Capítulo 66

1.9K 138 15
                                    

Pov: Jade Picon

Pós festa com os meus amigos de São Paulo foi em um avião vindo para Vila Velha. Existem momentos que eu paro para pensar a loucura que a minha vida se tornou nos últimos meses e é notório ver que mudei tanto desde então.

Eu estou vivendo e arriscando em um relacionamento novo e não me arrependo disso. Tudo tem sido diferente e de uma forma especial.

- Se você jogar mais um pouco de areia nas minhas costas novamente eu vou levantar daqui e vou te bater. - Briguei com o PA enquanto eu retirava a areia que ficou no meu cabelo.

- Parei. - Falou e veio se sentar ao meu lado.

Todos os outros já estavam na água e eu quis ficar um pouco na sombra porque em instantes eu viro um camarão de tão vermelha que eu fico.

- Encontrei a mãe do Peazinho hoje mais cedo quando cheguei. - Falei bebendo minha água de côco. - Ela frequenta muito a casa dos seus pais ?

- Por causa do Peazinho, até que sim.

- Ah, sim...

- Vocês não vão para água não, tá mó bom lá.

Gaigher chegou sacudindo seu cabelo com as mãos fazendo algumas gotas de água respingar sobre mim. Logo atrás dele os outros vinham correndo e eu só consegui reparar na Hyun com uma barriga linda.

- Bora lá comigo ? - PA perguntou se levantando.

Estendeu sua mão e eu segurei ficando em pé também. O tempo estava muito quente e a areia estava praticamente pegando fogo.

- Aí PA, o meu pé! - Reclamei tentando andar na pontinha do pé.

- Vem por cá!

Fui andando em cima das pegadas que ele já tinha feito até chegar no raso do mar. Encarei a paisagem na minha frente e admirei por alguns segundos o meu lugar favorito.

- Você deveria ser carioca, morar perto da praia e ir sempre que der antes de trabalhar. Essa parece ser a sua vibe. - Sorri fraco com a sua fala.

- Também acho. Mas quem sabe eu não me mude algum dia.. - Respondi sem o encarar.

Estava tão distraída que não percebi a onda vindo logo em minha direção quando passou por mim me arrastando para longe. Mergulhei e voltei rapidamente para superfície vendo o PA rir da cena.

- Vou ter que comprar uma bóia e colocar uma em cada braço seu que é para você não se afogar no raso.

- Idiota! - Falei rindo também.

Paulo André chegou para mais perto de mim e abraçou a minha cintura.

- Qual foi a do Poloni e da Duda ? - Perguntou e eu olhei em direção a eles.

- Não conversei com ela direito ainda mas pelo que eu estou vendo e pelo o que eu conheço da Duda, acho que estão querendo.

- Do jeito que o Poloni é lerdo, vai demorar.

- Olha quem fala. - Falei e ele me olhou indignado.

- Tá doidona ? Se eu não tivesse me aproximado mais não ia rolar.

- Fonte: dos seus sonhos. Você poderia até ter tomado a iniciativa de tentar se aproximar mas se não fosse eu não ia rolar.

Eu e o Paulo André entramos em umas implicâncias bobas a troco de nada algumas vezes só pelo prazer de poder implicar um com o outro.

- A verdade é que eu sou gostosão e você não ia aguentar ficar tanto tempo sem o pai aqui. - Ele se gabou me fazendo rir.

- Está certo, Paulo André! - Respondi e o abracei.

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora