Eu estava devidamente banhada e alimentada, sentada olhando um programa de humor que passava na TV. Na verdade, pouco me importava com o que passava. Só queria me livrar do interrogatório da minha mãe. Eu a amava, mas ela estava quase ultrapassando a barreira do meu relacionamento com Steve fazendo tantas perguntas.
Primeiro ela queria saber se ele estava realmente interessado em mim e depois se ele tinha compromisso com alguém, já que eu tinha negado qualquer interesse pessoal dele por mim. No final tive que contar que meu chefe era casado, mas acrescentei que Carol me contou, em segredo, que o Sr. Rogers e a esposa estavam se separando. Não informei o motivo e omiti a suposta gravidez, é claro! Ela ficou ainda mais intrigada.
Quando Tony chegou com Pepper para me visitar, mesmo sendo o meu último dia no hospital, ela decidiu ir a minha casa buscar roupas para mim. Suspeitei que ela precisava de um banho normal, ou qualquer coisa que não fosse relacionada a um hospital.
Pepper e Tony estavam tranquilos e não tocaram no assunto da gravidez de Peggy. Eu sabia que se minha amiga estivesse sozinha, conversaríamos sobre o assunto, mas a presença de Tony não nos deixava tão à vontade, apesar de ele ter deixado claro que me apoiava. De qualquer forma não fiquei livre das suas provocações.
— Estes ferimentos vão precisar de cuidados especiais – olhou sério para o meu braço preso na tipoia. O ferimento que estava em minhas costelas estava começando a formar uma casquinha, coçava e irritava muito. Este detalhe Tony não sabia. — Coitado do Steve! – suspirou de maneira teatral. —Vai ficar na mão.
— Tony! – Pepper e eu falamos ao mesmo tempo.
Pepper conseguiu acertá-lo com um tapa no braço, o que eu faria se pudesse utilizar o meu. No final acabamos rindo da brincadeira.
— Vocês mais parecem dois coelhos. Não podem ficar muito tempo juntos em um ambiente que começam a pensar em procriar – dei risada, embora a palavra "procriar" tivesse me atingido em cheio. Peggy estava grávida e eu não. Percebi quando Pepper olhou para Tony advertindo-o sobre o assunto.
— Então, Nat, vai para casa hoje, descansar por vários dias! – Pepper interrompeu sem graça. — A bomba vai cair bem no meu colo – sorri já sabendo como ela se sentia por ter que trabalhar diretamente com Steve. Ele era terrível!
— Sinto muito por isso. Por mim eu voltaria logo, mas Steve nunca concordaria e agora tenho minha mãe para pegar no meu pé também. Me sinto uma adolescente outra vez.
— Adolescente é? Hummmmm! – Tony estreitou os olhos. — Amassos no sofá quando a mãe pega no sono. Beijos quentes na porta de casa com a desculpa de levar o namorado na porta. Mão naquilo, aquilo na mão. Sei bem como é isso.
— Tony! – Pepper esbravejou, mas acabou rindo, eu tive que rir também.
— Quem me dera Tony!
Eu olhava o relógio a cada cinco minutos. Steve ainda não havia aparecido e eu, mesmo emburrada com os comentários dele com minha mãe a meu respeito, continuava sentindo muito a sua falta. Precisava arranjar um jeito de conversarmos de maneira mais direta. Não podíamos deixar que as coisas simplesmente fossem acontecendo sem resolver nada. Precisávamos conversar para decidir como ficaríamos com tudo o que estava acontecendo.
Pepper me informou as novidades sobre o estado de Carol que não apenas estava fora de risco como se recuperava divinamente bem. Fiquei muito aliviada. O atentado era para mim e não para ela. Isso me assustava.
Dei risada quando minha amiga me contou que Carol não falava outra coisa que não fosse relacionada à festa de confraternização da empresa. Ela estava aproveitando o tempo livre para cuidar de todos os detalhes. Imaginei que se antes a monstrinha já estava fazendo disso um espetáculo, agora que estava por conta exclusivamente disso seria um mega evento.
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Pleasure | Love (Romanogers)
Fanfic"Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la?" Não p...