— Merda! – falei pela milésima vez desde que Bucky tinha atingido Steve com a sua pistola de choque. Minha vontade era de esmurrá-lo.
— Não seja dramática, Natasha! – Bucky arrastava Steve pelo corredor que interligava os apartamentos. Bobbi o ajudava visivelmente irritada.
— Você é um idiota, Bucky. Não era necessário – eu os seguia atenta a Steve e suas possíveis reações.
— Não era necessário?
— Você é um idiota – Bobbi resmungou. Ela não havia gostado da reação ciumenta do namorado. — Isso foi infantil!
— Ele estava te agarrando!
— A ideia era essa – ela evitava entrar em um conflito maior com o namorado, porém o fato de Bucky ter deixado a emoção dominá-lo e atingir Steve com um choque só para afastá-lo dela, depois de ter concordado com o que planejamos, era absurdo demais. — Você não pode estragar tudo.
— Eu não estraguei. Ele está aqui, não está? Só apaguei o cara. Vai ser muito mais fácil quando ele acordar e o álcool não dominar tanto a sua mente.
— Vá à merda, Bucky! E da próxima vez que você apontar uma arma para o meu namorado eu vou atirar em você, entendeu? – ele riu e balançou a cabeça.
Arrastamos Steve pelos apartamentos. Bobbi morava no apartamento mais distante do meu, justamente para evitar que Peggy fizesse qualquer associação. Em determinado ponto Tony compareceu para ajudar, ficando mais fácil remover meu namorado. Logo ele estava deitado em minha cama. Retirei seus sapatos molhados, e com a ajuda de Tony, conseguimos livrá-lo das roupas que estavam no mesmo estado. Steve com certeza não ficaria nada satisfeito com o que fizemos, mas era necessário, ou ele pegaria um resfriado.
Cobri seu corpo com uma manta grossa e quente. Todos me observavam. Eu sabia que se Steve estivesse em seu perfeito estado já estaria acordando, mas como havia andado o dia inteiro sem destino certo, sem se alimentar e ainda por cima, bêbado, o efeito do choque seria mais prolongado.
— Vamos deixá-los a sós – Bucky falou já puxando Bobbi para fora do quarto. Senti-me inquieta.
— Como assim? Vocês vão sair e me deixar aqui sozinha com ele? – Tony deu seu tradicional sorriso indecente e idiota ao mesmo tempo.
— Não queremos assistir ao espetáculo. Preciso fazer o meu próprio.
— Cala a boca, Tony! Isso é sério. Não sabemos como ele irá reagir.
Eu estava mesmo temerosa. Gostava de repetir para mim mesma que Steve nunca seria capaz de me fazer algum mal, entretanto, nas atuais circunstâncias, era impossível prever qualquer coisa. E se ele não aceitasse as minhas justificativas? E se não acreditasse em tudo o que eu acabei descobrindo? E se depois de estar com Bobbi descobrisse que não me amava mais? Merda! Merda! Merda! Eu não podia enfrentar aquilo tudo sozinha.
— Se quiser eu posso ficar para dar uma forcinha – Bucky colocou a mão na pistola de choque, indicando que tipo de ajuda me daria. Quase pulei em seu pescoço e arranquei sua cabeça fora.
— Fora daqui, Bucky! Eu me viro sozinha. E a minha ameaça ainda está de pé – ele ria, mas Bobbi me olhou de cara fechada. Melhor. Eu não gostava dela mesmo.
— Tem certeza? – olhou para mim e desta vez pareceu verdadeiro. — Sério Nat. Eu posso ficar se você quiser – pronto. Era o que faltava para Bobbi me odiar ainda mais.
— Natasha precisa de privacidade, Bucky. Ela e Steve vão tentar acertar seus ponteiros. Não é necessário um ex-namorado no meio para apaziguar as coisas.
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Pleasure | Love (Romanogers)
Hayran Kurgu"Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la?" Não p...