Capítulo Cento e Onze

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Assim que fechei a porta do apartamento senti todo o peso do mundo em minhas costas. Provavelmente Natasha sabia o valor que nos custaria aquela decisão, mas ela não fazia ideia do quanto Peggy poderia nos destruir. Era importante ter cautela, jogar da forma certa e deixá-la acreditar que estava por cima. Enquanto isso nós continuaríamos com o plano.

Amaldiçoei minha consciência pois me alertava que a atuação da minha amante em seu encontro com Loki seria a nossa cartada mais importante. Dependíamos disso para continuar à frente e principalmente para derrotarmos de uma vez por todas a minha esposa. Droga, como eu precisava daquilo!

Saquei o celular e liguei para Peggy. Era melhor definirmos logo como seria. Eu queria saber o que ela pretendia e quais eram as suas condições. O elevador chegou, eu entrei ainda aguardando, por que inferno ela não atendia já que estava me esperando?

— Você demorou desta vez – sua voz carregada de segurança e ironia me fez fechar a mão em punho. A infeliz sabia que estava no comando, mas ela não perdia por esperar.

— Tenho pouco tempo. Logo alguém chegará para me buscar e eu preciso saber exatamente o que você pretende com isso tudo.

— Você tem duas escolhas, Steve. Podemos deixar rolar e logo vão descobrir que sua amante roubou as suas ações e como vingança trocou as plantas. Isso pode valer a vida dela, sem contar que não vai demorar para que todo o grupo fique exposto. Quando Natasha cair levará todo mundo junto.

— O que inclui você!.

— Será? – ficamos em silêncio por poucos segundos, mas que pareceram uma eternidade.

— O que você quer?

— Quero Natasha longe! – foi taxativa. Meu coração acelerou de uma forma estranha. Peggy pedia tudo o que eu não podia dar. Respirei fundo e ri, tentando ser sarcástico.

— Você sabe que Natasha não é mais minha amante. Ela pode me amar ainda, ou desejar como faz questão de rebater, mas não me quer mais ao seu lado. Além do mais o que posso fazer? Dizer para ela ir embora? Natasha é maior de idade, é casada e cabeça dura pra caralho! Sem contar que provavelmente ela vai escolher arrastar todo mundo nesta merda!

— Ela ainda tem as ações e desta vez foi por uma escolha sua – ok, outro golpe. Se eu entregasse aquelas ações à Peggy estava tudo perdido.

— Você sabe que eu vou preferir te matar a entregar estas ações em suas mãos, não é? – ela riu divertida.

— Bom, este não é o meu plano... Por enquanto.

— E o que você quer?

— Quero que ela te devolva as ações – parei surpreso. A porta do elevador abriu e mesmo assim demorei para entender que deveria sair. Peggy queria que eu voltasse a ser o acionista majoritário? Por quê?

— Você deve ter um motivo muito forte para querer que eu volte a ser o dono de tudo – sai para o saguão percebendo que o avançar das horas deixava o local quase que deserto.

— Eu tenho, pode acreditar! – merda! Dava para arriscar?

— Posso conseguir isso – andei em direção a sala de espera.

— Ótimo! Segunda exigência: quero Natasha longe das minhas empresas. Demita ela. Nenhum cargo em nenhuma das empresas – esse seria um golpe forte em minha amante, mas daria para resolver tão logo Peggy estivesse sob controle.

— Assim que voltarmos de viagem...

— Hoje! Bobbi também. Se você quer ter amantes que seja longe do meu patrimônio. Quero as duas longe! Carol pode providenciar tudo, basta ter um pedido seu – mesmo contrariado não dava para bater de frente com Peggy. Não naquele momento. Eu só esperava que a saída da Bobbi não prejudicasse muito o plano.

Pleasure | Love (Romanogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora