Capítulo 63

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Pov: Paulo André

6:00 AM

Cheguei em Vila Velha seis horas da manhã porque o vôo atrasou. Vim direto para casa dos meus pais porque sabia que o meu pequeno ia estar aqui com eles.

Passei rapidamente pelo quarto dele e o observei dormir tranquilo em seu berço. A minha bateria depende dele para estar recarregada, é como se toda a minha confiança e segurança aumentassem quando estou com ele.

Peazinho é o meu primeiro milagre, meu maior milagre aliás. Desde o seu nascimento vem sendo um guerreiro, e através disso eu descobri o amor incondicional de pai que tanto falam.

Sempre me pego pensando na minha rotina que muitas vezes faz com que a gente fique distante. Mas preciso pensar em um bem maior que é o futuro dele, todas essas propostas e vida agitada vão passar, mas o meu elo com ele vai ser eterno. Sei que vai valer a pena todo o esforço.

Beijei sua cabeça e saí do quarto fechando a porta. Entrei no meu colocando as malas em um canto qualquer e fui direto para o banho.

A sensação de estar em casa novamente e depois de tanto tempo é surreal, papo reto. Assim que acabei o banho me joguei na cama.

Meus olhos já estavam fechando sozinhos naturalmente, só deu tempo de mandar uma mensagem para Jade e apagar logo em seguida.

[...]

18:36 PM

Acordei por conta do barulho alto que vinha lá da sala. Passei a minha mão pela cama grande sem abrir os olhos e me repreendi por em menos de vinte e quatro horas sentir falta de acordar com a Jade grudada comigo e com seus cabelos no meu rosto.

Abri os olhos procurando pelo meu celular e quando olhei  às horas no visor estava mostrando que já era noite, então me levantei.

Fui ao banheiro fazer as minhas higienes rapidamente e saí do quarto procurando meu filho.

- Pensei que estivesse morto aí dentro. - Meu pai falou segurando uma xícara enquanto lia um jornal.

- Está repreendido, Carlos! Vem cá filhão que a mãe estava com muita saudade.

Me aproximei dela a abraçando apertado enquanto ela me enchia de beijos como sempre faz quando me ver.

- Não estava com saudades de mim não coroa ? - Perguntei e tirei o boné da cabeça do meu pai fazendo com que ele me olhasse.

- Qualquer dia sem você por perto já é um descanso. - Falou e eu o abracei.

Minha relação com meu pai é engraçada de viver. Ao mesmo tempo que ele exerce o papel de pai, ele também é meu treinador e meu sócio.

- Olha quem chegou! - Hyun apareceu na sala com o Peazinho no colo.

Assim que ele me viu se agitou e começou a gargalhar e a estender os bracinhos para que eu carregasse ele no colo e assim eu fiz.

- Que saudade, meu filho. - O apertei sentindo o seu cheiro de neném e me senti aliviado em ver que ele está bem.

- Advinha a novidade ? Chama o papai amor. - Minha mãe pediu atenta.

- Papa! - Falou entre risadas e algum outro som árabe acompanhado.

Meu coração fora do peito e acabei ficando emocionado fazendo meus olhos marejar.

- Está chamando o papai, meu amor. - Falei com a voz embargada.

- A primeira palavra dele, me enche de orgulho esse meu neto. - Meu pai falou também feliz.

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora