Pov: Paulo André
Quando o Patrick me obrigou quase colocando uma faca no meu pescoço a ir na casa da Jade porque nossos amigos estavam lá eu neguei porque não queria chegar dessa forma. A única certeza é que o clima não seria legal e eu também estou tentando evitar o máximo sair de casa mas como o Patrick é teimoso e não ia desistir fácil, eu decidi ir.
Perguntei quase que vem vezes se tudo bem a Thays ficar só no apartamento e mesmo ela dizendo que não teria problema fiquei receoso de deixar ela só com o Peazinho aqui. A situação que eu estou vivendo está me fazendo ter medo de estar só nos lugares por achar que algo ruim vai acontecer e eu juro por tudo que essa sensação eu não desejo a ninguém.
— Bora ? — Patrick me chamou parado na porta do elevador da casa da Jade e nós subimos logo em seguida para o andar da casa dela.
Quando nós começamos a ficar juntos eu vivia mais aqui do que na minha própria casa. Me lembro das vezes ansioso que fiquei dentro desse elevador esperando chegar para matar a saudade dela quando a gente demorava para se ver. Me lembro das vezes que ela me esperava na porta e corria até mim para me abraçar. O terrível fato de que agora todas essas coisas são apenas lembranças.
— Você tá todo aéreo aí! Acorda. — Patrick me chamou novamente.
Saímos no elevador e antes mesmo de bater na porta já escutamos as risadas e o falatório alto que vinha lá de dentro. Patrick deu três batidas na porta e em alguns segundos a porta foi aberta me dando a visão daquela que faz meu mundo ganhar vida. Jade me encarou um pouco assustada enquanto eu olhava fixamente para o seus olhos que ao meu ver eram os mais lindos que eu já vi. Seu rosto sem maquiagem revelando as sardinhas que tinha e o rosado que se tornou na sua bochecha. Os cabelos molhados, os quais sou fascinado, e o vestido azul bebê são só um complemento da perfeição que é essa mulher.
Minha maior vontade era de esquecer as pessoas que estavam em volta e puxar ela para o meu braço. Mas essa é a hora que a gente desperta do nosso próprio mundo, desvia o olhar um do olho e age como meros desconhecidos que não se falam a mais de quatro meses. Conversei e abracei os meus amigos porque também sentia muita falta deles e no meio percebi a Jade sair de fininho e ir até a cozinha. Respirei fundo porque não queria deixar as coisas desagradáveis, talvez ela tenha detestado eu aparecer em sua casa de surpresa. Logo depois que a comida chegou e ela saiu novamente eu resolvi ir atrás dela mas não tínhamos assunto, ou eu tinha, mas não sabia como agir.
Mesmo com esse impasse os moleques da tropa não deixaram o clima ficar pesado e mesmo "chateados" comigo quiseram me ouvir e fazer a resenha que sempre fazíamos juntos. Enquanto estávamos comendo sentados no chão da sala, algumas vezes ela me olhava e eu fazia o mesmo.
— Eu sempre soube que essa mulher era uma cobra agora o PA pagou muito pra ver. — Nina falou bebendo um pouco da sua cerveja.
— Aí gente, deixa o bichinho. Já está sofrendo tanto na mão dessa mulher, não vamos abusar ele também. — Duda falou e nós acabamos rindo.
— Hoje não mas ele sabe que a gente tá devendo uma bronca. — Gaigher falou e se jogou em cima de mim me abraçando.
— Tava morrendo de saudades e não tá sabendo como dizer. — Falei ele me olhou se levantando de cima de mim.
— Com saudades de você quem tava era a Jade que te defendia sempre. — Gaigher falou provavelmente sem pensar mas a olhada que a Jade deu com certeza fez com que ele avaliasse cada letra.
— Gente vamos cantar uma musiquinha ? Pega o violão amor. — Duda pediu e o Poloni se levantou indo até lá.
— Quem começa ? — Poloni perguntou voltando com um violão na mão.
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In Your Eyes - Jadré
Fanfiction[...] Eu tentei encontrar amor em outra pessoa vezes demais Mas eu espero que você saiba que eu falo sério quando eu digo que você é a única que estava em minha mente..