Cidade do México,
Apartamento de Elisa...Tanto Elisa, quanto Karina, estavam trabalhando muito, em seus respectivos trabalhos, desde o sequestro de Nininha. Elisa tentando encontra - lá, e Karina sobrecarregada nas empresas Monterrubio, ajudando bastante Honório e Matias, já que Gonçalo aparecia poucas vezes nas empresas, desde o sequestro de sua neta.
A relação entre as duas irmãs estava um pouco morna entre as duas, já que Karina acreditava que Elisa e Aníbal estavam escondendo alguma coisa dela. Possivelmente uma traição, os dois poderiam estar tendo um caso sórdido de amor, bem debaixo do seu nariz, e tal possibilidade, não a agradava nem um pouco.
Enquanto Karina estava com a cabeça cheia de bobagens, Elisa trabalhava usando o notebook, bastante concentrada no que estava fazendo. Mas não concentrada o suficiente, para não notar o modo estranho com que sua irmã, e encarava, naquele momento.
Karina estava usando a sua típica cara de, "Você não passa de um verme para mim, nem te conheço mais", que ela sempre fazia quando estava chateada com alguém. E principalmente, quando esse alguém era a Elisa.
- Ok, eu meio que já entendi o seu recado - Fecha o notebook, mirando sua irmã nos olhos - Por que está me encarando assim, com essa cara de quem comeu e não gostou? O que foi que eu te fiz, Montserrat? Ou melhor perguntando, o que você pensa que eu te fiz agora, hermanita?
- Você deve saber bem melhor do que eu o que fez, caso contrário, não estaria me perguntando - Finge olhar para as próprias unhas, cheia de tédio e indiferença - E se não sabe, pergunte a sua consciência, que deve saber muito bem do que se trata...
- Você sabe muito bem que eu não gosto de seus joguinhos de adivinhação, Montserrat - Ela a estava chamando de Montserrat, para irritar sua irmã, já que a mesma preferia ser chamada de Karina - Então, se você está chateada comigo, seja pelo que for, seja mais clara, coloque as cartas na mesa, e me diga, logo, de uma vez por todas, o que tanto te incomoda.
- Está bem, hermanita, vou dizer o que está me irritando, ok? - Ela respira bem fundo, para criar coragem de falar tudo que a incomodava, antes de continuar com aquela conversa meio tensa - Eu não estou gostando dos seus segredinhos com o meu namorado. Ok, que o Aníbal e eu não estamos namorando sério, ainda, já que isso é uma questão de tempo para acontecer, mas mesmo assim, Elisa, me chateia te ver tão próxima dele, tão cheia de segredos. Mesmo que esses segredos sejam de trabalho.
- É justamente o que são, Karina, segredos profissionais - Ela retira os óculos de leitura que ela estava usando para ler algumas fichas que Aníbal lhe mandou por e - mail - Até porque entre o Aníbal e eu, só existem mesmo uma sólida amizade de anos, e uma parceria de trabalho, nada além disso, entendeu?
- Mesmo assim. Mesmo sabendo disso. Mesmo você me dizendo todas essas coisas, eu não deixo de me dentir incomodada, e até mesmo enciumada com a relação que o Aníbal e você tem, hermanita - Fala aquilo, deveras chateada - Poxa, Elisa, pelo menos tenta se colocar no meu lugar, pois se fosse o contrário, eu aposto que você estaria agindo igual, ou até mesmo, bem pior do que eu.
- Sim - Se lembra dos ciúmes que sente de Roberto com a ex dele - Possivelmente, hermanita... Bem provável que sim, mas mesmo assim, eu ainda acho que você deveria confiar um pouco mais, no Aníbal e em mim, que te amamos tanto, não acha, Kaká?
- Nesse ponto você também tem razão, hermanita, ok, vou tentar controlar o meu ciúme, satisfeita? - Assim que Elisa diz que sim com um gesto de cabeça, Karina revira os olhos, percebendo que a sua irmã quer voltar, o mais rápido possível, para o seu notebook - pode voltar a trabalhar, e nem se incomode mais comigo, hermanita...
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Amores que sangram....
RastgeleO amor surge nos momentos mais iconicos, nas leves brisas da primavera, no encanto outonal de folhas dançando no vento, ou simplesmente na chuva que cai dando vida e esperança para dias melhores. A vida não foi nada fácil para a bela e determinada R...