Jade Picon
— Amor, pega esse chiclete aí no porta luvas. — PA me pediu e eu entreguei.
Estamos no carro voltando para São Paulo e até lá ainda temos um bom tempo de estrada. O clima não estava favorecendo, caia um temporal lá fora. No som tocava o álbum novo do Lennon e o Peazinho se mantinha concentrado no desenho que passava no tablet.
Eu estava sonolenta e ao mesmo tempo inquieta, mesmo que meu corpo estivesse cansado a minha mente não parava um minuto se quer e não me dava um minuto de paz. Respirei fundo pela quinta vez seguida tentando realinhar meus pensamentos.
— Tem um restaurante logo mais na frente, podemos parar para comer porque eu tô morta de fome — Falei me convencendo de que o motivo dessa agitação era estômago vazio.
Observei o carro chegar perto do restaurante e o Paulo André estacionar em frente. Não era nada sofisticado, era mais um ambiente caseiro mas sem deixar de ser aconchegante.
— Vai indo na frente que eu pego o Peazinho.
Pediu e eu olhei pelo vidro do carro, continuava chovendo forte. Peguei minha jaqueta e coloquei na cabeça, contei até três mentalmente e corri para área coberta do restaurante. Paulo André fez o mesmo com o Peazinho no colo e quando se aproximaram nós entramos juntos no restaurante.
Escolhemos uma mesa, pedimos o cardápio e a variação de comidas eram imensas. Optamos pelo prato kids para o Peazinho, o André escolheu Yakisoba e eu permaneci lendo o cardápio inteiro sem escolher um prato de quer.
— Pega Yakisoba — PA sugeriu e eu neguei.
— Vou querer esse com peixe assado — Apontei para o menu e o moço terminou de anotar o que pedimos e logo saiu.
— Caralho, invernou. — André falou olhando pela janela.
— Ainda bem que eu trouxe um jaqueta, tá frio.
— Pode cair o temporal que for e eu continuo com calor.
— Você tá é com fogo no rabo. Um frio desse e estar sentindo calor. — Falei e ele deu risada.
— Água! — Peazinho falou batendo palmas.
— Vou pedir água para você. — Falei procurando o garçom com os olhos e quando o encontrei chamei para que viesse.
Ele terminava de atender uma mesa, o celular do PA começou a tocar e ele atendeu.
— Oi mãe! — Tirou o celular de perto do ouvido e olhou a tela — O sinal tá muito ruim, vou lá fora tentar escutar melhor.
Paulo André saiu da mesa indo para o lado de fora do restaurante e o garçom se aproximou da mesa.
— Você traz uma água sem gás, por favor ?
— Claro, só um instante!
Nos deu as costas e eu fiquei no livrinho de colorir que mantinha o Peazinho destruído.
— Que lindo seu desenho, Andrezinho! — O desenho era nada mais que bolas e rabiscos — O que é isso que você desenhou ?
— Papai, titia Zadi e eu — Respondeu sorrindo e foi inevitável não morrer de amor.
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In Your Eyes - Jadré
Fanfiction[...] Eu tentei encontrar amor em outra pessoa vezes demais Mas eu espero que você saiba que eu falo sério quando eu digo que você é a única que estava em minha mente..