• Prólogo •

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Ele era quase a personificação do diabo.

Garoto pegador, festeiro, aquele típico "pego mas não me apego". Seu ego andava lá em cima, e aí de quem mexesse com ele.

Aqueles olhos, aquele sorriso, aquele cabelo loiro que mesmo estando bagunçado, as meninas achavam um charme.

Eu definitivamente não gostava dele.

Enquanto via todas correndo e babando por ele, eu fazia o contrário e me afastava o quanto dava. Só que no meio disso tudo, o destino parecia fazer questão de me ferrar.

Já ouviram falar sobre Efeito Borboleta? Teoria do Caos?

"Pequenas mudanças no início de um evento podem desencadear alterações drásticas!"

Pois é. Pequenas atitudes podem te trazer grandes problemas.

Nossas atitudes escrevem nosso destino, e somos responsáveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo o que nos acontece é cultivar uma ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazer pelos outros...

Zíbia Gasparetto nunca esteve errada e quanto mais rápido aprendermos isso, menos sofreremos. Só que as vezes a vida tende a nos pregar uma peça.

Deveria aprender com os meus erros, mas quando se trata de uma trégua para terminar o ano tranquila, minha cabeça não pensa duas vezes em dizer sim.

Eu estava longe de ser uma pessoa ruim, por mais que as pessoas não ligassem para os meus sentimentos, eu jamais iria jogar fora a educação que recebi.

Era apenas uma ajuda, mas quando o destino quer, ele não brinca em serviço.

Ele não era o meu amigo e eu não era amiga dele, mas quando a sua curiosidade fala mais alto, não há quem te segure.

Depois de meses eu me perguntei. A que ponto alguém pode chegar por medo? Qual o limite de alguém que prefere esconder algo do que desabafar?

Éramos muito mais do que aquilo que queríamos mostrar e sou a prova viva de que estar ao lado da pessoa que julga ser errada, às vezes pode ser bom...

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