Cidade do México...
As coisas estavam indo bem entre Elisa e Roberto, pois a cada dia que passava os dois estavam mais apaoxonados um pelo outro. Estavam casados e tinham dois lindos filhos como prova de seu amor, Maria Alessandra, que era a cara de Elisa, e Renan Otávio, que se parecia, e muito, com Roberto.
Elisa ainda era uma policial mais do que competente, mas trabalhava mais na parte democrática, considerando que já não podia se arriscar tanto. A irmã dela, Karina também tinha filhos, duas meninas, Ana Beatriz e Ana Cristina, e estava morando em Madrid junto com Aníbal e as crianças.
Karina e suas trapalhadas, faziam muita falta a Elisa, mesmo que as duas continuassem a se falar pela internet. Pois não era a mesma coisa de se falar pessoalmente, cara a cara, e olho no olho, como Elisa tanto gostava, que fossem as coisas. Roberto era um marido maravilhoso e que lhe deu filhos lindos, mas mesmo assim, muitas vezes, Elisa se sentia insegura ao lado dele, mesmo que ele lhe dissesse muitas vezes que a amava.
Pois a relação entre Roberto e Regina ainda era muito forte, eles tinham um passado e uma filha, juntos, e mesmo que agora ambos fossem apenas amigos, o destino deles estava atado em um nó que não podia ser desfeito, mas que, pouco a pouco, e dia a dia, foi cortado. Mas não cortado por completo, já que o que os unia era bem maior do que eles mesmos, um passado pesado, e cheio de fantasmas, que de vez em quando, ainda vinha os visitar, uma filha e vários netos, até onde Elisa sabia.
Regina era uma mulher forte, delicada, inteligente, bela, boa, um exemplo de ser humano, e Elisa a considerava uma grande amiga. Mas mesmo assim, não podia evitar sentir ciúmes dela com o seu marido, mesmo que os dois fossem apenas amigos. Tendo em vista o passado que os dois tinham, isso sem contar a Renata e os netos, que seriam bem mais do que já eram, com a gravidez de Renata.
- Já levei as crianças na escola - Roberto aparece no que antes foi um de seus escritórios, e que agora era o escritório de Elisa - Esse ano, minha neta mais velha, a Nininha, se forma no ensino fundamental - Nisso ele percebe que, do nada, Elisa ficou um pouco irritada - Perdão, sei que você não gosta muito quando eu falo dos meus netos e da minha filha, com tanto entusiasmo assim, mas não posso evitar, já que os amo tanto.
- Ah, Roberto - Tenta se deeculpar com ele, usando os seus olhos - Não estou chateada com você e muito menos, por amar sua filha e netos - Ele o olha incrédulo - Ok, talvez eu ainda tenha um pouco de ciúmes da sua relação com a Regina, eu admito, mas nunca, em hipótese alguma, tive ciúmes de sua relação com a Renata e os filhos dela, que são tão importantes para você e que são meus sobrinhos, já que Jerónimo é meu meio irmão - Ela se aproxima dele, e o beija bem de leve, nos lábios - É, que, eu estou com saudades da minha irmã e das minhas sobrinhas, que eu só vi no dia em que elas nasceram.
- Acho que te entendo - A abraça com ternura, afagando os cabelos dela, docemente - Imagino a falta que a sua irmã deve estar fazendo em sua vida, já que também sinto, e muito, mais do que nunca, a cada dia que passa, a ausência de minha irmã Mabel - Dissipa suas lágrimas, antes de começar a chorar igual uma criança, quando do nada uma frase de Gustavo lhe veio a mente, assim que ele soube da morte de Rosana, "lágrimas ficam bem em mulheres e crianças e não em um homem, como eu" - Mas não se preocupe, assim que você estiver de férias na delegacia, vamos visitar a sua irmã, o Aníbal e as crianças, eu te prometo, meu amor.
- Assim fico bem mais tranquila - Ela se alinha ainda mais no peito dele, como se nos braços dele, pudesse encontrar a paz que tanto buscava, e só encontrava quando ele estava ao seu lado - Pois vai ser uma ótima oportunidade dos nossos filhos conhecerem a tia e as primas.
- Sim, eu sei - Beija o topo da cabeça dela, com o maior respeito do mundo, pois antes de a amar ele a respeitava e admirava - E quanto ao seu ciúme, ele é mais do que infundado, Regina e eu somos apenas bons e velhos amigos agora, além de sermos os pais da Renata e avós dos filhos dela.
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Amores que sangram....
RandomO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...