Entrei no apartamento com o corpo ainda implorando por Steve. Eu estava ansiosa demais, no entanto precisava encenar meu papel e me manter distante. Caminhamos todos juntos em direção ao nosso andar, mas nos separamos tão logo as portas do elevador se abriram. Steve estava a minha frente, andando decidido, como se estivesse mesmo louco para encontrar Bobbi. Tentei abstrair esta ideia. Assim que entrei Bucky colocou a cabeça para fora da sala e sorriu.
— Deu tudo certo! – afirmou. — Até agora Peggy está sob controle. Ela embarca ainda hoje de volta a Nova York – tentei sorrir, mas eu estava louca para encontrar Steve. A nossa noite prometia.
— Que bom – caminhei entrando na sala onde Bobbi estava sentada no imenso sofá. As pernas longas estavam expostas em um short curto e revelador. Segurava um balde de pipoca. — Oi, Bobbi.
— Boa noite, Natasha. Nós já jantamos, você e Steve podem ficar livres de nós dois por esta noite – tive vontade de agradecer a ela por isso, mas me contive. Bobbi não era a minha inimiga.
— Tudo bem! Tivemos um dia exaustivo e amanhã será cheio de compromissos, então...
— Você viu a minha capa de carga? Meu celular descarregou e eu nem percebi. Isso nunca aconteceu antes – Bucky começou a se movimentar pela sala, puxando as almofadas e procurando pelo aparelho.
— Provavelmente lá no quarto, amor – eles trocaram um olhar cúmplice cheio de lembranças e promessas. Foi constrangedor.
— Onde está o seu celular? – ele ficou sério de repente encarando a namorada. Bobbi olhou para os lados, mexeu nos bolsos do short e deu de ombros.
— Devo ter deixado no quarto também. Nós praticamente não saímos de lá – mas o encanto acabou. Bucky ficou tenso e desaprovou a atitude da namorada indo em direção ao quarto. Ele resmungou "não dá para acreditar" antes de sumir no corredor.
— Bom, eu vou indo. Thor ficou de aparecer para falar comigo, mas eu não sei se ele vai tentar aqui ou no outro apartamento.
— Ah, tudo bem. As joias, não é isso? – fiquei incomodada por não existir nada que eles não soubessem a respeito do que fazíamos e ao mesmo tempo constrangida com a ideia deles saberem até demais.
— Nós vimos a solicitação na joalheria. Todo o sistema está integrado em nossos computadores – ela esclareceu. Aquiesci e andei em direção ao corredor. Sentia uma necessidade estranha de sair logo dali.
Encontrei Steve caminhando em direção a sala do apartamento em que eu e Bucky teoricamente ocupávamos. Já estava sem o paletó e a gravata. A camisa estava com alguns botões abertos e ele parecia um tanto quanto nervoso, o que me deixou tensa imediatamente.
— Você demorou – seus braços me cercaram e ali eu tive a certeza de que algo estava errado.
— Estávamos mantendo o circo. Aconteceu alguma coisa? – ele suspirou e me encarou por alguns segundos.
— Preciso falar com Bucky! – segurou em minha mão e voltou pelo corredor me levando junto.
— Já estou sabendo – meu amigo saiu do quarto e a cara dele colaborava para a minha certeza de que a primeira bomba da viagem já havia sido lançada. — Acabei de receber a mensagem, um relatório para ser mais sincero. Meu celular estava desligado e eu acabei esquecendo, mas o da Bobbi nos alertou – não tocou no assunto do esquecimento do aparelho por um tempo o que nos atrasou na informação. Bobbi apareceu logo em seguida. Bucky deu o aparelho a ela que imediatamente conferiu as mensagens.
— Então você sabe o motivo?
— Que motivo? – olhei para Steve que estava visivelmente nervoso. Ele ainda mantinha minha mão na dele, mas olhava diretamente para Bucky.
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Pleasure | Love (Romanogers)
Fanfiction"Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la?" Não p...