Capítulo 7

3K 161 33
                                    

Pov: Paulo André

Eu estava definitivamente sem sentir meu braço direito e a Jade dormia tranquila e serena em cima dele. Eu não queria ter que acordar já que ela demorou a dormir ontem, então eu esperei ela acordar por conta própria mesmo que eu precise de um transplante de braço depois.

A observei dormir e ela é ainda mais linda assim, sua pele, as suas pintinhas e naturalmente chega ser perfeita. Ela é bonita pra caralho. Sem me conter passei meu polegar pela sua bochecha devagar e fitei sua boca rosa mas quando fui tocar ela se mexeu bruscamente se assustando e caiu do sofá.

- Você tá bem ? - Perguntei antes de dar risada.

- Para de rir, você me assustou! - Ela respondeu sonolenta.

- Eu te assustei ? Eu não fiz nada.

- Tava me olhando dormir igual um psicopata.

- Claro, vê essa feiúra de manhã cedo.

- Ir pra puta que pariu dez minutinhos pela manhã faz bem. - Ela levantou emburrada e foi para o quarto dela.

Peguei meu celular e mandei mensagem para o Patrick dizendo que precisava da chave pra ele se virar pra vir logo. Deixei o celulares de lado e fui arrumar as coisas onde eu dormir, dobrei todos os lençóis e coloquei em ordem.

- O banheiro fica no final do corredor, tem toalha e escovas de dente novas lá. - A Jade apareceu me avisando e eu agradeci.

Precisava de um banho e acabei demorando no chuveiro um pouco mais. Como eu não trouxe nada tive que vestir a mesma roupa e depois escovei os meus dentes.

Saí do banheiro procurando onde a Jade estava e a encontrei na cozinha perto do fogão concentrada em alguma coisa.

- Tô amarradão de fome, fez o que pra gente aí?

- Você é folgado. - Ela me falou passando seus olhos sobre mim.

- Eu sou visita.

- Faz o suco de laranja ali que eu tô fazendo tapioquinha. - Ela pediu e voltou a fazer a tapioca.

Peguei as coisas que estavam em cima da mesa e pelo menos um suco bom eu sei fazer. Preparei tudo e coloquei em uma jarra, levei até a mesa e deixei lá.

- Pega pra mim, PA! - Ela apontou para o armário de cima e eu fui até lá pegando dois copos. Ela colocou tudo na mesa e a gente se sentou. - Essa é sua e essa é minha.

Jade colocou uma tapioca pra cada e eu enchi o copo de nós dois com o suco que eu tinha feito. Coloquei o primeiro pedaço de tapioca na boca e tava muito bom.

- Isso aqui tá muito bom! - Elogiei saboreando.

📳 Paulo André via Instagram Stories

📳 Paulo André via Instagram Stories

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


📳

- Eu sei, foi eu que fiz. - Ela se gabou e eu sorri.

Enquanto eu comia a tapioca ela pegou o mamão e colocou mel e granola, comeu como se fosse a oitava maravilha do mundo.

- Como você e o Scooby se conheceram ? - Puxei um assunto.

- Ele sempre foi muito amigo do Léo, a gente só não tinha muita proximidade mas depois de alguns problemas meus acabamos nos aproximando quando fui para Portugal.

- Esse problema tem a ver com você fora do Brasil por três anos? - Perguntei mas me arrependi, fui querer ser curioso mas acho que fui invasivo. - Não precisa responder se não quiser.

- Na verdade tem sim, ele que me incentivou a tirar um tempo pra mim e para descobrir coisas novas. Não sei se você lembra o inferno que fizeram na internet aquele ano.

- Lembro, foi pesado mesmo. - Percebi sua afeição se entristecer. - Mas quem liga para aquele João minhoca hoje em dia? Ninguém. - Falei e ela deu uma risada fraca.

- Duvido, quando se trata de homem todas as pessoas amam endeusar as atitudes mas quando é a mulher ela é só mais uma piranha imatura.

- Eu não te conheço tanto como você disse ontem mas imatura seria a última palavra que eu te descreveria. Você é maneira e ele que é um filha da puta.

A conversa fluiu e o clima estava melhor do que ontem quando eu cheguei. Tomamos o café da manhã juntos e eu fiquei fascinado em tudo que ela falava, a personalidade forte tem me chamado atenção, eu me identifico muito com ela.

- Seu filho tem dois aninhos?

- Não, ele ainda vai fazer um ano. - Peguei meu celular e mostrei a foto dele.

- Fofo, ele se parece muito com você.

- Ele é a minha cara. - Falei orgulhoso. - Bom, vou indo então.

- Já ?

- O Patrick já tá chegando com a chave. - Levantei levando a louça para a pia e lavando.

- O Patrick é o seu Nino e a Nina é o meu Patrick. - Ela falou comparando as amizades e eu dei risada.

- Pronto, valeu ai por ter acomodado esse mero estranho na sua residência.

- Agora você subiu um degrau, já pode ser chamado de conhecido.  - Fui dar um abraço nela e beijei a sua testa vendo ela sorrir.

- Tchau André!

- Tchau marrentinha. - Fui até a porta mas antes de abrir me virei pra ela. - Me passa teu número?

Entreguei meu celular e ela digitou seu número rapidamente, salvei o contato como marrenta e fui novamente até a porta. Ia pra minha casa e mais tarde tem trabalho.

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora