No capítulo anterior...
- Eu errei com você, Regina, com a nossa filha, a Nininha - Passa as mãos pelos cabelos, nervoso - Eu errei com todo mundo. E você nem sequer imagina, o quanto me odeio por isso. O quanto me odeio por ter falhado assim - Se afasta um pouco dela, e numa de suas poucas crises de raiva, acaba socando de leve, uma das paredes do corredor - Odeio falhar com todos vocês, assim, de todas as maneiras possíveis...
- Não se culpe tanto, Roberto, por favor. Eu te peço, em nome do grande amor que um dia sentimos um pelo outro, e que hoje se transformou em uma bela amizade - Ela coloca uma de suas mãos no ombro dele - Até porque você não é responsável pelos atos dos outros, e muito menos pelos de Gustavo e Josefina, sendo os dois tão mau caráter, do jeito que são.
- De muitas maneiras, eu me sinto responsável, sim - Se lembra de quando protestou a dívida que a família de Gustavo tinha com a sua, ps deixando, praticamente, na miséria, sem um centavo, sequer - Já que é por minha culpa, que tudo de ruim, acabou acontecendo com a nossa família, não adianta negar, que eu sei.
- Ah, meu amigo, apesar de tudo que nos aconteceu, e vem nos acontecendo, eu não gosto de te ver assim, desse jeito, tão para baixo, triste, desanimado - Sorri como uma forma de apoio - Até porque, mesmo que eu não seja mais a sua esposa, ainda te considero um bom amigo.
- E você nem imagina, o quanto eu sou grato a você, por isso, Regina, mas mesmo assim, não deixo de me sentir culpado por tudo que nos aconteceu, e pelo que ainda está acontecendo em nossas vidas - Nisso Regina o abraça - Obrigado por esse abraço, acho que precisava mesmo disso, ainda mais vindo de você, Regina.
- Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? - Ao ouvir a voz de Gonçalo bem atrás deles, Roberto e Regina se afastam no mesmo instante - E entonces? Roberto? Regina? O que está acontecendo aqui, afinal? Posso saber?
Agora...
- A Regina e eu estávamos apenas conversando, como grandes amigos que somos - Se afasta sutilmente de Regina - Ela estava me ajudando em algumas questões, nada mais.
- E para fazer isso, vocês dois precisam ficar tão próximos assim, dessa maneira? - Tenta disfarçar o seu ciúme, mas acaba falhando miseravelmente - Digo, falta apenas um passo, para que vocês dois acabem se beijando.
- Não precisa ficar com ciúmes, Gonçalo - Regina se aproxima dele, visivelmente preocupada, e nervosa, ao mesmo tempo - Até porque, o Roberto e eu, somos apenas bons amigos, e nada mais, meu querido.
- Pois não foi o que me pareceu agora há pouco - Ele tenta disfarçar o desprezo que estava sentindo por Roberto, naquele momento - Me pareceu até, mesmo que por alguns instantes, que vocês dois estavam tendo uma espécie de recaída, ou algo do tipo.
- Não que eu lhe deva alguma satisfação do que converso, ou não, com a mãe da minha filha - Roberto se intromete na conversa - Mas a Regina e eu estávamos apenas conversando, e se você acredita em mim, ou não, aí já é um problema seu, e não nosso.
- Já chega os dois, por favor, eu estou implorando, Roberto, Gonçalo, tentem não brigar aqui. Aqui não, por favor, pela Renata - Fica no meio dos dois, que naquele momento, pareciam até dois gladiadores, prestes a entrar numa batalha de vida e morte - Lembrem - se de que estamos num hospital, e o porquê de estarmos aqui.
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Os venenos mais fortes muitas vezes, são guardados nos menores frascos, e vem de onde menos se espera que ele estejam contidos. Rosaura e Antonio estavam se encontrando mais uma vez, as escondidas, naturalmente, já que não podiam ser vistos, em hipótese alguma.
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Amores que sangram....
De TodoO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...