Capítulo Cento e Quinze

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Eu estava dormindo de costas quando senti dedos acariciando meu corpo, descendo lentamente do centro dos seios até o umbigo. Sabia quem era e o que queria, mas eu estava destruída, acabada pela longa sessão de filmes, sexo e orgasmos astronômicos. Então apenas sorri.

— Você fica linda sorrindo – ele sussurrou um pouco distante.

— Hum! – resmunguei fingindo não estar totalmente consciente.

— O dia está nascendo, precisamos voltar.

Abri os olhos e vi o céu já desbotado. Raios rosados pintavam o azul e o som leve das águas assim como o leve balançar da plataforma me levou de volta a realidade. Eu não queria acordar porque sabia que seria voltar a todos os nossos problemas. Na noite anterior eu havia me casado e não tive medo, mas naquele instante, ciente do quão perigoso havia sido a nossa atitude, eu temi.

— Não quero voltar – ele riu.

— Eu também não, mas precisamos. Você está deliciosamente sem roupas e eu estou louco para me aproveitar desta situação, só que em breve eles vão voltar para nos buscar.

— Eles vão voltar? – senti o mundo retornar com todo o seu peso para cima de mim.

— Calma! Ainda temos tempo – ele se inclinou e beijou meu ombro, depois desceu e foi beijando bem devagar até alcançar um seio. Sua língua umedeceu o bico e eu me deixei deitar outra vez.

— Steve, você vai tirar toda a minha força assim – mas minhas mãos já estavam em seus cabelos.

— Você não vai precisar dela para mais nada hoje – ele continuou beijando, lambendo e chupando bem devagar. Meu ventre começou a dar sinal de vida.

— Nós temos uma vida inteira, por que você age como se o mundo fosse acabar no próximo minuto?

— Porque eu sei que você sempre está pronta para mim – ele parou e me olhou. A profundidade do seu olhar mexeu comigo de uma forma estranha. Havia um pouco de tristeza nele. — E porque eu sei o quão imprevisível é a nossa vida. Eu já te perdi tantas vezes... – coloquei um dedo em sua boca impedindo-o de continuar.

— Não fale isso, por favor! – ele fechou os olhos se permitindo calar. — Nada vai nos separar, eu juro.

— Tudo bem. Não quero pensar nisso agora. Vem cá – me puxou para seus braços e me beijou imediatamente percorrendo meu corpo com as mãos sedentas que desceram até encontrar o tornozelo e se dar conta da tornozeleira. Steve parou e olhou para a joia. — Você não tinha isso antes – tenho certeza de que esta não foi a sua intenção, mas havia uma certa cobrança em sua voz.

— E você conhece todas as minhas joias, sabe tudo sobre a minha vida, mas esqueceu o dia do meu aniversário – ele riu sem graça e passou a mãos nos cabelos, como sempre fazia. Tão lindo!

— Eu vi esta joia na joalheria do hotel. Foi um presente? – estreitei os olhos. Queria muito fazer birra e não lhe dar aquela informação. — Não pode me culpar, eu casei com você.

— Ah foi? Então foi por isso? – ele começou a rir e me apertou em seus braços.

— Estou com ciúmes – admitiu. — Foi Bucky quem te deu?

— E seria ruim? Ganhar um presente de um amigo preocupado em acabar com a minha tristeza seria motivo para ciúmes?

— Não me provoque, Nat! – sua mão se fechou em minha tornozeleira.

— Foi Thor em favor a Carol – revelei rindo da sua ameaça. — E se fosse Bucky eu nunca te perdoaria se quebrasse.

— Claro que você me perdoaria – ele também riu deixando o clima mais leve. — Eu sou o seu marido, esqueceu?

Pleasure | Love (Romanogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora