mesmos, um passado pesado, e cheio de fantasmas, que de vez em quando, ainda vinha os visitar, uma filha e vários netos, até onde Elisa sabia.

  Regina era uma mulher forte, delicada, inteligente, bela, boa, um exemplo de ser humano, e Elisa a considerava uma grande amiga. Mas mesmo assim, não podia evitar sentir ciúmes dela com o seu marido, mesmo que os dois fossem apenas amigos. Tendo em vista o passado que os dois tinham, isso sem contar a Renata e os netos, que seriam bem mais do que já eram, com a gravidez de Renata.

- Já levei as crianças na escola - Roberto aparece no que antes foi um de seus escritórios, e que agora era o escritório de Elisa - Esse ano, minha neta mais velha, a Nininha, se forma no ensino fundamental - Nisso ele percebe que, do nada, Elisa ficou um pouco irritada - Perdão, sei que você não gosta muito quando eu falo dos meus netos e da minha filha, com tanto entusiasmo assim, mas não posso evitar, já que os amo tanto.

- Ah, Roberto - Tenta se deeculpar com ele, usando os seus olhos - Não estou chateada com você e muito menos, por amar sua filha e netos - Ele o olha incrédulo - Ok, talvez eu ainda tenha um pouco de ciúmes da sua relação com a Regina, eu admito, mas nunca, em hipótese alguma, tive ciúmes de sua relação com a Renata e os filhos dela, que são tão importantes para você e que são meus sobrinhos, já que Jerónimo é meu meio irmão - Ela se aproxima dele, e o beija bem de leve, nos lábios - É, que, eu estou com saudades da minha irmã e das minhas sobrinhas, que eu só vi no dia em que elas nasceram.

- Acho que te entendo - A abraça com ternura, afagando os cabelos dela, docemente - Imagino a falta que a sua irmã deve estar fazendo em sua vida, já que também sinto, e muito, mais do que nunca, a cada dia que passa, a ausência de minha irmã Mabel - Dissipa suas lágrimas, antes de começar a chorar igual uma criança, quando do nada uma frase de Gustavo lhe veio a mente, assim que ele soube da morte de Rosana, "lágrimas ficam bem em mulheres e crianças e não em um homem, como eu" - Mas não se preocupe, assim que você estiver de férias na delegacia, vamos visitar a sua irmã, o Aníbal e as crianças, eu te prometo, meu amor.

- Assim fico bem mais tranquila - Ela se alinha ainda mais no peito dele, como se nos braços dele, pudesse encontrar a paz que tanto buscava, e só encontrava quando ele estava ao seu lado - Pois vai ser uma ótima oportunidade dos nossos filhos conhecerem a tia e as primas.

- Sim, eu sei - Beija o topo da cabeça dela, com o maior respeito do mundo, pois antes de a amar ele a respeitava e admirava - E quanto ao seu ciúme, ele é mais do que infundado, Regina e eu somos apenas bons e velhos amigos agora, além de sermos os pais da Renata e avós dos filhos dela.

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora