CAPÍTULO XXI

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Ele estava me beijando e era simplesmente fantástico. Os lábios mais doces e gostosos que já experimentara. Suas mãos dançavam em meu corpo. Pareciam feitas especialmente para mim. Para as minhas necessidades. Seus gemidos ecoavam em meu ouvido. Sua língua me explorava. Quando achei que não poderia mais aguentar de prazer... Acordei.

Merda! Era só um sonho? Abri os olhos e encarei o teto do meu quarto. Droga!
Mesmo com toda a confusão que me consumiu até que o sono me abraçasse, meus lábios ainda podiam sentir o calor dos dele. Meu corpo ainda podia sentir a pressão exata de suas mãos. Ainda sofria com as experiências da noite passada.
Aquele homem conseguia me deixar daquela forma só me beijando e tocando. Era um verdadeiro furacão, principalmente quando estava realmente dentro de mim. Levei as mãos à cabeça e sorri largamente. Era tudo uma grande e deliciosa loucura.

— Sonho bom? – sua voz preencheu o espaço do meu quarto.

Sentei na cama automaticamente disposta a gritar. Meu coração ficou acelerado. Ele estava lá. Em meu quarto. Sentado na poltrona em frente à cama. Os cotovelos estavam apoiados nos joelhos e as mãos sustentavam seu rosto. Estava escuro, mas eu sabia que ele estava divino assim.

— O que?... Como?... Ai meu Deus! – gemi me atirando para trás. — Isso só pode ser um pesadelo.

— Não parecia um pesadelo quando você estava dormindo e gemendo meu nome.

— O que? Eu não fiz isso – meu rosto pegou fogo. Era bem provável que eu tivesse feito mesmo. O sonho parecia tão real, tão intenso... Gemer seu nome era o menos constrangedor que eu poderia ter feito.

— Ah, fez sim – podia sentir seus olhos me queimando. Voltei a sentar na cama encarando-o com raiva. Sua diversão predileta era tentar me enlouquecer?

— Como você conseguiu entrar?

— Sempre consigo o que quero – era provável que aquele seu sorrisinho cínico estivesse em seus lábios. Eu era mais uma de suas conquistas e tal constatação me ofendia, e muito.

— Saia daqui. Você não tem direito de entrar na minha casa. Como entrou? Arrombou a porta?

— Não. Abri com a minha chave.

Assim, naturalmente, ele me comunicou que tinha uma cópia da chave da minha casa. Puta merda! Aquilo estava ficando cada vez mais absurdo.

— Você não está falando a verdade – minha voz vacilou. Que espécie de psicopata ele era?

— Eu não minto, Natasha – me advertiu.

— E o que está fazendo com a sua esposa? Não é uma mentira? E comigo?

— Bom... Ao menos não sem ter um motivo justo para isso – podia visualizar aquele sorriso miseravelmente sedutor em seus lábios.

— Você é um cretino, filho da puta, cínico.

Ele respirou fundo e levantou andando até a janela. Puxou a cortina para deixar a claridade entrar. Coloquei meu braço à frente ao rosto impedindo que a luz me ofuscasse. Virou de volta para me observar. Meu cabelo estava bagunçado e eu estava usando meu velho moletom surrado. Meu rosto estava inchado. Sem contar o conjunto de lingerie que eu escolhera para passar a noite. Ele não podia estar ali naquele momento.

— Esta, com certeza, não foi a descrição que você me deu, na noite em que telefonei - apontou para meu moletom velho. Passei as mãos nervosamente pelos cabelos tentando arrumar a bagunça. — Mentiu para mim, Natasha? – podia sentir a ironia em seu tom de voz. Puxei o lençol cobrindo parcialmente o que eu vestia.

— Saia do meu quarto – ordenei.

— Não.

— Meu Deus, Steve! O que você quer? – ele sorriu torto para mim. Eu sabia o que ele queria.

Pleasure | Love (Romanogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora