Capítulo Oitenta e Nove

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Steve caminhou até a outra porta, que já estava aberta, pois eu havia invadido aquela também, mas parou na sua entrada, me aguardando. Ainda pensei em fugir, mas tinha a certeza de que ele me alcançaria com facilidade. Entrei, tomando o cuidado de ficar no centro da sala, assim ele não conseguiria me encurralar. Sem contar que eu poderia gritar e ser ouvida, o que certamente não aconteceria se ele me levasse para o fundo.

— O que você está fazendo? – ele estava furioso. Merda! Até com raiva aquele homem me deixava excitada.

— O que eu estou fazendo? O que você está fazendo? Qual o motivo desta reunião? O que está escondendo de todo mundo? Você não tem jeito mesmo...

Ele avançou antes que eu pudesse recuar. Um segundo antes eu estava enfurecida, descarregando nele toda a minha frustração. No segundo seguinte eu estava em seus braços, nossos lábios colados em um beijo repleto de desejo. Sua boca exigia a minha, abrindo passagem para que sua língua saboreasse cada pedaço ofertado com luxúria. Quando senti meus quadris esbarrarem na mesa, me dei conta da besteira que estávamos fazendo.

Eu queria pôr um fim àquela tortura, no entanto não era o momento certo. Steve precisava primeiro aceitar Bobbi em sua vida e, por mais que me doesse, eu sabia que era necessário, ou então Peggy desconfiaria.

— Não.

Tentei afastá-lo de mim. Steve reagiu me segurando com força. Naquele momento eu soube que não seria capaz de recusá-lo. Minhas mãos estavam espalmadas e seu peito para que ele não avançasse, contudo nenhum movimento que eu fizesse conseguiria apartar nossos corpos.

— Sim – e ele sorriu em meus lábios, deixando-me enfurecida por ser tão fraca e principalmente, por ele saber que eu não conseguiria ser forte o suficiente para mandá-lo embora.

— Para com isso, Steve. Bucky e Peggy estão lá embaixo. Existem pessoas na outra sala e aquela garota...

— Stella – aquele cretino tinha a coragem de complicar ainda mais as coisas, pois sabia que eu estava consumida pelo ciúme, mesmo assim ele forçava ainda mais a barra, me levando ao limite.

— Não importa o nome dela. Pouco me interessa o nome das suas aventuras – suas mãos se fecharam ainda mais em minha cintura forçando a junção dos nossos corpos. Meu corpo acendeu de uma forma inacreditável. Como eu sentia falta daquele toque.

— Está com ciúmes? Seus olhos podem indicar a quantidade de raiva que está sentindo, Natasha, mas não conseguem esconder o quanto está excitada – ele mordeu meu pescoço. Fechei os olhos e mordi os lábios para impedir que um gemido escapasse.

— Você é sádico? Gosta de me torturar? – encarei seus olhos e pude vislumbrar o quão escuros estavam.

Todo o ambiente ao redor não existia mais. Steve tinha este dom de ocupar a minha mente por completo, de dominar todos os meus pensamentos e de me persuadir a correr qualquer risco, porque naquele momento, meu único desejo era pode sentir seus toques e ser tomada da forma como apenas ele sabia fazer.

— Você está se sentindo torturada? – roçou seu corpo no meu. O tecido da sua calça e do meu vestido impedia um maior contato, ainda assim, eu sentia o seu calor me invadindo.

— Pare com isso – mas minha voz já estava fraca e minhas mãos não mais o afastavam.

— Nunca vai acabar, Natasha. E eu não vou parar enquanto você também não parar.

— Eu parar?

— Sim. A intensidade do nosso amor não acabou para você também, não foi? Não foi uma aventura, uma brincadeira. Você me ama e me deseja com a mesma intensidade de sempre, então por que merda não acaba de uma vez com isso?

Pleasure | Love (Romanogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora