Cidade do México,
Apartamento de Elisa...Enquanto Aníbal e Karina pareciam estar se acertando finalmente, a situação entre Elisa e Roberto estava cada vez mais complicada. Os dois não estavam juntos, mas era o mesmo que estivesse, sem as vantagens de um namoro, em si.
Elisa, que sempre foi tão centrada e dona de si, parecia mais uma adolescente, vivendo o seu primeiro amor, sempre que se lembrava de sua atual situação. Roberto estava mais concentrado em descobrir quem matou Antonio e onde estava a sua neta, do que nos dois.
O que era bastante compreensivel, ou até seria bem mais, caso Roberto não estivesse tão frio e distante dela, quase indiferente ao que os dois foram um para o outro e ainda poderiam ser. Só que isso não era algo que dependia apenas de Elisa, pois caso assim fosse, talvez os dois estivessem bem pior do que já estavam.
Considerando o quanto Elisa poderia ser mais complicada do que o próprio Roberto, quando se tratava de relacionamentos amorosos sérios. Mas mesmo que a sua relação com Roberto estivesse um tanto quanto difícil e complicada, Elisa não pensava em desistir dele, já que claramente, ele era o homem da sua vida. O seu grande amor, aquele por quem Elisa esperou a vida toda, alguém bem mais complicado do que ela, a sua alma gêmea.
Depois de um dia mais do que exaustivo de trabalho, tudo que Elisa queria era descansar, algo que não seria muito difícil se Roberto não estivesse a esperando na porta de seu apartamento. Ele usava uma roupa informal que lhe caía muito bem, com direito a uma jaqueta de couro sintético, e tudo, os cabelos dele estavam um pouco molhados, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e o seu rosto parecia ter sido esculpido em mármore, de tão perfeito que era, principalmente naquele momento, levemente escurecido pelo pôr do sol. Seus lábios pareciam ter sido desenhados a pincel, cada detalhe dele era sublime e perfeito, como se ele fosse uma mistura de anjo e demônio. Ou qualquer outra criatura mística que não fosse humana, pois cada linha se seu rosto era perfeita demais, e bem simétrica.
- Espero não estar te atrapalhando - Ambas as mãos dele estavam nos bolsos de sua jaqueta, e seu olhar estava meio perdido, quase como se ele fosse um menino, e não um homem de quase meia idade - Eu nem deveria estar aqui, Elisa, só que, eu não sei, eu precisava muito conversar com alguém. E sem que eu saiba muito bem o porquê, esse alguém tinha de ser você.
- E por que eu, e não a sua ex? - Aquela pergunta dela foi meio fora de hora, mas seus ciúmes falaram bem mais alto do que o seu bom senso, algo que raramente lhe acontecia - Me desculpe, acho que me excedi um pouco dessa vez.
- Sim, um pouco, não vou negar - Nisso ele percebe que ela está com frio, tira a sua jaqueta, e então a coloca sobre os ombros dela, revelando uma camiseta preta, que estava quase colada ao seu corpo sarado - Mas eu preciso mesmo falar com você agora, então? Será que eu posso entrar com você? Ou não? É você quem decide isso, Elisa, não eu.
- Acho que você pode entrar, sim - Ela diz meio meio sem jeito, inebriada com o perfume dele, que ainda estava na jaqueta - Até porque, eu também, preciso, e muito, comversar contigo, Roberto, uma coisa bastante séria, diga - se de passagem.
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Mansão Sóberon...
Depois de acordar de um sono bastante agitado, quase gritando, Renata acorda completamente suada e morrendo de sede. Quase como se ela tivesse atracessado todo o deserto do Sahara em apenas um dia, ou então, corrido uma maratona inteira. Seu sonho, ou melhor dizendo, pesadelo, havia sido com a sua filha e parecia tão real, que Renata quase teve um troço, se servindo de um copo de água, que estava numa jarra sobre a sua mesinha de traveseiro.
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Amores que sangram....
AcakO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...