𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲+| Any é uma garota que assim que nasceu foi deixada em um orfanato no Brasil, lugar onde sofreu preconceito por ser negra e ter cabelo cacheado.
Por sorte a pequena conseguiu ser adotada e hoje é feliz morando com seu pai.
Any é uma...
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Josh Beauchamp
Engoli seco e passei a mão no cabelo nervoso.
— É... Bom dia? — digo e ele ri.
— Está com medo do pai, não é? — cruzou os braços me deixando mais nervoso.
Que isso gente? Nem fiz nada.
— Não, é que… dormi aqui só. — riu se aproximando.
— Só para você saber, quando chego de uma reunião e Any está dormindo sempre passo no quarto dela. — piscou passando ao meu lado.
Ah que ótimo, ele me viu dormindo com sua filha...
— Não aconteceu nada. — digo me virando para ele. — Any resolveu beber e deu no que deu.
— É, fiquei sabendo. — começou a preparar um café. — Vi as ligações perdidas e retornei uma vez, mas ninguém atendeu. Confesso que fiquei preocupado, porém Bianca me disse que você tinha levado Any para casa. — balancei a cabeça confuso.
— Bianca é? — pergunto me sentando.
— Mãe do Krystian. Ela está trabalhando comigo, Krys avisou ela no caso. — levantei as sobrancelhas surpreso. — Quando ela me disse que você estava cuidando de Any fiquei mais aliviado. — sorri sem mostrar os dentes.
— O senhor confia tanto assim em mim? — assentiu.
— Sabe? Any já me apresentou um amigo dela, Erick. — desviei o olhar. — Não ia proibir Any de fazer amigos, mesmo que naquele momento ela estivesse desenvolvendo algo a mais. — torci o lábio. — Não fui muito com a cara dele, não sei, algo não bateu. — olhei ele.
— Intuição de pai? — riu fraco.
— Talvez. — rimos. — Quando te vi naquela biblioteca soube que era um garoto legal, você faz bem a ela. — sorri.
É isso que me ferra, ele tem tanto cuidado com Any que não consigo conviver com algo desse nível. Preciso contar como era nossa relação no passado, de uma forma ou de outra.
Mas antes preciso ver com Any o que ela se lembra de ontem...
— Mas me conta. — cruzou os braços. — Ela se divertiu? — soltei uma risada abaixando a cabeça. — Acho que isso é um sim. — deu risada.
— Sua filha é uma figura. — ele riu alto, tombando a cabeça para trás. — Ela se soltou bastante, e não foi só pela bebida. — acrescento e ele assente.
— E vocês já conversaram sobre aquilo? — assenti.
— Devo admitir, você fez um trabalho incrível cuidando dela sozinho, dá para ver o quanto ela gosta e admira você. — sorriu.
— Any é um anjo que entrou na minha vida. — sorri. — Às vezes fico com receio dela querer saber do seu passado. — desviou o olhar.
— Sabe... — encolhi os ombros. — Perguntei isso quando conversamos. — me olhou. — Ela me parecia bem sincera quando disse que não queria saber das pessoas que abandonaram ela, que é feliz com você. — sorriu abaixando a cabeça. — Acho lindo o amor que vocês têm um pelo outro.
