— Greve de sexo, é isso?
Custei a acreditar que Steve estava mesmo abrindo mão do que existia de melhor entre nós dois apenas por acreditar que conseguiria me demover da ideia de conseguir com meus próprios méritos as informações que Loki tanto queria me fornecer.
Ele estava de pé, coberto pelo roupão, aguardando por mim, que ainda estava dentro da banheira, surpresa demais para fazer qualquer atividade cotidiana. Aliás, sexo com o meu amante era mesmo uma atividade cotidiana e eu duvidava muito que Steve seria capaz de manter o seu plano, por isso ainda tinha a capacidade de sorrir e ironizar.
— Não é greve de sexo, Natasha, mas sim a minha forma de demonstrar o quanto estou insatisfeito pelo pouco amor que você tem por si mesma.
Ok. Esta realmente me chocou. Tenho consciência de que minha boca abriu, minha mente trabalhou ferozmente por uma resposta, no entanto eu apenas me calei e levantei da banheira sem me importar com o seu olhar. Steve pode ser muito forte em mim, mas eu também tenho minha quota de encantos que poderiam colocá-lo a perder.
— Tudo bem.
— Tudo bem? – de maneira quase imperceptível seus olhos estreitaram.
— Pode ficar sem encostar um dedo em mim. Depois que eu conseguir as provas resolveremos isso. Falta bem pouco agora.
— Natasha!
— Resolvido. Não vamos transar até que você entenda que eu não vou voltar atrás – ele ia avançar, mas se conteve. Melhor assim. Era só aguardar para saber até quando conseguiríamos cumprir com a promessa. Devo admitir, já implorava para que não demorasse tanto.
Steve passou por mim indo direto para o closet. Caminhei silenciosamente na mesma direção. Uma coisa era certa: estava grávida e precisar cuidar do corpo por isso estava me favorecendo em diversos pontos, aquele era um destes momentos. Peguei uma toalha seca e a esfreguei em meu corpo tão teatralmente que me questionei o quão ridículo deveria estar, mesmo assim continuei, depois fiz questão de caminhar nua pelo espaço, fingindo desinteresse, e demorei longos minutos lambuzando meu corpo com creme hidratante, sem esquecer nem por um segundo de murchar a barriga ao máximo. Sorri ao vê-lo jogar a toalha e sair rapidamente para o quarto.
Quando cheguei ele já estava deitado, os braços cruzados atrás da cabeça, corpo coberto e olhos abertos. Encarava o teto, pensativo e com um "que" de raiva e frustração que me deixava até um certo ponto comovida, apesar de achar tudo muito engraçado.
— Boa noite, meu bem – me abaixei para beijar sua boca, mas ele não contribuiu muito.
Passei a sua frente, puxei o lençol e deitei nua. Pude vislumbrar seu queixo projetado e o maxilar travado. Ele fechou os olhos e não se moveu nem um milímetro. Parecia uma estátua, malmente respirava. Como havia descoberto o meu lado "malévola" desde que resolvi que poderia entrar naquele jogo, não achei que seria demais forçar um pouco a barra. Deslizando sob o lençol, me encostei ao seu corpo, cobrindo seu peitoral com meu braço e seus quadris com a minha perna. Ele engoliu em seco e alguma coisa muito próxima a minha coxa começava a reagir.
— Está frio hoje, mas acredito que logo logo teremos bom tempo – ele nada disse. Permaneceu de olhos fechados e com os braços atrás da cabeça. — Vai fazer greve de palavras também? Não vamos mais conversar? – Steve se movimentou, incomodado com a proximidade. Tirou os braços da cabeça e virou o corpo para ficar de frete para mim. Sua mão me puxou para perto e meu corpo inteiro correspondeu.
— Não, mas estou cansado, então prefiro dormir do que continuar discutindo ou conversando sobre o tempo, que por sinal, você não sabe nada sobre. Foi apenas um momento de frio, estamos em uma estação de clima bom, então é fatídico o tempo bom – ele sorriu e me beijou com carinho. Eu queria mais do que brincadeiras ou beijos respeitosos.
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Pleasure | Love (Romanogers)
Fanfiction"Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la?" Não p...