Bucky não estava de acordo. O plano era conseguir inserir Bobbi na vida de Steve, fazer Peggy acreditar que eles tinham um caso e, só depois disso, contar a verdade. O que não esperávamos era que ele resistiria tanto à ideia de uma nova amante. O tempo estava passando e não avançávamos. Não encontrávamos as provas, não enganávamos Peggy, não eliminávamos o perigo e, principalmente, não conseguiríamos esconder por muito tempo a minha gravidez.
Este era o ponto principal. Peggy não podia sequer imaginar que eu gerava um filho do Steve. Não sabíamos qual o nível da sua loucura e não queríamos nem podíamos nos arriscar. Para tanto, era necessário manter meu ex-amante no escuro, mas até quando?Na minha opinião não havia mais tempo. Steve não era fácil de ser enganado, ele estava lendo nas entrelinhas, sabia que alguma coisa estava errada naquela história de casamento com o Bucky, percebia que meu corpo estava mudando e não deixava este detalhe passar despercebido. Aquele era o momento.
— Ele vai pôr tudo a perder – Bucky repetiu ainda dentro do carro. Se recusando a modificar os nossos planos. — Além do mais, se Steve não tiver um caso com a Bobbi, Peggy logo vai voltar sua atenção para você novamente.
— Peggy com certeza sabe que ele está atrás de mim. Não foi este o acordo entre eles?
— Mas ela não sabe que você o quer de volta, Natasha. Para Peggy, você está com raiva e magoada. Não vai perdoá-lo tão cedo. O único interesse dela é fazer Steve sofrer ao tentar te reconquistar. Está convicta de que não haverá reconciliação. Enquanto isso está buscando formas de reaver as ações, ou conquistá-las. Está contando com a possibilidade de você entregá-las a ela.
— Isso nunca vai acontecer – olhei para fora do carro. A noite estava muito fria do lado de fora. Não se falava em outra coisa que não fosse a nevasca que nos atingiria em pouco tempo.
— Peggy está em busca de alguma coisa que possa te derrubar. Alguma ameaça que te faça recuar e vender as ações a ela, só assim terá Steve em suas mãos – Bucky falava como se soubesse de algo que eu não poderia saber. O frio que gelou meus ossos não foi causado pela baixa temperatura do ambiente.
O motorista abriu a porta, livrando-me da sensação de ser sufocada. Alguma coisa estava errada. Bucky, me alcançou, abraçando-me pela cintura e levando-me rapidamente para dentro. No elevador ele parecia mais relaxado. Conferia seu celular.
— O que você sabe que eu não sei? – ele voltou a ficar tenso, mas sorriu descaradamente, tentando me distrair.
— Você nem consegue imaginar – e piscou. Revirei os olhos.
— É sério, Bucky! Você está sabendo de alguma coisa e não quer me contar – vi em seus olhos que ele buscava um meio de se esquivar daquela conversa. — Não faça isso. Eu estou pedindo, não faça isso. Steve fazia a mesma coisa, tentava a todo custo me manter de fora da situação e veja o que aconteceu. Não é justo – eu estava esgotada. Lutar contra a maré não era uma batalha muito agradável, principalmente estando grávida. Bucky me sondou, sem saber ao certo o que fazer.
— Seus pais – meu coração perdeu uma batida. — Conseguimos convencer sua mãe de que ela ganhou uma viagem de quinze dias para a Grécia com todas as despesas pagas. Adicionamos ao pacote um vale compras com um valor astronômico, tudo por conta de Steve Rogers – sorriu. — Claro que esta parte não foi ressaltada. Ela simplesmente ganhou o prêmio devido a seus gastos em sua fatura de cartão de crédito, que por sinal, é absurda.
— Bucky! – levei a mão ao peito, sentindo que meu mundo desmoronava. — O que Peggy quer? Meus pais...
— Calma, Nat! Sua mãe embarcou hoje, junto com o marido, que apesar de relutante decidiu acompanhá-la. Ela tentou ligar para você. Obviamente desviamos todas as ligações, então deixou um recado de voz em sua caixa postal – engoli em seco concordando com tudo o que ele dizia. — Ela está bem. Não poderia estar mais segura e o melhor é que Peggy nem imagina aonde ela pode estar. Simplesmente os apagamos do mapa. Nenhum sinal de sua existência até que tudo esteja bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pleasure | Love (Romanogers)
Fanfic"Você já sentiu vontade de tocar em algo que sabe ser proibido? Já teve o desejo irresistível de experimentar alguma coisa que sabe não ser socialmente ou eticamente correto? Tão proibido e ao mesmo tempo tão desejável que poderia destruí-la?" Não p...