🍓Capítulo 143🍓

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Cidade do México,
Apartamento de Elisa...

  Enquanto Aníbal e Karina pareciam estar se acertando finalmente, a situação entre Elisa e Roberto estava cada vez mais complicada. Os dois não estavam juntos, mas era o mesmo que estivesse, sem as vantagens de um namoro, em si.

  Elisa, que sempre foi tão centrada e dona de si, parecia mais uma adolescente, vivendo o seu primeiro amor, sempre que se lembrava de sua atual situação. Roberto estava mais concentrado em descobrir quem matou Antonio e onde estava a sua neta, do que nos dois.

  O que era bastante compreensivel, ou até seria bem mais, caso Roberto não estivesse tão frio e distante dela, quase indiferente ao que os dois foram um para o outro e ainda poderiam ser. Só que isso não era algo que dependia apenas de Elisa, pois caso assim fosse, talvez os dois estivessem bem pior do que já estavam.

  Considerando o quanto Elisa poderia ser mais complicada do que o próprio Roberto, quando se tratava de relacionamentos amorosos sérios. Mas mesmo que a sua relação com Roberto estivesse um tanto quanto difícil e complicada, Elisa não pensava em desistir dele, já que claramente, ele era o homem da sua vida. O seu grande amor, aquele por quem Elisa esperou a vida toda, alguém bem mais complicado do que ela, a sua alma gêmea.

  Depois de um dia mais do que exaustivo de trabalho, tudo que Elisa queria era descansar, algo que não seria muito difícil se Roberto não estivesse a esperando na porta de seu apartamento. Ele usava uma roupa informal que lhe caía muito bem, com direito a uma jaqueta de couro sintético, e tudo, os cabelos dele estavam um pouco molhados, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e o seu rosto parecia ter sido esculpido em mármore, de tão perfeito que era, principalmente naquele momento, levemente escurecido pelo pôr do sol. Seus lábios pareciam ter sido desenhados a pincel, cada detalhe dele era sublime e perfeito, como se ele fosse uma mistura de anjo e demônio. Ou qualquer outra criatura mística que não fosse humana, pois cada linha se seu rosto era perfeita demais, e bem simétrica.

- Espero não estar te atrapalhando - Ambas as mãos dele estavam nos bolsos de sua jaqueta, e seu olhar estava meio perdido, quase como se ele fosse um menino, e não um homem de quase meia idade - Eu nem deveria estar aqui, Elisa, só que, eu não sei, eu precisava muito conversar com alguém. E sem que eu saiba muito bem o porquê, esse alguém tinha de ser você.

- E por que eu, e não a sua ex? - Aquela pergunta dela foi meio fora de hora, mas seus ciúmes falaram bem mais alto do que o seu bom senso, algo que raramente lhe acontecia - Me desculpe, acho que me excedi um pouco dessa vez.

- Sim, um pouco, não vou negar - Nisso ele percebe que ela está com frio, tira a sua jaqueta, e então a coloca sobre os ombros dela, revelando uma camiseta preta, que estava quase colada ao seu corpo sarado - Mas eu preciso mesmo falar com você agora, então? Será que eu posso entrar com você? Ou não? É você quem decide isso, Elisa, não eu.

- Acho que você pode entrar, sim - Ela diz meio meio sem jeito, inebriada com o perfume dele, que ainda estava na jaqueta - Até porque, eu também, preciso, e muito, comversar contigo, Roberto, uma coisa bastante séria, diga - se de passagem.

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Mansão Sóberon...

  Depois de acordar de um sono bastante agitado, quase gritando, Renata acorda completamente suada e morrendo de sede. Quase como se ela tivesse atracessado todo o deserto do Sahara em apenas um dia, ou então, corrido uma maratona inteira. Seu sonho, ou melhor dizendo, pesadelo, havia sido com a sua filha e parecia tão real, que Renata quase teve um troço, se servindo de um copo de água, que estava numa jarra sobre a sua mesinha de traveseiro.

Amores que sangram....Onde histórias criam vida. Descubra agora