CAPÍTULO LXXIII

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A semana foi muito tranquila. Peggy ficou internada por mais dois dias. Steve esteve muito envolvido na procura de provas contra Loki e Peggy. Não tínhamos conseguido arrancar dele nada de importante, mas estávamos otimistas. Sharon estava se empenhando muito, o que me levava de volta à realidade. Eu precisava encontrar as provas.

Com a certeza de que nada mais nos impediria de continuarmos juntos, nosso trabalho se tornou mais leve. Steve estava um perfeito romântico apaixonado. Eu recebia flores e presentes quase todos os dias. E à noite nos deixávamos levar pelo nosso amor. Cada dia era melhor do que o outro e eu já começava imaginar se nunca me cansaria disso. Se algum dia enjoaria de passar todas as horas do meu dia ao seu lado. O tempo só mostrava que não. Nunca era o suficiente. Eu sempre queria mais e mais.

Voltamos a conversar sobre filhos, compartilhando a ideia com a família. Carol havia voltado a trabalhar e nós duas estávamos mais próximas do que nunca. Ana tinha me aceitado em sua família com tudo o que tinha direito. Contudo, Peggy ainda era uma ameaça. Ela cortou relações com todos. Thor não conseguia mais ter acesso a irmã. Este ponto o preocupava. Por isso resolveu ajudar Steve nas investigações. Tinha medo que Carol fosse mais uma vez vítima das insanidades de Peggy.

*Music on: Rolling in the Deep – Adele.

Tudo aconteceu em uma manhã de sábado. Exatamente uma semana após Peggy ter perdido o filho. Steve saiu de casa para encontrar um amigo que o ajudava nas investigações. Eu precisava analisar o mercado do Japão. Havia uma grande possibilidade de fecharmos um novo negócio com uma empresa de lá. A tecnologia desenvolvida por eles era imprescindível para um novo produto que meu chefe queria incorporar ao grupo.

Fui para o escritório e liguei o computador acessando o meu e-mail. Precisava verificar se tinha obtido êxito em algumas mensagens que enviei para subsidiar as minhas pesquisas. O e-mail dela estava lá. Um único e-mail. Simples e claro.

"Segue em anexo as provas que tenho contra Steve. Não hesitarei em usá-las hoje mesmo. Há uma chance de salvá-lo. Basta você autorizar a minha entrada na casa".

Segurei a cabeça com as mãos sentindo o meu corpo inteiro tremer. Respirei fundo e abri um dos anexos. Era uma cópia de diversos e-mails que Steve havia trocado com alguns empresários. Uma conversa informal e ilegal. Nela eles combinavam a não contratação de ex-funcionários entre eles. Ou seja, quem não fizesse mais parte do quadro de funcionários do grupo Rogers Medical Systems, não poderia ser contratado pelas demais empresas citadas na conversa. Uma forma ilegal de impedir que informações importantes saíssem de uma empresa para a outra. Deus! O que Steve havia feito?

O outro era um vídeo. Baixei e fiquei chocada com o que ele exibia. Steve e uma garota, alta, muito bem-vestida e maquiada. Visivelmente jovem demais. Olhei a data constatando que o acontecimento era de dois anos atrás, o que me deixava mais aliviada. Mesmo assim, o que ela queria me mostrando aquele vídeo? Foi quando os dois começaram a se beijar e arrancar as roupas. Desliguei assim que entendi o que aconteceria. Merda! Na sala dele, dentro da empresa. E ela era jovem demais, talvez até... Não. Não podia ser. Abri outra vez o vídeo e corri as imagens até o final, onde tinha um texto destinado a mim.

"Esta é Lorna, uma garota com quem Steve teve um breve caso. O que você precisa saber é que na época ela era apenas uma jovem estagiária, o que não o impediu de agir" Puta merda! Puta merda!

Steve havia transado com uma estagiária na sala da empresa. Puta merda! O que ela queria com aquilo tudo?

Meu celular tocou me fazendo pular na cadeira. Era Hunter, o segurança.

— Sim.

— A Sra. Peggy está aqui fora e informa que é aguardada – merda! Como eu poderia fazer? — Srta. Romanoff?

Pleasure | Love (Romanogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora